Menina moderna e de boas famílias americanas, Virginia deixou tudo e cruzou o Atlântico para viver num país onde as mulheres não saiam de casa sem companhia. Por amor ao primeiro ecologista português, Mimoso Flores.
Poderia ter seguido uma carreira brilhante na música, ser uma respeitada bióloga americana ou qualquer profissão ligada às línguas, mas trocou tudo por amor a um homem: Francisco Mimoso Flores, responsável pelos primeiros estudos de arborização das regiões do Minho, Trás-os-Montes e arquipélago dos Açores, autor de várias obras dedicadas à conservação da Natureza.
Virginia Lee Malone nasceu numa cidade com o seu nome, do estado do Minesota, junto à fronteira com o Canadá. Apesar de ter vivido mais anos em Portugal do que nos Estados Unidos, mantém o sotaque americano e as interjeições ainda saem em inglês.
É proprietária da Quinta da Luz, a três quilómetros de Castelo de Vide, no Alto Alentejo, uma das maiores herdades agrícolas em funcionamento. Vive numa casa apalaçada herdada da família que a adoptou. Uma relíquia do século XVI, preservada com tanto esmero que parece ter sido construída ontem, assim como a área rural da quinta. Atrás da residência senhorial, esconde-se um jardim labiríntico, desenhado pelo arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, amigo da família. O interior da casa respeita a tradição portuguesa e todas as imagens e documentos de família foram recolocados na parede por Virginia Flores. “Restauro tudo o que encontro nos baús de casa, como aquele documento em que o sultão da Turquia nomeia o bisavô do meu marido cônsul”, conta.
Há 15 anos, esta americana viu a sua harmonia desmoronar-se quando Francisco Mimoso Flores morreu no hospital de Portalegre. Nessa altura, ela tinha 65 anos, menos 17 que o marido. Para trás, ficaram quatro décadas de um casamento feliz. Sem filhos para a ajudar, a não ser os habituais empregados que trabalham nas terras e nas lides domésticas, Virginia Flores decidiu assumir a gestão da Quinta da Luz sozinha. Libertou-se da maior parte dos rendeiros que – conta – “pagavam valores muito baixos”, mantendo assim intacta a fortuna da família. Já perdeu a noção da quantidade de hectares que gere, mas tem tudo apontado no papel. “Produzimos azeite, negociamos cortiça. Agora, vou reservar 500 hectares de terra para a criação de gado. Na Quinta da Luz existem para mais de 700 mil oliveiras. Aqui até fazemos pão.”
Além da gestão da Quinta, para a qual tem a ajuda de um sócio, Virginia Flores não dispensa o seu papel de anfitriã. A paixão pelas pautas e notas mantém-se inalterável: “Desde a barriga de minha mãe que ouço música. É algo que está sempre presente na minha vida.” O piso inferior, antigas cavalariças e residência do pessoal, foi transformado num salão reservado aos serões entre amigos, a ouvir a música saída de um piano de cauda, prenda de casamento dos sogros e que Virginia Flores toca com total perfeição. As paredes da divisão são revestidas a cortiça, para melhorar a acústica do espaço. Uma equipa de musicólogos da Fundação Gulbenkian deslocou-se, inclusive, ao local para confirmar a qualidade sonora.
Só há alguns meses a televisão entrou nesta casa, onde várias publicações americanas de referência preenchem as mesas do salão. Edições da semana, que a proprietária não dispensa: “Nunca precisei da televisão para nada. Apenas serve para quebrar a comunicação entre as pessoas. As revistas dão-me a informação de que preciso.”
A cerca de 250 quilómetros da Quinta da Luz encontra-se a outra parte da fortuna desta americana. As suas propriedades concentram-se, sobretudo, na Lapa e na Rua da Madalena. Contudo, um pouco por várias zonas da capital existem prémios desta proprietária de porte elegante e de jeito afável. Os últimos anos dividem--se entre os meses passados na tranquilidade do solar alentejano e a residência de traça nobre, em Lisboa. “Gosto muito de cuidar de tudo isto. Acho que aprendi com o meu sogro e o meu marido. Foram 40 anos a observar como se faz.”
Na casa de Castelo de Vide, apenas conta com a ajuda de três funcionários permanentes. É que, justifica, “nos dias de hoje não se pode ter demasiados empregados”. A venda dos produtos é entregue a um feitor, habituado a negociar há longos anos. “Não é fácil, mas ele tem jeito para aquilo.”
Longe do Alto Alentejo e de Lisboa, o outro sítio que não dispensa é o seu quarto no hotel da 5ª Avenida, em Nova Iorque: “É uma maravilha. Fica a meio da rua. Por isso, quando venho carregada de compras não tenho de andar muito. É óptimo.” Do sítio mais prestigiado do mundo ao recanto mais pacato de Portugal, a forma de estar desta mulher é sempre a mesma: discreta, elegante e amável para quem a rodeia. Dos portugueses herdou o conservadorismo e o gosto por manter a tradição. “Acho que tentei tanto preservar os valores e os hábitos antigos, tal como me foram transmitidos pela minhas tias e sogras, que hoje Portugal evoluiu de mais e fiquei para trás no tempo.”
A AMÉRICA PELA VELHA EUROPA
A opção de vida de Virginia Flores despertou a curiosidade de uma autora norte-americana. Vivian Andersen Castleberry encontra-se a escrever um livro sobre quatro mulheres que trocaram os Estados Unidos pela velha Europa. A latifundiária de Castelo de Vide é uma das protagonistas. Na obra, Virginia Lee Malone – nome de solteira – recorda a sua chegada a Portugal, no final da década de 40, depois de ter conhecido o marido, quando estudava Biologia, na SMU, uma universidade de Dallas.
Francisco Mimoso Flores rejeitou dar aulas na Columbia University, optando por desenvolver um estudo fitogeográfico e ecológico das dunas portuguesas desde Caminha a Vila Real de Santo António, ao lado do professor William S.Cooper, na época o mais prestigiado ecologista do mundo.
No tempo em que permaneceu na SMU, a tomar conhecimento das últimas técnicas usadas na silvicultura, conheceu Virginia. Casaram em Dallas, mas para convencer a família a aceitar o matrimónio, o embaixador português de Nova Iorque foi obrigado a explicar ao pai da jovem americana que Francisco Mimoso Flores descendia de uma das famílias mais conceituadas do País. Vernon Malone, maestro e professor da cidade de Virginia, dono da maior colecção de música clássica da América, deixou a filha partir para um país remoto, situado algures no Sul da Europa. Nunca mais voltou a ver Virginia; algum tempo depois, morreu inesperadamente.
Virginia Flores viajou durante dois anos e meio com o marido. Esteve na Madeira, Açores, Inglaterra, França e noutros locais onde o ecologista parava para desenvolver estudos ou aperfeiçoar técnicas. O seu trabalho era tão ou mais reconhecido no estrangeiro como em Portugal. Os Royal Gardens de Kew, em Inglaterra, por exemplo, guardam uma colecção de espécies herbárias portuguesas, legadas pelo ecologista.
A FAMÍLIA PORTUGUESA
Depois do estilo de vida nómada dos primeiros anos, o casal estabeleceu-se, em Lisboa. “Lembro-se de quando cheguei. Fui recebida pelos 11 elementos da família que viviam na casa do Calvário. Quando o empregado fechou a porta foi como se tivesse retrocedido até ao século XIX”, recorda. Os Flores, uma família nobre de Belém, não permitiam que uma mulher saísse à rua sem ser acompanhada e estipulavam hábitos rígidos de disciplina.
Virginia estranhava que “as mulheres não usufruíssem de coisas tão simples como conduzir ou ter um passaporte”. A mudança radical não intimidou a americana, descendente do primeiro juiz de Nova Amesterdão, actual cidade de Nova Iorque. “Não valia a pena tentar mudar as pessoas. Tinha de me adaptar a esta nova cultura; receber os novos valores e aceitá-los.”
A primeira prova de fogo foi a língua. Virginia não dizia uma palavra de português. O sogro, o neurologista António Flores, proibiu que se falasse inglês em casa. A jovem americana, na altura com 28 anos, teve de aprender o idioma à força: “Ao fim de nove meses, estava a falar na perfeição.”
A surpresa maior foi quando recebeu a visita da mãe, quatro anos após ter deixado os EUA: “Toda a gente conversou com ela em inglês. Fiquei chocada. A minha cunhada, que nunca tinha dito uma palavra, falou sempre na minha língua com a minha mãe. Quando lhe perguntei porque nunca me tinha facilitado a minha estadia em Portugal respondeu-me: ‘Tinhas de aprender português e depois já não era necessário falar inglês’. Era incrível.” A facilidade de aprendizagem da língua deveu-se, explica, “ao ‘background’ de latim e romano”, numa formação superior dividida em quatro licenciaturas: Inglês Antigo, Francês, Biologia e Música. Foi neste ambiente rígido e conservador que Virginia Flores se habituou a viver no País e a assumir-se como portuguesa. “Mas – lembra – era tudo tão diferente. Nos Estados Unidos, estava ligada à música e passava os meus dias nas universidades. Mas como estava interessada em conhecer coisas novas, foi isso que decidi fazer.”
A CHEGADA À QUINTA
Após um ano a viver em Lisboa, o casal mudou-se para Castelo de Vide. Virginia ficou surpreendida com o encanto da Quinta da Luz. “Era muito bonita!”. Nessa altura, sentiu que estava a assistir a uma nova viragem no tempo: “Em Castelo de Vide, passei a viver como no século XVIII. Aqui, não existia luz. Os candeeiros eram a petróleo, algo inimaginável nos EUA. Ainda por cima, quando cheguei, o meu cunhado, o poeta Francisco Bugalho, tinha falecido. Viemos de noite e dirigimo-nos para a casa da minha cunhada. Ao lado dela, estava sentado o poeta José Régio, muito amigo do falecido. Estava tudo escuro. Os homens vestiam-se de capas negras e a casa encontrava-se iluminada com velas.”
Superada a sensação de estranheza, Virginia Flores aceitou os hábitos de uma pequena vila e o dia-a-dia longe da cidade. O tempo passou e com ele aprendeu a amar Portugal como a sua pátria. Há três anos que não visita os Estados Unidos. “Sinto saudades. No entanto, tenho imensa coisa para tratar aqui. É-me quase impossível ausentar de Portugal por muito tempo”, lamenta.
Assim que consegue uma abertura na sua vida ocupada percorre “os EUA de uma ponta à outra”. “Visito todos os meu familiares e os meus amigos.”
Passados 55 anos a viver em Portugal, Virginia Flores sente-se, acima de tudo, portuguesa, embora admita que o seu país nunca lhe saiu do coração: “Esta é a minha família. É aqui que moro. Adoro estar rodeada de história e de toda a riqueza natural, mas é normal que os Estados Unidos tenham um lugar especial.”
A PAIXÃO POR ANTIGUIDADES
Virginia Flores deixou-se encantar pela riqueza histórica e patrimonial de Portugal. Um dos seus ‘hobbies’ favoritos é coleccionar antiguidades. Enquanto mandava restaurar um edifício do século XVIII, na histórica Lapa, em Lisboa, a proprietária fez uma descoberta surpreendente. Debaixo de três camadas de tinta, encontravam-se escondidos uns preciosos frescos da época.
A americana mandou recuperar tudo, entregando o trabalho a especialistas. Quando, um dia, mostrou ao coleccionador de arte e antiguidades Robert Garcia, ele pediu para lhe arrendar a casa. Sempre que vem a Portugal em negócios, instala-se numa das muitas casas restauradas com o bom-gosto da proprietária.
“Os portugueses não dão valor às preciosidades históricas e arquitectónicas que têm. É uma pena porque existem edifícios fantásticos. Nisso deveriam aprender com os espanhóis e não estar sempre venerar o que vem do estrangeiro”, aconselha a apaixonada pelas relíquias portuguesas.
VIZINHA DE AMÁLIA RODRIGUES
Em frente ao edifício onde Virginia morou com a família, vivia Amália Rodrigues. A casa da diva do fado situava-se numas águas-furtadas simples. A americana recorda-a com precisão: “Cantava noite e dia. Os vizinhos chegaram a fazer um abaixo-assinado para a proibir de cantar. Nessa altura, vendia tremoços na rua e todos estavam longe de imaginar que aquela rapariga se haveria de transformar num dos ícones da cultura portuguesa.”
Amália Rodrigues voltou a cruzar-se na vida da americana. “Quando cheguei a Castelo de Vide, o chefe da estação de comboios local era um grande guitarrista e a primeira pessoa a levar Amália para cantar numa casa de fados, quando ela era ainda criança.
Um dia, ela veio aqui dar um espectáculo benemérito. Mal olhou para Alexandre Bravo – tinham passados anos – abraçou-o felicíssima. Deram um espectáculo juntos. Foi bonito.”
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