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"Nomadland", Zhao e uma cerimónia 'morna': Conheça os grandes vencedores dos Óscares 2021

"Nomadland" é o grande vencedor da 93.ª edição dos prémios do cinema, com três galardões.

26 de abril de 2021 às 05:14

"Nomadland - Sobreviver na América" conseguiu este domingo o Óscar de Melhor Filme, na 93.ª edição dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas, dos Estados Unidos.

Dirigido por Chloé Zhao, teve como produtores Frances McDormand, Peter Spears, Mollye Asher, Dan Janvey e a própria Chloé Zhao.

Para o Óscar de Melhor Filme estavam nomeados "Mank", "Nomadland - Sobreviver na América", "Uma miúda com potencial", "O Pai", "Judas and the Black Messiah", "Minari", "Sound of Metal" e "Os 7 de Chicago".

Veja os trailers e saiba mais sobre os vencedores aqui. 

Melhor Atriz e Ator

Este é o terceiro Óscar conseguido por Frances McDormand, em três nomeações para melhor atriz, depois de "Fargo" (1996) e "Três Cartazes à Beira da Estrada" (2018).

Ao longo da carreira, McDormand teve igualmente três nomeações para melhor atriz secundária, em "Terra Fria" (2005), "Quase Famosos" (2000) e "Mississippi em Chamas" (1988).

Para o Óscar de Melhor Atriz estavam nomeadas Carey Mulligan ("Uma miúda com potencial"), Frances McDormand ("Nomadland"), Viola Davis ("Ma Rainey: A mãe dos blues"), Vanessa Kirby ("Pieces of a Woman") e Andra Day ("The United States vs. Billie Holiday").

Óscar de Melhor Ator atribuído a Anthony Hopkins pelo desempenho em "O Pai", de Florian Zeller.

Na representação masculina estavam indicados Chadwick Boseman (a título póstumo por "Ma Rainey: A mãe dos blues"), Riz Ahmed ("Sound of Metal"), Gary Oldman ("Mank") e Steven Yeun ("Minari"), além do protagonista de "O Pai".

O britânico Anthony Hopkins, que não esteve presente na cerimónia, conquistou hoje o segundo Óscar de Melhor Ator, 30 anos após a sua distinção pelo papel em "O Silêncio dos Inocentes", de Jonathan Demme.

Melhor Atriz e Ator Secundários

A coreana Yuh-Jung Youn conquistou o Óscar de Melhor Atriz Secundária, pelo desempenho em "Minari", de Lee Isaac Chung.

Maria Bakalova, em "Borat Subsequent Moviefilm", Glenn Close, em "Hillbilly Elegy", Olivia Colman, em "O Pai", e Amanda Seyfried, em "Mank", eram as restantes candidatas ao Óscar de Melhor Atriz Secundária.

A atriz nascida na Coreia do Norte, que protagoniza o filme de Lee Isaac Chung, declarou-se contrária ao espírito competitivo e, na aceitação do Óscar, interrogou-se como podia comparar-se a Glenn Close, que teve este ano a sua oitava nomeação.

Daniel Kaluuya conquista o Óscar de Melhor Ator Secundário, pelo desempenho em "Judas and the Black Messiah", do líder dos Blanck Panther Fred Hampton.

Sacha Baron Cohen, pelo desempenho em "Os 7 de Chicago", Leslie Odom, Jr., por "One Night in Miami...", Paul Raci, por "Sound of Metal", e Lakeith Stanfield, também por "Judas and the Black Messiah", eram os outros quatro candidatos.

Filmes de animação

"Soul", como Melhor Longa-Metragem, e "If Anything Happens I Love You", como Melhor Curta-Metragem, conquistaram os Óscares do cinema de animação, da Academia de Hollywood.

"Bora lá", "Para além da lua", "Wolfwalkers" e "Ovelha Choné: A quinta contra-ataca" competiam pelo Óscar de Melhor Filme de Animação, a par de "Soul - Uma aventura com alma".

Os outros candidatos à Melhor Curta-Metragem de animação eram "Burrow", "Genius Loci", "Opera" e "Yes-People".

Melhor Cenografia e Direção de Arte

"Mank", um dos filmes mais nomeados para esta edição dos Óscares, conseguiu os dois primeiros, para Melhor Direção de Arte, que foi entregue a Donald Graham Burt e Jan Pascale, e para Melhor Cenografia, para Erik Messerschmidt.

Óscares do cinema documental e melhores efeitos

Os outros candidatos a melhor documentário eram "Collective", "Crip Camp", "The Mole Agent" e "Time".

"My Octopus Teacher", de Pippa Ehrlich e James Reed, documenta um ano passado pelo cineasta Craig Foster a forjar uma relação com um polvo selvagem, junto à costa sul-africana.

O filme fala de Colette Marin-Catherine, jovem combatente da Resistência francesa contra a ocupação nazi, durante a II Guerra Mundial, que se recusou a visitar a Alemanha, após o final do conflito, em 1945, até ao momento em que o contacto com uma jovem estudante, Lucie, a encoraja a visitar o campo de concentração onde o seu irmão morreu.

Anthony Giacchino e Alice Doyard, ao receberem o Óscar pela curta-metragem, elogiaram a capacidade de resistência à operssão e lembraram o movimento contestatário de Hong Kong.

"Tenet", de Christopher Nolan, conquistou o Óscar de Melhores Efeitos Visuais.

Banda Sonora e Música

"Soul - Uma aventura com alma" conquistou o Óscar de Melhor Banda Sonora Original, entregue aos músicos Trent Reznor, Atticus Ross e Jon Batiste.

Os outros nomeados nesta categoria eram James Newton Howard, por "News of the World" (foi a sua nona nomeação), Terence Blanchard, por "Da 5 Bloods", e Emile Mosseri, responsável pela banda sonora de "Minari". A dupla Trent Reznor e Atticus Ross estava também nomeada por "Mank".

A banda sonora de "Minari" envolvia igualmente a clarinetista portuguesa Virgínia Figueiredo, que vive em Los Angeles, e foi uma das artistas que gravou música para o filme.

O Óscar de Melhor Canção foi para H.E.R., Dernst Emile II e Tiara Thomas, por "Fight For You", do filme "Judas and the Black Messiah".

Melhor Montagem foi para "Sound of Metal" ("O Som do Metal"), que consegue o segundo Óscar desta edição, através do dinamarquês Mikkel E. G. Nielsen, depois de Melhor Montagem de Som.

Prémios Humanitários

Tyler Perry, de quem a Academia recordou em particular o apoio à comunidade afro-americana, durante a crise pandémica, fez um discurso de recusa do ódio, ao aceitar o prémio.

Mia Neal e Jamika Wilson fazem história

Mia Neal e Jamika Wilson fizeram história na 93.ª edição dos prémios da Academia ao serem as primeiras afro-americanas a vencer o Óscar de Melhor Caracterização, pelo trabalho no filme "Ma Rainey: A mãe dos blues".

Nos entrevista de bastidores que se seguiu à entrega das estatuetas, esta madrugada em Los Angeles, Mia Neal disse que a vitória foi como uma "experiência fora do corpo", e salientou a importância deste momento para os artistas de minorias étnicas.

"Toda a gente beneficia da diversidade. E toda a gente a quer", afirmou Neal, que recebeu o Óscar juntamente com Jamika Wilson e Sergio Lopez-Rivera.

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