Candidato derrotado na primeira volta das eleições do Benfica assumiu que o resultado foi "abaixo" do esperado.
Após serem divulgados os resultados oficiais finais das eleições do Benfica, Martim Mayer, candidato pela Lista B, falou aos jornalistas para fazer um primeiro balanço dos resultados que a sua lista obteve neste ato eleitoral recordista mundial, com mais de 85 mil sócios votantes.
Martim Mayer sublinhou o "reforço de confiança" que os sócios demonstraram em Rui Costa, apostando na "continuidade" do projeto, e lamentou os resultados que a Lista B obteve, colocando à disposição do candidato vencedor - algo que ficará apenas conhecido no dia 8 de novembro, na segunda volta - todas as ideias e propostas que estão inseridas no seu programa eleitoral 'Benfica no Sangue'.
Um primeiro balanço aos resultados
"Em primeiro lugar, devemos louvar não só termos batido um recorde mundial como pela forma ordeira e muito democrática como decorreram as eleições. O Benfica está de parabéns, fomos um exemplo. Temos de continuar a seguir esta linha no futuro, nas Assembleias Gerais e unir o clube é isso que o clube precisa. Essa é a base de partida. Estou bastante satisfeito por observar que tudo correu dessa forma. Relativamente aos resultados, é certo que o incumbente é sempre mais forte e pareceu-me que há aqui uma mudança na continuidade e que os sócios entenderam que esse era o melhor caminho para o clube. E, portanto, estamos a assistir precisamente a isso. É evidente o reforço de confiança em Rui Costa. Temos de saber unir o clube, trabalharmos todos em conjunto para vencermos cada vez mais."
Um olhar à segunda volta. Irá apoiar algum dos candidatos?
"Hoje não é dia para isso. É dia de fazer um balanço. Eu próprio estou a fazer um balanço. Aquilo que fiz ao longo destes seis meses foi abandonar todos os meus afazeres, aquilo que é a minha familiar e profissional e trazer aqui uma proposta para os benfiquistas que eu queria que fosse de grande qualidade. Foi nisso que eu me concentrei. Mas, agora assim, eu próprio tenho de fazer o meu próprio balanço com a minha equipa e com as pessoas que estiveram mais próximas de mim. É certo que vamos para uma segunda volta. Enquanto candidato desta primeira volta, mas eu diria que [essa decisão] não é para hoje."
Votação abaixo do esperado
"Tenho de compreender que esta minha votação foi abaixo do que eu esperava, então também tenho que fazer um balanço sobre isso e, com toda a humildade, perceber porquê que aquilo que eu entendo que foi uma proposta feita com muito amor e qualidade para os sócios do Benfica se repercutiu num resultado como este. O meu benfiquismo é desde antes que nasci. Eu apareci porque entendo que posso ter algo a acrescentar ao clube e não vou sair de cena."
Existe a possibilidade de integrar um cargo numa outra direção?
"Eu apresentei a minha própria proposta e, tal como eu disse várias vezes no debate final, que não me revia em nenhuma proposta, então entendo que isso possa ser complicado. Não houve debate, essa é que é a pena. Eu teria muito mais oportunidade de explicar a qualidade do meu projeto se tivesse debatido com cada um dos candidatos, disso não tenho dúvida, como também teria passado muito melhor a minha mensagem e a qualidade desta proposta. Também era difícil [de concretizar], eram seis candidatos e compreendo que não é normal no Benfica e num clube de futebol. Mas isso não aconteceu. Tenho pena. O Benfica é um clube global, a minha proposta visa abrir operações do Benfica - não a marca do Benfica, existe uma grande diferença - na Suíça, em França, nos EUA e no Canadá. Somos esse clube. Temos esse ativo e temos de o saber aproveitar. Toda a minha proposta, tal como algum candidato disse, penso que foi João Noronha Lopes, as ideias são efetivamente do Benfica. As minhas propostas são, a partir de hoje, de quem quiser tomar conta delas. Eu fiz esta proposta para o Benfica."
Se amanhã receber uma chamada de Rui Costa ou de João Noronha Lopes, atende?
"A primeira coisa que digo é 'Viva ao Benfica'. Depois, congratulo-os pelo caminho que fizeram. Sei hoje que é um caminho duro, de coragem e de altos e baixos. Ganho admiração por cada um deles. Depois, vamos falar sobre o Benfica, claramente. Somos todos do Benfica. Conversámos todos. Os candidatos também são do Benfica. Unir listas? Nunca falei nessa possibilidade. Sou a favor da união."
O desfavorecimento mediático
"Entendi que não é dia para o fazer. Posso vir a fazer, não digo que não, mas também não digo que sim. É um dia de balanço e de descanso. Tenho de falar com a minha ideia. Eu disse muitas vezes Andries Jonker no debate, os benfiquistas dizem-me isso e é verdade. Mas Van Gaal e Andries Jonker são duas pessoas que estimo muito. Tivemos 2%. Houve um desfavorecimento mediático que não compreendo, mas não dou desculpas", terminou.
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