A edição de hoje
E ao fim do terceiro jogo de pré-época o Benfica de Fernando Santos conheceu o sabor amargo da derrota. Foi diante do Sion, da primeira divisão da Suíça, e o resultado final foi 3-2. Rui Costa voltou a encantar, mas foi a equipa dos ex-benfiquistas João Manuel Pinto e Carlitos que sorriu no fim.
Fernando Santos voltou a apostar no 4x4x2, desta feita com Nélson na direita da defesa (Alcides lesionou-se) e Tiago Gomes na esquerda. À frente, no meio-campo, Diego ocupou o lugar mais recuado (Beto começou no banco) ao lado de Katsouranis, que descaía para a direita. À frente, Miccoli acompanhou Marcel, mas saiu aos 36’ para entrar Mantorras.
E, na primeira parte, foi mesmo o angolano quem fez os emigrantes saltarem das bancadas. Aos 43’, fora da área, puxou o pé direito atrás e enviou a bola para dentro da baliza. Era o primeiro do Benfica, mas antes já Moreira tinha ido buscar a bola ao fundo das redes: Primeiro foi João Manuel Pinto (3’) a aproveitar uma falha na defesa e aos 39’ Obradovic fez o 2-0, num remate fora da área.
É verdade, contudo, que o Benfica dominou, com Rui Costa a ser ‘Rei e senhor’ do futebol ‘encarnado’, mas as ‘águias’ insistiam em jogar pela zona central, e João Manuel Pinto e Cia. não davam espaços. Já o Sion jogou com mais calma e em contra-ataque, aproveitando o desacerto da defensiva ‘encarnada’.
A etapa complementar foi uma cópia da primeira. O Benfica mandava, o brilho de Rui Costa ofuscava os demais, Mantorras tentava, mas as ocasiões de golo eram escassas. Só aos 83’ as ‘águias’ voltaram a marcar, após forte remate fora da área de Rui Costa.
No entanto, e tal como na primeira metade, o tento só surgiu depois do Sion ter feito abanar as redes de Moreira. É que aos 83’ Virgile fugiu pela direita e fez o 1-3, aproveitando a falta de pernas dos ‘encarnados’. O próximo teste ao Benfica é no dia 22, frente ao Bordéus.
JOGADORES EM DESTAQUE
MICCOLI SÓ DEU PARA 36 MINUTOS
Miccoli jogou 36 minutos... porque o pulmão ainda não dá para mais. Nota-se perfeitamente que está num estado de preparação inicial e portanto em desvantagem relativamente aos colegas. Ainda assim foi titular e fez a cobrança de um ‘livre’.
A FRESCURA DE MANTORRAS
Mantorras precisou de apenas 7 minutos em campo para facturar. Rendeu Miccoli, está com menos dias de preparação que a quase totalidade dos seus companheiros, mas paradoxalmente mostrou maior frescura que muitos deles.
RUI COSTA MARCA O RITMO
Aos dois minutos isolou Marcel na cara do guarda-redes com um passe de calcanhar. A classe de Rui Costa está a marcar indelevelmente o futebol do Benfica. Por ele passa todo o jogo e ontem até arriscou mais no remate, o que lhe valeu um golo.
SAN LORENZO CONFIRMA 'PITÚ'
Os argentinos do San Lorenzo, clube de ‘Pitú’ Barrientos garantem que o internacional pelo país das pampas está de malas aviadas para Portugal e que o seu destino será mesmo o Estádio da Luz, apesar de ninguém do Benfica confirmar as negociações pelo médio ofensivo. “Está muito avançado, até segunda-feira [amanhã] tudo ficará decidido”, revelou o presidente do San Lorenzo, Savino, à Imprensa argentina.
Ainda segundo órgãos de comunicação daquele país sul-americano o acordo para a passagem do jovem jogador, 22 anos, para o clube das ‘águias’, anda na ordem dos três milhões de euros.
Outro nome que já no ano passado foi falado para a Luz e também já no início desta pré-época foi o de Marcelo Carrusca. O n.º 10 do Estudiantes de la Plata, contudo, parece agora com um pé em Itália, sendo o Palermo o destino mais possível.
ASSIS: 'ALGUÉM TERÁ DE PAGAR'
O Conselho de Justiça da FPF anulou, quinta-feira, o castigo de seis meses a Nuno Assis, que teria, supostamente, acusado ‘doping’ na temporada passada. Agora, reivindicando justiça, o médio do Benfica pondera agir judicialmente sobre as entidades competentes. “Alguém terá de pagar. Estive sem jogar durante este tempo todo, agora provado que de forma indevida. Por isso, vamos ver o que poderemos fazer”, revelou o jogador.
Também Luís Filipe Vieira, presidente das ‘águias’ já havia demonstrado o seu desagrado para com esta situação. “O Nuno Assis tinha mais do que razão e o mais desagradável é que um jovem ficou seis meses sem jogar. O que se passou no CNAD foi bastante grave. Alguém terá que assumir as consequências”, referiu.
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