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Portugal com passaporte para o sonho

Autogolo de Djourou abriu o caminho aos campeões europeus. André Silva fez o 2º após 14 passes. Até Madonna aplaudiu.

11 de outubro de 2017 às 01:30

Com sorte, arte e justiça. Portugal derrotou a Suíça e carimbou no Estádio da Luz o apuramento, completando assim 18 anos de presenças consecutivas nas maiores provas de seleções e a sétima num Mundial. Um autogolo e uma obra de arte em forma de futebol deram cor ao resultado. Fernando Santos prometeu e cumpriu: os campeões europeus vão à Rússia e até Madonna aplaudiu na bancada.

O selecionador nacional desenhou a equipa com dois médios-ala com preferência pelo jogo interior, apostando nas subidas dos laterais. O problema é que os cruzamentos - principalmente de Cédric Soares - iam saindo sem nexo. Até ao primeiro golo, mas já lá vamos.

Após um momento inicial de pressão portuguesa, os suíços estabilizaram e dividiram a posse de bola, numa primeira parte de pouco trabalho para os guarda-redes. Exceção: aos 32’, Bernardo Silva surge em posição de golo, contudo Sommer brilha na baliza.

Até que ao minuto 41’, a estratégia de Santos resulta... com um pouco de sorte. Cruzamento de Eliseu, João Mário a pressionar Sommer e Djourou, e o defesa helvético acaba por enviar a bola para a baliza. 1-0. Luz em delírio, Madonna incluída.

O golpe avariou os ‘relógios suíços’ e Portugal passou a dominar por completo. William, Moutinho e Bernardo foram controlando as operações e estiveram nos 14 passes - entre nove jogadores! - que resultaram no segundo carimbo. Moutinho e Bernardo deram as últimas pinceladas antes de André Silva finalizar.

A resistência helvética acabou e CR7 poderia - e deveria - ter aproveitado para alargar a vantagem. Falhou isolado, mas foi decisivo na dura caminhada, que, afinal, acabou bem. No fim, cantou-se o hino. Na Rússia, voltará a acontecer.

ANÁLISE 

Meio-campo de luxo

William dominou o terreno e comandou o jogo português, com auxílio de dois luxuosos atletas: Bernardo Silva e João Moutinho. Os três tiveram papel principal no fantástico lance finalizado por André Silva, que carimbou de vez o passaporte.

Suíços queriam o empate

A Suíça até entrou bem, mas, quando em desvantagem, revelou-se demasiado curta, sem soluções para criar perigo a Patrício. Seferovic andou sempre muito sozinho. Deu a ideia de que vinham para o empate. Foram com a derrota e vão para o play-off.

Penáltis por assinalar

Parece haver razões para penáltis num agarrão a André Silva e numa mão de Rodríguez na área. O árbitro mandou sempre seguir o jogo, tal como no primeiro golo português, em que há dúvidas numa possível falta de João Mário sobre o guardião Sommer.

Dez fases finais consecutivas

Portugal continua sem falhar fases finais de Campeonatos da Europa e do Mundo desde a mudança do milénio. Com o apuramento para o Mundial a realizar na Rússia entre 14 de junho e 15 de julho de 2018, a equipa das quinas garante a décima presença em grandes eventos de forma consecutiva.

Destas, cinco respeitam a Europeus (2000, 2004, 2008, 2012 e 2016) e as outras cinco a Mundiais (2002, 2006, 2010, 2014 e 2018). Ao conseguir desde já a qualificação (havia ainda a possibilidade do play-off), Portugal assegura ainda que o campeão europeu em título estará entre os 32 finalistas do Campeonato do Mundo.

A Seleção parte para o seu sétimo Mundial.

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