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LESÃO DE NUNO À VAN BASTEN

Nuno Gomes sofre de uma lesão na cartilagem do tornozelo esquerdo idêntica à que colocou um fim prematuro à carreira do avançado holandês Marco van Basten, curiosamente o grande ídolo do jogador do Benfica.

16 de maio de 2003 às 00:13

Trata-se de uma osteocondrite do astrágalo, uma lesão muito delicada, que afecta a cartilagem, e que o departamento médico do Benfica está a avaliar com extremas cautelas.

Para já, garantido o segundo lugar, o avançado não vai jogar mais até final da época de modo a não agravar ainda mais a situação. A possibilidade de ser operado está em aberto, se bem que essa intervenção deva acontecer fora de Portugal, junto de especialistas. E é impossível garantir que a intervenção cirúrgica resolve a situação.

O problema de Nuno Gomes foi detectado quando o jogador actuava em Itália, na Fiorentina. Na altura, o ponta-de-lança foi avaliado por diversos especialistas italianos e não só, mas ninguém decidiu avançar para a operação, exactamente por se tratar de uma situação complicada.

Se o departamento clínico do Benfica, agora liderado por Pedro Magro, decidir avançar para a intervenção cirúrgica, como parece crível, seguir--se-á um período de recuperação necessariamente longo e que deverá impedir o jogador de dar o contributo à equipa na fase inicial da época.

A cartilagem é o tecido que reveste as articulações e que funciona como ‘almofada’. Quando é danificada, o organismo humano não consegue voltar a repor. No caso de Nuno Gomes e de Van Basten, foi a cartilagem que envolve o astrágalo (osso situado abaixo da tíbia) que sofreu um desgaste provocado pela falta de irrigação.

HOLANDÊS ACABOU AOS 28 ANOS

Marco van Basten, um dos melhores avançados de todos os tempos, viu a sua carreira terminar quando tinha apenas 28 anos devido a uma lesão semelhante, só que no tornozelo direito. O dianteiro do Ajax e do Milão só anunciou o abandono em Agosto de 1995, já com 30 anos, mas nos dois anos anteriores praticamente não jogou, passando um longo calvário a tentar recuperar, tendo sido operado por três vezes. A primeira vez que o problema foi detectado remonta a 1986, quando ainda estava no Ajax, mas os compromissos europeus do clube falaram mais alto e aquilo que era então uma pequena lesão transformou-se num problema enorme. Van Basten, juntamente com Gullit e Rijkaard, formou o trio de ouro holandês do AC Milão, que marcou uma épocLa, e conduziu a “laranja mecânica” ao triunfo no Europeu de 1988.

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