Águia regressa aos milhões da Champions com vitória frente ao Sp. Braga

Triunfo tranquilo em Braga, com golos e assistências do duo dinâmico formado por Rafa e Seferovic, garante subida ao terceiro lugar.

22 de março de 2021 às 01:30
Rafa, que tinha sido servido por Seferovic, abriu o ativo. Borja foi impotente para travar a progressão do benfiquista Foto: Lusa
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Seferovic para Rafa… golo. Rafa para Seferovic… golo. Desta forma, à custa de um duo dinâmico, o Benfica venceu em Braga por 2-0, ultrapassou o adversário na classificação, para se fixar no terceiro lugar, e fica mais perto do objetivo mínimo no campeonato: garantir pelo menos o último lugar do pódio, que dá acesso à terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Ou será melhor dizer da liga dos milhões.

Num jogo que era tido como um teste do algodão ao ‘renascido’ Benfica da fase ‘pós-Covid’, a equipa de Jorge Jesus acabou por não encontrar as dificuldades esperadas. Por duas razões, umbilicalmente ligadas: este Sp. Braga já teve melhores dias, na época em curso; e a expulsão de Fransérgio condicionou ainda mais o potencial da equipa arsenalista.

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Com o regresso da linha de três centrais (Lucas Veríssimo, Otamendi e Vertonghen), o Benfica entrou melhor no jogo e aos 10 minutos já poderia estar na frente do marcador, não fosse Grimaldo vacilar na cara de Matheus.

O flanco esquerdo das águias, com o lateral espanhol e o alemão Waldschmidt a entenderem-se bem, deu o primeiro impulso ofensivo à equipa. Mas foi outra dupla, formada por Seferovic e Rafa, que acabaria por resolver o jogo. O suíço ganhou um penálti em lance que não passou no crivo do VAR, por fora de jogo. Mais à frente obrigou Matheus a brilhar, com um golpe de cabeça. Apareceu depois Rafa a ‘sacar’ o segundo cartão amarelo a Fransérgio e a deixar o Sp. Braga reduzido a dez. E já nos descontos do primeiro tempo o mesmo Rafa, após excelente passe de Seferovic, pois claro, não perdoou na cara de Matheus. 0-1 para o Benfica.

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Na segunda parte, mesmo a ganhar contra dez, Jesus não desmonta o esquema de três centrais. O Sp. Braga, contra a maré, até poderia ter regressado à discussão do jogo. Mas a ‘bomba’ de João Novais, de livre, rebentou na barra. Pouco depois, o Benfica dá o golpe de misericórdia, agora com o duo dinâmico a inverter papéis: Rafa lança Seferovic na profundidade, e este, com todo o tempo do mundo, atira para o fundo da baliza. 0-2 e fim de conversa.

Análise ao jogo

Positivo: Aliança luso-suíça

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Rafa e Seferovic entenderam-se às mil maravilhas neste jogo. Cada um deles marcou um golo e fez uma assistência. Como o resultado foi 2-0, é fazer as contas... e dividir a fatura pelos dois.

Negativo: Estranha opção

Estranha opção de Carlos Carvalhal, que apenas fez duas substituições numa partida em que jogou mais de 50 minutos com menos uma unidade. Será que não confia na gente que tem no banco?

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Arbitragem: 2º amarelo: que exagero!

Peca por excesso o julgamento de João Pinheiro no lance em que Fransérgio faz falta sobre Rafa e recebe o segundo cartão amarelo e consequente expulsão. Houve outros lances no jogo bem mais gravosos que passaram sem a mesma punição. De resto, o trabalho de Pinheiro foi contaminado por demasiadas imprecisões.

Análise aos jogadores

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Sp Braga: Galeno irrequieto no ataque e defesa

Matheus – Fez asneira no início do jogo ao oferecer a bola a Waldschmidt. E fez penálti após corte a Seferovic, que foi revertido pelo VAR. Para compensar, fez uma excelente defesa após um remate de cabeça do suíço.

Esgaio – Fez muitos cortes providenciais, mas nem sempre as coisas correram bem.

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Tormena – Foi eficiente em alguns cortes na área, mas deixou passar a bola que deu origem ao golo de Rafa.

Bruno Rodrigues – Deixou-se ludibriar por Seferovic e Rafa e permitiu os passes que levaram aos golos do Benfica.

Borja – Fez algumas faltas cirúrgicas para travar o avanço dos jogadores encarnados.

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Ricardo Horta – Rápido e pressionante, provocou algumas dores de cabeça aos defesas do Benfica.

Fransérgio – Fez duas faltas que originaram dois amarelos e expulsão, comprometendo a estratégia inicial da equipa.

Al Musrati – Cortes nos momentos certos foram essenciais para travar as águias.

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Piazón – Aproveitou bem uma perda de bola de Otamendi, mas o remate foi contra o corpo de Helton Leite.

Abel Ruiz – Boas combinações com Galeno.

João Novais - Entrou para compensar a expulsão de Fransérgio e teve a melhor oportunidade para marcar, com um livre direto à barra.

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Sporar - Agitou o ataque.

Benfica: Rafa e seferovic, uma parceria letal

Helton Leite – Grandes defesas a evitar golos a Piazón e Sporar. Alguma intranquilidade a jogar com os pés.

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Lucas Veríssimo – Foi assistido duas vezes e saiu (76’). Grande passe para golo.

Otamendi – Comprometeu no lance em que Piazón se isolou. Ficou condicionado com o cartão amarelo (16’).

Vertonghen – Bem nas dobras a defender, mas mal a libertar a bola.

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Diogo Gonçalves – Melhor a atacar do que a defender. Mesmo assim, boas arrancadas.

Weigl – Lutou muito no miolo, mas nem sempre decidiu bem no passe.

Taarabt – Foi o criativo no meio-campo, onde criou desequilíbrios e marcou livres. Um quebra-cabeças.

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Grimaldo – Isolado por Waldschmidt, permitiu a defesa de Matheus. o Waldschmidt – Isolou Grimaldo que desperdiçou. Mau domínio na zona de golo.

Seferovic – Está um avançado mais móvel. Assistiu Rafa no primeiro golo. E viu o favor retribuído quando marcou o segundo. Já tem 14 golos no campeonato.

Pizzi – Trouxe mobilidade e linhas de passe. Falhou um golo fácil nos descontos.

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Jardel – Cumpriu, mas está sem ritmo.

Gilberto – Ganhou minutos.

Gabriel – Refrescou.

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Everton – Ajudou a defender, quando foi preciso.

Música do estádio fez Jesus ficar... calado

Jorge Jesus recusou falar na ‘flash interview’ devido à musica que soava bem alto no Estádio Municipal de Braga. "A música ambiente estava muito alta e senti que não havia condições para falar. Pedi para a baixarem, mas a resposta foi negativa", explicou o técnico já na conferência de imprensa.

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Sobre a partida, Jesus considerou o triunfo justo, mas reconheceu que ficou mais fácil após a expulsão de Fransérgio. "O triunfo podia ter sido mais dilatado. O guarda-redes bracarense evitou quatro golos, com grandes defesas", disse.

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