"Espero que o Benfica ganhe tudo" disse o ex-presidente do clube, nos momentos finais da conversa.
'Aquilo que deixei no Benfica, dificilmente alguém deixará igual': Filipe Vieira em entrevista exclusiva à CMTV
Esta terça-feira, Luís Filipe Vieira falou em entrevista exclusiva à CMTV sobre o livro "A verdade de Vieira", que já está nas bancas, e começou por responder a questões sobre o Benfica.
"Estou feliz que o Benfica está a ganhar", começou por dizer o ex-presidente do clube, que teceu largos elogios a Roger Schmidt: "Não há duvida que tem sido uma surpresa, gosto do sistema de jogo dele. É também uma pessoa afável, com discurso fácil".
No entanto, Vieira relembrou que "a euforia às vezes faz mal" e que "os portugueses pensam que o Benfica já ganhou o campeonato", mas que as "equipas pequenas" vão dar luta e que, na sua opinião, "o melhor clube a trabalhar neste momento em Portugal é o Braga".
Questionado sobre a decisão de Rafa em abandonar o plantel da seleção portuguesa, o ex-presidente do Benfica disse que o jogador "neste momento entendeu que queria dar tudo ao Benfica e que não ia jogar [na seleção] porque era mais um".
Quanto à contratação de Jorge Jesus como treinador do Benfica, Luís Filipe Vieira disse que "queríamos ganhar e o Jorge Jesus é um ganhador rápido". Contou ainda que "Jorge Jesus já tinha feito contacto com o Sporting quando ainda era treinador do Benfica", mas que ambos mantém uma amizade, ao dia de hoje.
Sobre o momento que vive um dos rivais diretos do Benfica, o FC do Porto, Vieira acredita que "Pinto da Costa nunca vai despedir o Sérgio Conceição. Tem feito um trabalho fabuloso".
Para o ex-presidente do Benfica, o mérito do momento que o clube vive não é apenas do atual presidente, Rui Costa, e que este não tem "perfil para dar um murro na mesa e dizer 'sou eu que mando' ".
Já nos momentos finais da entrevista, Filipe Vieira reiterou que "aquilo que deixei no Benfica, dificilmente alguém deixará igual".
Segundo o ex-presidente dos 'encarnados', o livro "A verdade de Vieira", "não é direcionado ao Benfica, é sobre momentos que vivi, mas posso garantir que tudo o que está escrito é verdade".
Quando aos lucros obtidos pela venda da obra, Vieira esclareceu que vão ser todos remetidos para uma causa que está a apoioar, em silêncio, e que não tenciona revelar.
O livro é o resultado de várias conversas entre o ex-presidente do Benfica e dois jornalistas do Correio da Manhã, sobre as revelações mais polémicas do livro e sobre a atualidade do Benfica.
A obra está dividida em três partes: a infância, a vida familiar e os negócios; as duas décadas no Benfica; e as polémicas judiciais e a detenção no processo ‘Cartão Vermelho’.
Antes da publicação do livro, Luís Filipe Vieira já tinha revelado que foi "buscar o Rui Costa para sucessor" e na obra, o ex-presidente do Benfica conta o plano para quando deixasse o clube: Rui Costa dava a cara e a SAD era gerida pelos profissionais que lá deixou.
PORMENORES
Membros dos órgãos sociais eram inúteis
Luís Filipe Vieira assume que não contava com ninguém dos órgãos sociais, e critica Rui Gomes da Silva e José Eduardo Moniz.
Pedido de ajuda ao ‘Rei dos Frangos’ num parque de estacionamento
Na tese do Ministério Público, Luís Filipe Vieira deu a José António dos Santos informação privilegiada sobre a OPA e ajudou-o depois na tentativa de vender 25% do capital da SAD encarnada a John Textor como forma de o compensar pela ajuda financeira que o empresário lhe foi dando no ramo imobiliário e não só. O valor em causa? À data de julho de 2021 o MP diz que eram 44,7 milhões de euros. No livro com histórias inéditas sobre a vida de Vieira, a relação com o ‘Rei dos Frangos’ - designação que considera ofensiva - não podia faltar. Um dos pormenores revelados é que foi num parque de estacionamento do Ikea, em Loures, que o antigo presidente do Benfica pediu ajuda ao amigo para pagar uma dívida ao Banco Português de Gestão.
A dor de perder os pais nunca passou
Se havia alguém orgulhoso de Luís Filipe Vieira ser presidente do Benfica, esse alguém era o seu pai, Fernando, um homem simples mas muito respeitado no Bairro das Furnas, em Lisboa, onde era conhecido pelo seu sentido de humor. Vieira esteve com o pai até à meia-noite da madrugada em que ele morreu, em abril de 2007, aos 82 anos, vítima de um AVC.
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