O Yôga pode parecer um contraponto óptimo para as exigências sociais e profissionais dos tempos modernos. O SwáSthya Yôga proporciona benefícios evidentes, mas a simples procura deles não deve ser o estímulo para lá chegar. Perceba porquê neste segmento de entrevista com Mestre DeRose:
Qual é a filosofia do Yôga?
Yôga é uma filosofia prática que visa ao autoconhecimento. Academicamente, aqui no Ocidente, esta definição já começa a causar polémica ao colocar a premissa “filosofia prática”, coisa que não compreendemos que possa existir. Como a nossa herança cultural é helénica, só entendemos filosofia como algo teórico, como o era na Grécia Antiga. No entanto, o Yôga (o verdadeiro), não tem teoria. É estritamente prático. Dessa forma, não poderia, mesmo que quisesse, fazer algum tipo de doutrinação. E, ao posicionar-se como filosofia, o Yôga demonstra que não tem nenhum parentesco com ginástica nem com Educação Física. As origens são diferentes, os cânones são discrepantes, as técnicas são divergentes em muitos aspectos e as metas não têm qualquer semelhança entre si.
Existem 108 tipos de Yôga. O nosso é o Yôga Antigo, pré-clássico, pré-vêdico, pré-ariano, o mais ancestral que existe e, por isso mesmo, o mais completo. Após a codificação, chama-se SwáSthya Yôga. O nome completo e antigo é Dakshinacharatántrika-Niríshwarasámkhya Yôga.
Acha que muitas pessoas procuram o SwáSthya Yôga para trazer tranquilidade e amenizar o ‘stress’ do dia-a-dia de trabalho?
Absolutamente, não. SwáSthya Yôga, como qualquer modalidade de Yôga verdadeiro, não tem nada a ver com tranquilidade. Em todas as Escrituras antigas da Índia o Yôga é sempre associado a três conceitos: forçapoder e energia. Isso é quase o oposto à calma e tranquilidade.
Já, administrar o ‘stress’, isso sim, o SwáSthya é muito eficaz nessa área. Contudo, Karaté também reduz o ‘stress’ e não deixa ninguém “calminho”.
‘Stress’ é o estado psico-orgânico produzido pelo desfasamento entre o potencial do indivíduo e o desafio que ele tem que enfrentar. Para administrá-lo, não nos limitamos a proporcionar relaxamento. Muito mais importante é aumentar a energia do praticante para que o seu potencial suba e possa enfrentar o desafio de cima para baixo.
‘Stress’ em si não é uma coisa má. Sem ele o ser humano ficaria vulnerável e não conseguiria lutar, trabalhar ou criar com a necessária agressividade. Mal é o excesso de ‘stress’ ou a falta de controlo sobre ele. ‘Stress’ é aquele estado produzido por uma solicitação de autosuperação, o qual, para ser saudável, deveria ser esporádico.
Entre um alerta psicofísico e outro, a pessoa teria condições de se refazer desse estado de extrema tensão orgânica e mental. Para tanto, seria preciso que houvesse menor frequência do estado de tensão ou então exercícios específicos para minimizar a fadiga generalizada dali resultante e que produz uma reacção em cadeia de efeitos secundários. tais como enfarte, pressão alta, enxaqueca, insónia, depressão, nervosismo, queda de produtividade, queda de cabelo, redução da capacidade imunológica, herpes, problemas digestivos, úlcera, gastrite, impotência sexual e muitos outros.
Basta reduzir o ‘stress’ para reduzir também todos esses seus efeitos, os quais, de outra forma, dificilmente cederiam a um tratamento verdadeiramente definitivo.
SwáSthya Yôga é um dos recursos mais eficiente para reduzir o ‘stress’ a níveis saudáveis. Por essa razão, são muitos os empresários, executivos, políticos, artistas e profissionais liberais que vão buscar ao Swásthya a dose extra de energia e dinamismo de que necessitam, mas, ao mesmo tempo, o controlo do ‘stress’.
Noventa por cento das pessoas sentem os efeitos de combate ao ‘stress’ já na primeira sessão de Swásthya Yôga.
O número de executivos que vão à Uni-Yôga, Universidade de Yôga, tem sido maior nestes últimos anos em que a competitividade está acelerada?
O número de executivos aumentou, porque aumentou o número de adeptos de todos os segmentos mais bem informados. Porém, apesar de estarmos actualmente com mais de 50.000 alunos, continuamos com a política que é responsável pelo nosso sucesso: turmas pequenas, aulas personalizadas, trabalho intimista.
Qual é a alimentação que um praticante de SwáSthya Yôga deve observar para obter resultados positivos e conseguir uma vida saudável no seu trabalho?
Todos os desportos e as diferentes profissões têm um tipo de alimentação especialmente recomendada. Imagine se um executivo poderia ter a mesma alimentação de um estivador ou vice-versa. Ambos renderiam menos e teriam sua expectativa de vida abreviada.
O Yôga não proíbe nada e não obriga a coisa alguma. Pode comer de tudo. Mas se quiser aproveitar a totalidade do que o Yôga tem para lhe oferecer, recomenda-se uma alimentação específica, mais biológica, que proporcione determinados nutrientes necessários em função do tipo de exercícios, do teor de consumo de oxigénio e de gorduras, da quantidade/qualidade de proteínas, vitaminas e sais minerais, do coeficiente de resíduos deixados no organismo, etc. Se o aluno não adoptar essa reeducação alimentar, não progredirá.
Qual é a ligação do SwáSthya Yôga com possíveis benefícios que essa ligação traz para pessoas ‘stressadas’?
No SwáSthya, que é um Yôga mais sério, não gostamos de falar sobre benefícios. Os resultados que o Swásthya Yôga proporciona são meras consequências. Devem-se ao facto de o praticante executar técnicas orgânicas inteligentes, treinando respiratórios, administrando o ‘stress’, superando o sedentarismo, aprendendo a alimentar-se melho e a explorar o seu potencial interior, etc. Impressionante seria se, com isso tudo, a saúde, a energia e a esculturação do corpo não respondessem com um forte incremento.
Por que é que o público não deve procurar o Yôga com essas expectativas? O Yôga não produz mesmo esses tais efeitos?
Produz. Porém, a proposta não é essa. Esses benefícios são um acidente de percurso. Tais objectivos apequenam o Yôga. Ele é muito maior e mais nobre.
Frequentemente confundem-se os meios com o fim. O fim, ou meta, em qualquer tipo de Yôga, é o autoconhecimento. Mas como via para atingir esse estado de hiperconsciência, de megalucidez, o SwáSthya Yôga proporciona uma gama de efeitos preliminares que servirão de reforço da estrutura biológica, aumentando a vitalidade, a saúde, a energia e a longevidade para que o yôgin consiga atingir a meta.
Nesse sentido, o SwáSthya proporciona uma flexibilidade espantosa e um excelente fortalecimento muscular. Com suas técnicas biológicas beneficia a coluna vertebral e todos os órgãos.
É muito frequente o iniciante exclamar que após a primeira sessão ficou livre de uma enxaqueca que o atormentara durante dias, ou que se libertou de uma asma de anos resistente a todos os tratamentos, ou ainda que estava curado de uma dor nas costas atribuída a algum suposto problema de coluna cujas terapias anteriores só serviram para aliviar temporariamente, mas sem resultados definitivos.
Entrevista feita ao Mestre DeRose
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