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Verstappen favorito na primeira época da F1 sem mudanças de pilotos. O que saber para a nova temporada

Holandês da Red Bull quer vencer quarto título consecutivo. Conheça os detalhes da Fórmula 1 e veja o calendário para este ano.

28 de fevereiro de 2024 às 09:15

O neerlandês Max Verstappen (Red Bull) parte como favorito à conquista do título mundial de Fórmula 1, o seu quarto consecutivo, na mais longa temporada da história da modalidade, que começa este fim de semana, no Bahrain.

As primeiras duas provas, no Bahrain e na Arábia Saudita, serão excecionalmente disputadas ao sábado e não ao domingo, em virtude do Ramadão, o mês sagrado dos muçulmanos, e serão as primeiras de um calendário com 24, que termina apenas em 08 de dezembro, em Abu Dhabi, o mais longo de sempre.

Os testes de inverno mostraram que, descontando o tricampeão Max Verstappen, os restantes pilotos da frente mantêm um equilíbrio notável, com destaque para a evolução técnica da Ferrari, mas também da Mercedes, que abandonou o conceito aerodinâmico seguido nas duas temporadas anteriores e apostou no mesmo esquema de pontões laterais largos implementado pela Red Bull.

A marca austríaca parece ser, mesmo, a grande inspiração das restantes, ainda que a evolução apresentada este ano aos desenhos do projetista Adrian Newey mostrem que continua um passo à frente dos rivais.

No entanto, o domínio da escuderia da marca das bebidas energéticas está ensombrado por uma investigação interna ao alegado comportamento impróprio do diretor da equipa, o britânico Christian Horner, cujo resultado deverá ser conhecido nos próximos dias.

A possibilidade de despedimento daquele que tem sido o líder da equipa desde a sua entrada no Mundial, em 2005, tem sido avançada pela imprensa holandesa, no que seria um rude golpe na competitividade da Red Bull.

Em 2023, Max Verstappen dominou por completo, ao vencer 19 das 22 corridas disputadas, novo recorde na disciplina. 'Mad' Max permitiu apenas que o espanhol Carlos Sainz (Ferrari) vencesse em Singapura e o mexicano Sérgio Pérez, seu companheiro na Red Bull, na Arábia Saudita e no Azerbaijão.

Este foi apenas um dos máximos estabelecidos pelo piloto neerlandês, que também garantiu um novo registo histórico de 10 vitórias consecutivas e 575 pontos alcançados (mais 121 do que na época anterior e mais do dobro do que os 285 de Pérez, segundo classificado no campeonato).

Caso consiga o quarto título consecutivo, Max Verstappen iguala o feito do alemão Sebastian Vettel, que conquistou os títulos de 2010, 2011, 2012 e 2013 com a Red Bull, e do francês Alain Prost (campeão em 1985, 1986, 1989 e 1993). À sua frente ficarão, apenas, o argentino Juan Manuel Fangio (1951, 1954, 1955, 1956 e 1957), que tem cinco, e o alemão Michael Schumacher (1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004) e o britânico Lewis Hamilton (2008, 2014, 2015, 2017, 2018, 2019 e 2020), que têm sete coroas.

Hamilton e 'Schumi' são, também, os únicos com mais vitórias em corridas do que o piloto neerlandês da Red Bull. Hamilton soma 103 e o alemão 91, contra as 54 de Verstappen.

Ao lado do campeão alinha Sérgio Pérez, que entra no último ano de contrato e terá de fazer melhor do que em 2023 para manter a confiança dos responsáveis da equipa. Melhor significa, pelo menos, não perder tantos pontos para o chefe de fila, já que pilota um carro idêntico.

Primeiro ano sem mexidas de pilotos

O ano de 2024 será o primeiro do Mundial de Fórmula 1 em que começam exatamente os mesmos pilotos que acabaram a temporada anterior.

No entanto, sabe-se já que essa acalmia antecede a tempestade que se antevê para 2025, pois a temporada que arranca este fim de semana, no Bahrain, marca a despedida de vários pilotos das atuais equipas.

Desde logo, o britânico Lewis Hamilton, que se despede da Mercedes, após 12 temporadas, rumando à Ferrari em 2025, ocupando o lugar do espanhol Carlos Sainz, que terá de procurar vaga noutra equipa.

Hamilton persegue, desde 2021, o oitavo título da sua carreira, o que o tornaria no mais titulado da história, superando o alemão Michael Schumacher, com quem está empatado, com sete campeonatos ganhos.

A mudança do britânico para a Ferrari pode produzir um efeito dominó e afetar grande parte das 10 equipas da grelha, até porque são vários os pilotos em final de contrato, nomeadamente o espanhol Fernando Alonso (Aston Martin), que, aos 41 anos, foi uma das sensações do campeonato passado.

O asturiano, campeão mundial em 2005 e 2006, voltou a somar pódios, mas ainda não conseguiu alcançar o 33.º triunfo da carreira, que voltará a tentar este ano.

No entanto, a vantagem do Red Bull RB20, sobretudo aquele pilotado pelo neerlandês Max Verstappen, tricampeão, parece ser, ainda, demasiada para o resto da concorrência.

O piloto dos Países Baixos venceu 19 das 22 corridas da temporada passada (Carlos Sainz foi o único a vencer por outra marca que não a austríaca, em Singapura), conquistando 10 triunfos consecutivos, novo recorde na Fórmula 1.

Aos 26 anos, é o favorito para a conquista de um quarto título consecutivo, igualando o alemão Sebastian Vettel que, entre 2010 e 2013, também conquistou um 'tetra' com a Red Bull.

Retirado desde o final de 2022, Vettel tem sido novamente apontado à Fórmula 1, como possível substituto de Hamilton na Mercedes na próxima temporada. Uma vaga à qual concorrem, também, Fernando Alonso ou Carlos Sainz.

Mas se para o próximo ano a dança de cadeiras se prevê movimentada, o ano de 2024 é o primeiro desde o início do campeonato (1950) em que não houve mexidas nos plantéis, com os 20 pilotos a manterem o assento do ano anterior.

O mesmo não se passou na direção das equipas, pois o italiano Gunther Steiner, tornado famoso pelo documentário da Netflix sobre a disciplina, bateu com a porta durante o inverno, sendo substituído pelo japonês Ayao Komatsu.

Apesar de manter as mesmas 10 equipas, a grelha de 2024 apresenta como novidades duas mudanças de nome. A equipa satélite da Red Bull passa a chamar-se VisaCash RB, substituindo a Alpha Tauri (já antes tinha sido Toro Rosso) enquanto a Sauber terminou o acordo com a Alfa Romeo, regressando ao nome antigo.

O campeonato começa no sábado, no Bahrain, terminando apenas em 08 de dezembro, em Abu Dhabu, após 24 corridas, fazendo deste o mais longo de sempre.

Calendário da época

1. 02 mar Bahrain Sakhir

2. 09 mar Arábia Saudita Jeddah

3. 24 mar Austrália Melbourne

4. 07 abr Japão Suzuka

5. 21 abr China Xangai

6. 05 mai Miami Miami, Estados Unidos

7. 19 mai Emília Romagna Imola

8. 26 mai Mónaco Mónaco

9. 09 jun Canadá Montreal

10. 23 jun Espanha Barcelona

11. 30 jun Áustria Spielberg

12. 07 jul Reino Unido Silverstone

13. 21 jul Hungria Mogyoród

14. 28 jul Bélgica Spa-Francorchamps

15. 25 ago Países Baixos Zandvoort

16. 01 set Itália Monza

17. 15 set Azerbaijão Baku

18. 22 set Singapura Singapura

19. 20 out Estados Unidos Austin

20. 27 out México Cidade do México

21. 03 nov São Paulo São Paulo, Brasil

22. 23 nov Las Vegas Las Vegas, Estados Unidos

23. 01 dez Qatar Lusail

24. 08 dez Abu Dhabi Abu Dhabi

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