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Sporting ‘despacha’ Vizela em Alvalade no arranque do campeonato

Equipa de Rúben Amorim teve sempre o controlo do jogo, mas os golos só surgiram na 2ª parte frente a um Vizela que caiu com dignidade.

07 de agosto de 2021 às 10:16

O Sporting iniciou a defesa do título de campeão nacional com categoria. Conseguiu um triunfo fácil sobre o Vizela, equipa que subiu este ano à Liga, mas com boas indicações, nomeadamente de Pedro Gonçalves, que marcou dois dos três golos apontados pelos leões. Uma entrada de campeão na Liga, a colocar pressão nos rivais.

Rúben Amorim só foi obrigado a fazer uma alteração na equipa que ganhou a Supertaça. Saiu o lesionado Nuno Mendes e entrou o reforço Rúben Vinagre, que deu boas indicações.

O técnico leonino tinha previsto dificuldades e acertou. O Vizela, que subiu este ano à Liga, não foi a Alvalade prestar vassalagem ao campeão. Jogou aberto e com rigor tático. Ainda chegou a marcar pelo seu goleador Cassiano (8’) mas o lance foi anulado por um fora de jogo de 45 centímetros confirmado pelo VAR.

O Sporting ficou, então, de sobreaviso e assumiu o comando do jogo. Com os laterais Esgaio e Vinagre ativos, sucederam-se os cruzamentos para a grande área. Aí Jovane e Paulinho desperdiçaram boas ocasiões para inaugurarem o marcador.

A espaços, o Vizela mostrava algum atrevimento. Cassiano era o mais inconformado.

O fluxo ofensivo dos leões foi grande e até foi com naturalidade que surgiu o lance do penálti. Paulinho remata para a baliza e Koffi corta a bola com a mão. O VAR confirmou a decisão. Pior esteve Jovane, que enganou o guarda-redes, mas rematou à barra com a bola a sair por cima da baliza.

O Sporting surgiu na segunda parte com a mesma postura agressiva sobre a bola, mas mais eficaz. E não foi preciso muito. Pedro Gonçalves demorou apenas três minutos para dar vantagem aos leões. Palhinha e Paulinho tiveram um papel ativo e determinante na jogada.

Os vizelenses caíram, mas com dignidade. Samu ainda testou a atenção de Adán no primeiro remate enquadrado com a baliza leonina.

Contudo, Pedro Gonçalves estava imparável e aproveitou para fazer o 2-0. Dominou a bola e rematou fácil para dentro da baliza.

Mas o campeão também quis entrar com estrondo na Liga. Não aliviou a pressão e Paulinho estabeleceu o resultado final, depois de um bom cruzamento de Nuno Santos. Triunfo justo e incontestável do campeão.

Pedro Gonçalves afinado

+ Pedro Gonçalves não perdeu o apetite insaciável pelos golos. O melhor marcador da Liga do ano passado (com 23 golos) acabou por bisar logo na primeira jornada da Liga. Dois lances que revelaram toda a sua capacidade e veia goleadora.

Penálti falhado

- Jovane Cabral falhou um penálti que podia ter lançado a equipa mais cedo para um triunfo fácil. O avançado leonino enganou o guarda-redes mas rematou à barra. Ficou condicionado para o resto do jogo, em que falhou diversas ocasiões de golo.

Bem nas decisões difíceis

António Nobre esteve bem nas decisões mais difíceis. Não hesitou na marcação do penálti a favor do Sporting e esteve bem ao anular o golo do Vizela por fora de jogo, com o VAR a confirmar que Cassiano estava 45 centímetros adiantado.

Momentos do jogo

8’

Samu arranca e cruza para a área leonina onde aparece Cassiano a desviar para a baliza de Adán. O lance foi anulado por fora de jogo.

30

Paulinho recebe a bola dentro da área e remata com a bola a ser travada com o braço de Koffi. Jovane falhou o penálti. Rematou por cima.

48’

Palhinha recupera uma bola e dá para Paulinho, que assiste Pedro Gonçalves no 1-0 com um remate colocado à entrada da área.

64’

Esgaio sobe no terreno e cruza largo para dentro da área. Pedro Gonçalves domina a bola e remata com êxito para o 2-0.

74’

Rúben Vinagre solicita o recém-entrado Nuno Santos, que cruza tenso para Paulinho, que empurrou a bola para dentro da baliza: 3-0.

Paulinho e Vinagre enchem Pote de luxo no jogo entre o Sporting e Vizela

Adán – Noite tranquila. Um remate enquadrado fácil de defender e nada mais.

Gonçalo Inácio – Enche a retaguarda de confiança e facilita a construção de jogo.

Coates – Continua a ser o patrão da defesa. Grande corte logo aos 7 minutos.

Feddal – É o central que aparenta ter o pico de forma mais atrasado. Mas cumpre.

Ricardo Esgaio – Ninguém sentiu a falta de Porro, o que é um elogio. Mas não é tão efetivo no último terço.

Palhinha – Dono e senhor do meio-campo.

Matheus Nunes – Dá dinâmica e assume a batuta sem medo. Precisa de ser mais seletivo e eficaz no passe.

Rúben Vinagre – Grande estreia em jogos oficiais. Ameaça constante pelo flanco, com centros perigosos.

Paulinho – Trabalha imenso, dando fluidez ao ataque da equipa. Boa assistência para Pote e depois estava no sítio certo para encostar no 3-0.

Jovane – Cinco remates na 1ª parte e nenhum golo. Até um penálti foi à trave. Positiva só pelo esforço. Mas tanta ineficácia pode custar o lugar.

Nuno Santos – É um suplente de luxo. Mostrou a Rúben Amorim que pode contar com ele para a esquerda do ataque.

Daniel Bragança – Somou os primeiros minutos da época, mas está claramente atrás de Matheus Nunes. Quase marcava num remate de ressaca.

Matheus Reis – Mostrou a polivalência. Se na época passada jogou sobretudo como central, esta sexta-feira foi para a ala.

Tiago Tomás – Sem tempo para mostrar qualidades.

Tabata – Também entrou para somar minutos.

Pedro Gonçalves

Faltam adjetivos para classificar a capacidade goleadora de um jogador que supostamente era médio. Olha para a baliza e mete a bola onde quer. Perfeição técnica nos dois golos.

"Público dá velocidade ao jogo"

"Ainda temos de melhorar na finalização", disse no final da partida Rúben Amorim, antes de apontar os sinais positivos da equipa: "Estamos melhor na posse e temos mais paciência com a bola, mesmo com os adeptos." O regresso do público "dá mais velocidade ao jogo, é diferente", ainda que no início alguns jogadores tenham demorado a adaptar-se. "O Pedro (Gonçalves) na primeira parte não esteve cá", afirmou, antes de realçar de novo a importância dos adeptos, com um senão: "Os jogadores não me ouvem, ou fazem que não ouvem", concluiu com um sorriso.

"Entrei desorientado"

"Entrei desorientado com o barulho dos adeptos, já não estava habituado", confessou Pedro Gonçalves. "Foi uma sensação única", acrescentou o autor de dois dos três golos. "Trabalhámos bem ao longo da semana", disse, justificando a boa exibição e a vitória leonina.

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