Corrida de Gala à antiga portuguesa.
A corrida que encerrou esta quinta-feira a temporada no Campo Pequeno constituiu um êxito total artístico e organizativo. Não será hora de especular se as corridas reais nos séculos XVII e XVIII eram realmente assim, ainda que o Cortejo da Gala, único, e muito nosso, sigam idêntico ritual. Na verdade os tratados da época (e não apenas o de Galvão de Andrade) são parcos de informação no que toca à qualidade e tipologia dos toiros de então, certamente diferentes do excelente curro, (quanto a presença e não só) que Diogo Passanha mandou para o Campo Pequeno. A boa prestação destes e a inspiração e excelência dos cavaleiros em praça, a par de algumas pegas dos forcados de Lisboa e Alcochete mereceram aplauso forte e generalizado do publico presente e de mais uns largos milhares que assistiram à corrida pela RTP.
Antonio Telles abriu praça com um toiro que não se empregou muito mas que lhe permitiu uma lide a seu estilo e maneira, num toureio frontal com expressão e verdade encerrada com um ferro curto de boa nota. Rui Salvador, com arte e experiência sacou das tábuas o segundo, que veio a mais mercê de uma lide inteligente, em terrenos de compromisso, num toureio em curto de que tanto gosta, e chegou às bancadas. Tinha mais qualidade o que tocou ao "rejoneador" Fermin Bohorquez (que se despedia da afición lisboeta e foi pena ter-se esquecido, por exemplo, de um traje "goyesco", mais consentâneo com o evento). Lidou-o à sua maneira com ferros de qualidade, sem uso de sortes circenses, numa lide que teve seriedade e valia. Ana Batista com uma atuação de luxo abriu a segunda parte com toureio perfeito no modo como andou ligada ao toiro (que cumpriu) tirando partido da sua excelente monta ,com uma brega brilhante, citando de largo para reunir dando vantagens e rematando as sortes em redondo depois de cravar aos estribo. Notável! Marcos Bastinhas, também em noite grande, aproveitou muito bem a boa investida do quinto numa lide sempre a mais, com muita verdade e segurança na hora de reunir cravar e sair das sortes com garbo e adornos a galope ladeado que levantaram o publico. O jovem praticante Luís Rouxinol Jr. está um toureio feito, com leitura dos toiros ao jeito de seu pai e uma brega segura e inteligente plena de sentido toureiro, citando com alegria e cravando a ferragem com verdade deixando-se ver e rematando com soltura a merecer nota alta.
Não foi uma noite fácil para os forcados porque os toiros tinham poder e criaram problemas. Foram caras, por Lisboa, Manuel Guerreiro à primeira, Pedro Gil, bem à segunda, e Eurico Medronheira à segunda, e por Alcochete, Nuno Santana, pega espetacular à segunda, António Cardoso à terceira e Vasco Pinto, pega segura à segunda.
Pedro Reihard dirigiu com competência acolitado pelo dr. Hugo Rosa. O veterano Cavaleiro D. Francisco de Mascarenhas que cumpre 70 anos de alternativa mereceu justa homenagem da empresa e brindes da maioria dos atuantes.
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