Responsável da academia foi avisado 14 minutos antes da chegada dos 50 encapuzados mas não fechou os portões.
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"Vocês são filhos da p..., c... Montes de m... Vamos-vos matar! Vocês estão f...! Vamos-vos arrebentar a boca toda! Não ganhem no domingo [final da Taça de Portugal] que vocês vão ver!" Estas ameaças foram feitas a jogadores e técnicos do Sporting, sequestrados e agredidos, por 30 dos 50 encapuzados que invadiram a academia em Alcochete, descreve o Ministério Público no despacho em que indicia os 23 detidos por terrorismo.
Invasão que, apurou o CM, o Sporting poderia ter evitado: Ricardo Gonçalves, chefe de operações da academia, foi avisado 14 minutos antes que o grupo ia a caminho. O alerta foi de Bruno Jacinto, fundador do Diretivo XXI e membro da Juve Leo, oficial de ligação aos adeptos do Sporting, cargo que foi de André Geraldes. Gonçalves alega que alertou a GNR mas não fechou os portões. Foi ao encontro do grupo e reconheceu vários membros da Juve, que o mandaram sair da frente e avançaram para as agressões.
Pela reconstituição de 36 testemunhos, na tarde de terror de terça-feira - que deixou Jorge Jesus com um olho negro após um golpe de cinto na face e um murro pelas costas -, os agressores tinham um "plano previamente gizado" para "intimidar" e "molestar fisicamente" jogadores e técnicos. O primeiro embate foi com Jorge Jesus, empurrado e alvejado com tochas na rua, que provocaram danos de 3 mil € no Porsche de Nélson Pereira (treinador de guarda-redes).
No balneário, "bloquearam as saídas" e arremessaram "4 tochas". Seguiram-se as ameaças e, depois, mais agressões. No exterior estavam vários cabecilhas da claque, que disseram ter perdido o controlo da situação e saíram num BMW que foi autorizado a entrar na academia.
Telemóveis para denunciar mandante
Os 23 têm quase todos menos de 30 anos e são de Lisboa. Seis estão na listagem oficial da Juve Leo no IPDJ. Tal como o CM noticiou ontem, três (Valter Semedo, Ricardo Neves e Miguel Ferrão) estão acusados no caso em que morreu um italiano, junto à Luz, em 2017. Outro, Guilherme Sousa, que tem vitórias em campeonatos de luta, foi um dos 100 casuals que em 2013 foram detidos no Dragão. Dezena e meia tem ficha policial por agressões à polícia, rixas e tráfico de droga.
Mas há casos mais graves. Bruno Monteiro, cantoneiro, de alcunha ‘Grande’, foi detido em dezembro de 2013, pela PJ de Setúbal, e colocado em preventiva por homicídio simples na forma tentada. Foi condenado a 4 anos e 9 meses de cadeia. Saiu aos dois terços da pena em liberdade condicional.
Respondeu também por tráfico de droga e furto em estabelecimento.
Fernando Mendes vai ser chamado
Vai ser em breve chamado pela investigação, que deverá transitar da GNR para a PJ por causa de terrorismo e sequestro, e constituído arguido.
PORMENORES
Banho e muda de roupa
O Tribunal do Barreiro interrogou ontem quatro dos 23 detidos. A sessão é retomada hoje. Informou que providenciou para que os arguidos pudessem ter "um banho" e uma "muda de roupa" dada pela família.
GNR ajuda a tapar cara
Os arguidos contam com a colaboração da GNR para ocultarem os rostos na entrada e saída do tribunal, uma vez que estão algemados. O CM tentou, sem sucesso, uma reação da GNR.
Famílias e claques
À porta do tribunal têm estado famílias mas também elementos de destaque da Juve Leo e do movimento casuals do Sporting.
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