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Chegou, viu e venceu: Bruno Lage, o revolucionário que levou o Benfica ao 37.º campeonato

Alterou o sistema tático e recuperou jogadores que não estavam a render o necessário para competir.

19 de maio de 2019 às 01:30

Faltavam largos minutos para o Benfica subir ao relvado da Luz para enfrentar o Rio Ave e Bruno Lage passeava no tapete verde para absorver o ambiente das bancadas. Uma atitude que se veio a tornar tradição. Os adeptos logo aí sentiram uma mudança. A 6 de janeiro, em quarto lugar na Liga, a sete pontos do líder FC Porto, ninguém acreditava num final feliz. Lutar por um lugar na Champions já seria um bom resultado.

O jogo nem começou bem, mas no final o marcador assinalava uma vitória por 4-2, um resultado com significado para os encarnados – nas cinco vezes anteriores em que tiveram um treinador interino, apenas venceram na estreia numa ocasião, com Chalana, em 2002/2003, então por 3-0 frente ao Sp. Braga.

Bruno Miguel Silva do Nascimento, conhecido como Bruno Lage, natural de Setúbal, cidade onde nasceu a 12 de maio de 1976 (43 anos), era um desconhecido para grande parte dos adeptos, que apenas ouviam o seu nome como técnico da equipa B. Mas Lage era mais do que isso.

Adjunto de Carlos Carvalhal ao serviço do Sheffield Wednesday e do Swansea City, é licenciado em Educação Física, Saúde e Desporto, com especialização em futebol. Iniciou a carreira em 1997, enquanto treinador adjunto das camadas jovens do Vitória de Setúbal. Carvalhal elogia-o. "Sei escolher bem os meus adjuntos. É um ótimo treinador", frisa.

Quem com ele priva sabe que Lage é "um louco pelo treino". Isso mesmo referiu o luso- -brasileiro Gabriel – um dos jogadores ‘recuperados’, tal como Samaris: "A intensidade dos treinos mudou", conta. Mas não só. De imediato, o sistema tático passou para um 4-4-2, com o miúdo Félix ao lado do ‘matador’ Seferovic. E houve uma continuação na aposta nos mais jovens - iniciada por Rui Vitória -, casos de Florentino ou de Ferro.

O Benfica revelou uma sede infinita de vencer. A jogar bonito, rápido e a marcar. Muito. Em Alvalade ou no Dragão, a palavra de ordem foi ganhar. Sempre "a contar com todos", "treino a treino, jogo a jogo", Lage é campeão e o seu nome fica para sempre escrito na história do Benfica.

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