Uma vitória na receção ao Essuatíni (3-0), na Praia permitiu aos 'tubarões azuis' garantirem o primeiro lugar do Grupo D de qualificação africana para o Mundial2026.
Cabo Verde tornou-se o quarto país lusófono apurado para fases finais de Campeonato do Mundo de futebol, num lote liderado pelo Brasil, recordista de títulos e único totalista em presenças, e acentuado por Portugal e Angola.
Uma vitória na receção ao Essuatíni (3-0), na Praia, para a 10.ª e última jornada, permitiu aos 'tubarões azuis' garantirem o primeiro lugar do Grupo D de qualificação africana para o Mundial2026, único de acesso direto, com 23 pontos, contra 19 dos Camarões, 'vices'.
A equipa orientada por Pedro Brito, mais conhecido por Bubista, juntou-se à Jordânia e ao Uzbequistão entre os estreantes na 23.ª edição do principal torneio planetário de seleções, que decorre entre 11 de junho e 19 de julho de 2026 e contará pela primeira vez com 48 equipas, numa inédita organização tripartida entre Estados Unidos, México e Canadá.
Com quase 525.000 habitantes dispersos por 10 ilhas, Cabo Verde é, para já, o segundo menor país em população a chegar a um Mundial, ficando apenas atrás da Islândia, que reúne cerca de 400.000 residentes e não passou da fase de grupos em 2018, na Rússia.
Os lusófonos poderão também tornar-se a mais pequena nação em área a disputar uma fase final, ao dispersarem-se por quase 4.000 quilómetros quadrados, abaixo dos 5.100 de Trindade e Tobago, presente em 2006 e eliminada ao fim de três partidas, na Alemanha.
O inédito acesso ao Campeonato do Mundo coroará um trajeto ascensional dos 'tubarões azuis' na última década, marcada pela maior competitividade e por quatro campanhas na Taça das Nações Africanas (CAN), metade das quais terminadas nos quartos de final (2013 e 2023), por entre afastamentos na primeira fase (2015) e nos 'oitavos' (2021), num histórico que terá nova interrupção em dezembro, devido à ausência da próxima edição.
Cabo Verde passa agora a ser o 14.º país africano em Mundiais, que já incluíram nos 22 torneios anteriores três nações de língua oficial portuguesa: Angola, participante em 2006, Brasil, único pentacampeão (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002) e recordista de presenças, e Portugal, oito vezes apurado para fases finais e terceiro classificado na estreia, em 1966.
Lusos e brasileiros mediram forças por duas vezes nesse contexto, ambas na terceira e última jornada da fase de grupos, com um triunfo da equipa das 'quinas' em 1966 (3-1), em Liverpool, em Inglaterra, e um empate em 2010 (0-0), em Durban, na África do Sul.
Dois golos de Eusébio - melhor marcador do Mundial1966, com nove tentos - e um de António Simões, contra outro de Rildo, permitiram a Portugal terminar a primeira fase com um pleno de vitórias e contribuir para o afastamento do Brasil, então bicampeão em título.
Os lusos rubricaram em Inglaterra a sua melhor presença, mas jamais voltaram ao pódio, ao contrário do 'escrete', que, além dos cinco troféus, foi segundo classificado em 1950, na primeira de duas edições que organizou, e 1998, e ficou em terceiro em 1938 e 1978.
Portugal aproximou-se dessa fasquia em 2006, ao ser quarto, numa campanha iniciada com uma vitória sobre Angola (1-0), em Colónia, na Alemanha, onde um golo de Pauleta decidiu o primeiro jogo em Mundiais dos 'palancas negras', arredados na fase de grupos.
Se o Brasil assegurou em junho uma vaga no Mundial2026, Portugal pode alcançar na terça-feira a nona qualificação, e sétima consecutiva, ao passo que a Angola já está arredada, tal como os também lusófonos Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e Moçambique
Depois de identificar talentos na diáspora, que o deixa no 70.º lugar do ranking da FIFA - tinha evoluído de 182.º em 2000 para 27.º em 2014 -, Cabo Verde aproveitou a extensão de cinco para nove vagas diretas em África, mais uma via play-off, para fazer história.
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