Alexandra Cunha, jogadora profissional de bilhar, reforça que "não existe qualquer justiça em permitir que homens biológicos joguem na liga feminina".
Uma jogadora de bilhar portuguesa tem dado que falar nas redes sociais depois de ter feito declarações polémicas sobre a participação de mulheres transexuais nas competições. Para Alexandra Cunha, "não há qualquer justiça em permitir que homens biológicos joguem na liga feminina" e, por isso, recusa-se a jogar contra alguém "que tenha uma maçã de Adão numa destas categorias".
Alexandra denunciou em entrevista ao jornal The Telegraph a forma de como o bilhar feminino tem sido afetado nos últimos anos com a questão da inclusão de mulheres transgénero nas competições. A portuguesa, que foi campeã mundial por 14 vezes e que conta com 32 anos de carreira, sustenta que as jogadoras que "nasceram homens têm todas as vantagens que lhes permitem dominar as mulheres biológicas".
"Quando era adolescente, não tinha dinheiro para jogar, por isso sentava-me numa cadeira o dia todo e ficava a ver, durante horas e horas. Quando pegava num taco, os homens gritavam que eu não era bem-vinda e que devia ir para casa lavar a roupa. No espaço de cinco anos, conseguia ganhar-lhes a todos. Ainda jogo com homens, mas em categorias abertas. Recuso-me a jogar contra alguém que tenha uma maçã de Adão numa categoria feminina", salientou.
Ainda segundo o jornal britânico, a Fundação Mundial de Bilhar, organismo que rege o desporto a nível internacional, alterou as regras relativas à participação de jogadoras transexuais em torneios femininos e anunciou que não haveria discriminação com base na identidade de género. Esta medida gerou controvérsia e numa semana mais de 60 jogadoras profissionais uniram esforços para se oporem à mudança.
A jogadora transgénero Harriet Haynes emitiu uma declaração na qual assegurava que desportos de precisão como o bilhar e o snooker não são afetados pelo género. "Tudo o que o protesto fez foi mostrar que o fanatismo está vivo e bem vivo e que a desinformação sobre a situação é generalizada", afirmou.
De acordo com Alexandra Cunha, a informação de que o sexo não influencia a performance dos jogadores é falsa. A portuguesa destaca as condições físicas e psicológicas diferentes entre as mulheres e os homens para corroborar a sua ideia.
"Quando se vê a força superior, os músculos, a memória muscular, a diferença torna-se clara. Os jogadores nascidos homens têm braços mais compridos e um maior alcance. Em 32 anos, nunca vi nenhuma mulher biológica com uma potência e uma velocidade semelhantes no que diz respeito ao remate de rutura", sustenta, referindo também que as flutuações hormonais e a menopausa têm um impacto tangível.
Para Alexandra, a solução ideal passaria por criar torneios e competições com categorias específicas para pessoas transgénero.
"Não estou a sugerir, nem por um minuto, que as mulheres trans joguem no jogo dos homens, precisamos de uma nova categoria, seja ela mista ou aberta ou com outro nome qualquer", explica.
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