Seleção passa por tormentas e fica a um passo do Mundial.
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Tudo isto é futebol, tudo isto é fado. Portugal não sabe ganhar sem sofrer. Na sua estranha forma de vida, a Seleção chegou ao intervalo com um 2-0, mas viu a Turquia falhar o empate num penálti para o céu. Do céu caiu também a vitória da Macedónia do Norte, que, convenhamos, com todo o respeito, é um adversário bem mais acessível do que a Itália, tendo em vista o Mundial.
E se tudo isto é fado, tudo isto até começa com um toque de samba. Nascido no Brasil para ser herói da nação que o acolheu, Otávio só não foi a maior surpresa do onze porque Santos escolheu Diogo Costa para a baliza. E rapidamente os dois dariam razão ao engenheiro. A entrada portuguesa é forte, de tração à frente e pressão alta. O lucro chegou aos 15’: primeiro remate de Bernardo Silva ao poste e Otávio, rápido, a aparecer para a recarga. 1-0.
Em vantagem, a equipa das quinas adormeceu e só não pagou caro porque os turcos não souberam aproveitar as primeiras ofertas da defesa lusa - valeu também Diogo Costa, aos 27’.
Já há um parágrafo que não se falava aqui em Otávio. Foi outra vez o médio portista a resolver os problemas, antes do intervalo. Cruzamento teleguiado para Diogo Jota, que cabeceia para o segundo do encontro. 2-0.
Tudo feito? Claro que não, que todos os ais são nossos. Jota falhou oportunidades de ouro para fechar o jogo e a Turquia reduziu, aumentando o estado de ansiedade português, que teve o seu clímax num penálti que o VAR viu, e bem. Yilmaz atirou para as nuvens e mudou a sorte lusa. Matheus Nunes fez o 3-1 e, em Itália, apurou-se a Macedónia para a final de terça. Foi por vontade de Deus?
POSITIVO E NEGATIVO
Eles querem mesmo Qatar
Não nasceram em Portugal, mas sentem as quinas de alma e coração. Otávio foi a grande surpresa do onze e o destaque de todo o encontro. Um golo e uma assistência numa exibição de gala fechada pelo também luso-brasileiro Matheus Nunes.
Vivemos nesta ansiedade
Falamos aqui em fado, mas desta vez o destino até foi amigo, quando Yilmaz atirou para as nuvens o penálti em mais um erro da defesa portuguesa, completamente aos papéis durante vários momentos do jogo. Erros a não repetir na terça-feira.
ARBITRAGEM
VAR chamou para penálti
O penálti que Yilmaz falha é indiscutível. José Fonte falha a bola e pontapeia o adversário. O árbitro não viu, o VAR alertou, e bem. Algumas dúvidas num lance com Cristiano Ronaldo em que o defesa turco joga a bola com o braço dentro de área.
Adeptos invadem relvado após o jogo
Otávio enche Dragão de olhos no Qatar
Diogo Costa – Uma das surpresas. Exibição segura, num jogo com alguns sustos.
Dalot – Começou desinibido a apoiar o ataque, mas falhou em algumas saídas de bola no processo defensivo.
Fonte – Dois bons cortes do veterano central. Fez penálti mas esteve a bom nível.
Danilo – Menos em jogo que o colega de posição. Ainda assim, numa posição diferente da habitual, cumpriu.
Guerreiro – Algumas desatenções e passes falhados. Melhorou no segundo tempo.
João Moutinho – Com uma ação mais defensiva, teve papel importante na transição. Uma única falha na bola perdida que resultou no 2-1.
Bernardo Silva – Um remate ao poste levou a bola a sobrar para Otávio fazer o primeiro.
Bruno Fernandes – Tentou desequilibrar com passes de rutura, mas acabou por ser pouco eficaz.
Diogo Jota – Falhou um golo de forma incrível, mas depois redimiu-se e num cabeceamento fulgurante fez o 2-0. No segundo tempo desperdiçou mais golos.
Ronaldo – Desceu várias para ir buscar jogo e numa dessas vezes conseguiu um toque de habilidade na saída ofensiva que deu o 2-0. Na hora de rematar mostrou pouco acerto. Atirou à barra já perto do final.
Otávio - Num estádio que bem conhece, o luso-brasileiro encantou. Golo, assistência e uma exibição de gala. Santos acertou em cheio.
William – Deu frescura ao meio-campo.
João Félix – Entrou mexido e teve duas enormes chances para marcar perto do final.
Nuno Mendes – Refrescou o lado esquerdo da defesa.
Matheus Nunes – Arrancada que acabou com o primeiro golo pela Seleção.
Rafael Leão – Deu velocidade e visão de jogo com a assistência para o 3-1.
"As finais são jogos muito difíceis" "Todos previam [que a Itália se qualificaria] menos o povo da Macedónia, com certeza. As finais são jogos muito difíceis. Sei muito bem o que é uma final. As finais são jogos para ganhar, não para se pensar que, à partida, se ganha", avisou esta quinta-feira Fernando Santos, sobre o adversário de terça-feira no último jogo que dá acesso ao Mundial no Qatar, em novembro. Sobre o jogo desta quinta-feira, o selecionador nacional destacou "os primeiros 20-25 minutos muito bons" e lamentou que a equipa tenha baixado a pressão e falhado oportunidades, dando uma hipótese ao adversário: "Num lance casual, a Turquia faz um golo e aquele penálti podia ter complicado o jogo." Macedónia elimina Itália Com contornos de escândalo, a Macedónia do Norte eliminou esta quinta-feira a Itália, em Palermo. O golo da vitória por 1-0 surgiu aos 90’+2, com Trajkovski a fazer lembrar Éder na final do Euro 2016, com um remate de fora da área colocadíssimo.
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