Francisco Conceição marca o golo da vitória que permite aos dragões destacarem-se no comando da Liga e deixar o Sporting a três pontos.
Um golo de Francisco Conceição no último minuto permitiu ontem ao FC Porto derrotar o Estoril, por 3-2, depois de ter estado a perder por 2-0. Os dragões mantêm a invencibilidade na Liga e são líderes isolados.
O herói da partida acabou por ser o filho do treinador Sérgio Conceição, com um golo decisivo e muito celebrado pelo banco do FC Porto. Uma estreia do jovem a marcar na Liga e um golo que pode ser importante para a conquista do título, depois do desaire do Sporting (3-2) com o Santa Clara.
Sérgio Conceição fez duas mexidas no onze habitual face às ausências de João Mário (lesão) e Zaidu (está na CAN pela Nigéria). Os dragões entraram expectantes. Mas, mesmo sem acelerar muito, conseguiram causar alguns calafrios junto da baliza canarinha. Aí, o guarda-redes Thiago Rodrigues mostrou-se nervoso. Trocou de botas, mas mesmo assim colocou três bolas à mercê dos avançados portistas. Recuperou e destacou-se com um punhado de defesas de elevado nível.
Já Bruno Pinheiro foi obrigado a proceder a seis alterações no Estoril face ao último onze devido à Covid-19. O Estoril parecia remetido a tarefas defensivas quando deixou o primeiro aviso num golo apontado por Chiquinho. Mas Bruno Lourenço estava em fora de jogo por 14 centímetros. O VAR anulou o lance, mas não feriu a ambição canarinha que viveu então o seu melhor momento. Os estorilistas aproveitaram a desconcentração da equipa de Sérgio Conceição para marcar dois golos na parte final da primeira metade. O primeiro por Arthur (remate à entrada da área com a bola a embater em Mbemba e a enganar Diogo Costa); o segundo por André Franco, através de um penálti que castigou uma falta clara de Wendell sobre Chiquinho.
Na etapa complementar, os dragões entraram com tudo. O golo de Taremi, após uma grande defesa de Thiago Rodrigues, reacendeu a esperança. Intensificou-se o perigo junto da baliza canarinha. O guarda-redes fazia o que podia, mas a avalancha ofensiva portista fazia prever o pior. O juiz anulou bem um golo a Rui Fonte e isso foi o tónico que faltava ao FC Porto. Luis Díaz , o mais endiabrado no FC Porto, empatou a partida e assistiu Francisco Conceição para o terceiro golo, que consumou a reviravolta.
Positivo e negativo
+Díaz de liderança
Luis Díaz está numa rotação diferente dos outros. Joga fácil, tem talento e acima de tudo tem caraterísticas de líder. Foi ele quem liderou a revolta portista, depois de a equipa estar a perder por 2-0. Percebe-se o interesse dos ‘tubarões’ europeus .
- Atrevimento de Pinheiro
Bruno Pinheiro foi atrevido e pagou caro. Conseguiu uma vantagem de dois golos, mas a sua ambição de querer enfrentar o líder olhos nos olhos custou-lhe caro. A ele e à sua equipa que não vence há quatro jogos (três derrotas consecutivas).
Arbitragem: Golos bem anulados
Boas decisões nos golos anulados a Chiquinho (Bruno Lourenço estava 14 centímetros fora de jogo) e a Rui Fonte (Gamboa derruba, sem necessidade, Evanilson dentro da área). Bem ao assinalar penálti na falta de Wendell sobre Chiquinho.
Momentos do jogo
38’
Artur aproveita um corte falhado de Corona para preparar o remate forte que embateu em Mbemba e ganhou efeito, acabando por trair o guarda-redes portista Diogo Costa.
84’
Luis Díaz ganha espaço na direita de defesa canarinha, entra na área e atira forte por entre as pernas do guarda-redes Thiago Rodrigues, repondo o empate na partida (2-2).
89’
Francisco Conceição tem uma entrada de rompante a cruzamento de Luis Díaz e faz o golo da reviravolta portista, com uma celebração eufórica e um abraço sentido ao pai, Sérgio.
Calma que o Díaz vira o jogo
Diogo Costa – Traído com o desvio de Mbemba no primeiro do Estoril. De resto, pouco ou nenhum trabalho.
Corona – Jogo fraco. No lugar de João Mário, comprometeu no lance do primeiro golo do Estoril.
Mbemba – Os canarinhos pouco atacaram no primeiro tempo, é certo, mas mostrou-se desconcentrado. No 1-0 teve a infelicidade de a bola desviar em si.
Fábio Cardoso – Bem no futebol aéreo. Não tão seguro como em jogos anteriores nos duelos pelo chão.
Wendell – Quase nunca conseguiu parar Chiquinho e, quando o fez, cometeu penálti. Fraco.
Uribe – Emprestou ao meio-campo o habitual músculo, mas com pouca clarividência no apoio aos homens da frente. Melhorou após o descanso.
Vitinha – Esperava-se dele rasgo, visão de jogo e imprevisibilidade, que quase nunca se viram no primeiro tempo.
Otávio – Muito pouco em jogo até ao intervalo. Transfigurou-se após o descanso e a reviravolta teve muita responsabilidade sua.
Evanilson – Muita luta, mas pouca bola. Ação decisiva no golo de Taremi.
Taremi – Mais uma exibição intensa. O trabalho realizado foi traduzido com o golo que deu início à reviravolta.
Luis Díaz - Palavras para quê? Virou o jogo a favor dos dragões. Vai ser uma pena para o adepto do futebol português quando sair. Decisivo no 2-1, fez o 2-2 e assistiu para a reviravolta. Impressionante.
Pepê – Deu profundidade.
Fábio Vieira – Um remate perigoso e pouco mais.
Toni Martínez – Cabeceamento com perigo.
Francisco Conceição – Entrou e marcou. Estrelinha.
"DESNECESSÁRIO SOFRER TANTO"
"Na primeira parte não fomos a equipa que normalmente somos. Não sei se esta pausa e o tempo de festas condicionou um bocadinho (...). Valeu a persistência e o acreditar dos meus jogadores. Era desnecessário sofrer tanto", disse Sérgio Conceição.
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