Entrevista ao realizador da trilogia 'As Mil e uma Noites'.
Até outubro o cineasta Miguel Gomes vai mostrar o retrato que fez de um Portugal em crise. ‘As Mil e uma Noites’ levou um ano a filmar, tem três partes diferentes e a primeira, ‘O Inquieto’, já está em exibição. Lá fora arrecadou prémios e aplausos.
Diz-se que integra um grupo de cineastas formados na Escola Superior de Teatro e Cinema que despontou nos anos 90 do séc. XX. Pode falar-se de grupo?
Em 1995 houve, pela primeira vez por parte do Instituto do Cinema, apoios a curtas-metragens. Surgiu a oportunidade e eu tive a sorte de sair da escola de cinema e conseguir começar a filmar. Como eu, outros. Houve um crítico, o Augusto Seabra, que nos chamou de geração ‘curtas’.
Mas não se trata de um grupo no sentido de haver uma estética comum?
Acho que isso nunca existiu. O que pode é haver coisas comuns que passem de filmes para filmes. Por razões simples: o País é pequeno e sempre existiu no cinema português um fascínio pelas classes populares. Os filmes que o Paulo Rocha fez nos anos 60, os do Fernando Lopes em 80. Filmei ‘Aquele querido mês de Agosto’ em 2008 e está lá.
Sente falta de um grupo que além da produção de cinema tivesse uma produção teórica?
Colmatei uma possível falta com o convívio estreito com algumas pessoas. Era vizinho e muito amigo do Fernando Lopes, por exemplo. Víamo-nos quase todas as semanas para falar sobre cinema. Ele ia ao Gambrinus, eu não, porque não tenho dinheiro para isso, mas depois encontrávamos num barzinho. Foi, provavelmente, o cineasta mais caloroso que tivemos e acho que fazia uma espécie de ligação entre os cineastas todos. Mais tarde, com o Manuel Mozos, encontrei algo de semelhante. Mas não podemos inventar grupos. A geração do Fernando, sim, tinha um grupo. Ele contava-me das zangas que havia entre eles e de como depois se reaproximavam. Havia ali qualquer coisa de comunidade que hoje é difícil de existir.
Antes de filmar foi crítico de cinema. A passagem pelos jornais foi importante?
Se calhar mais importante para mim do que para as pessoas que me liam [risos]. Como estava a ser pago para escrever sobre a experiência que era ver filmes acho que me esclareci. Fui obrigado a perceber porque é que gostava de algumas coisas em alguns e não gostava de outras coisas noutros. Antes disso, a minha relação com o cinema era mais intuitiva e emocional. Escrever obrigou-me a pensar.
E também por outra razão: deu-me mais disciplina. A disciplina nunca foi o meu forte. Não sou de obedecer a horários muito fixos. E o facto de ter de entregar um texto a horas – sob a ameaça de ser despedido – ajudou-me a manter-me focado. A ter de me disciplinar em termos de trabalho.
Conseguiu provar que o crítico não é, como tanta gente diz, um criador que não consegue criar?
Sempre quis fazer filmes. Escrever foi um acaso. Quando saí da escola de cinema não sabia o que fazer e uma amiga – que escrevia no semanário ‘Já’, do Miguel Portas – telefonou-me. Faltava-lhes um crítico de cinema e ela perguntou-me se eu queria experimentar. Achei que provavelmente não teria muito jeito mas não tinha nada a perder. Escrevi o texto e fui aceite. Depois passei para o jornal ‘Público’. Ao todo, escrevi durante quatro anos.
Ganhou inimigos enquanto crítico de cinema?
Acho que tinha a reputação, não sei se exagerada, de ser severo. De bater muito em vários filmes e de gostar de poucos. Acho que acabei por receber o primeiro apoio do ICA [Instituto do Cinema e do Audiovisual] para fazer uma curta-metragem porque o júri me conhecia enquanto crítico e me quis dar uma lição. Deixar-me fazer um filme para eu perceber como a vida é dura. E, de facto, fiz um péssimo filme [risos]. Felizmente ninguém deu por nada e pude continuar. Entretanto, acho que melhorei um bocado...
Fazer curtas é um treino importante? É como o escritor que começa por fazer contos para ganhar fôlego para um romance?
Acho que cada filme, independentemente de ser uma curta-metragem ou um filme de seis horas – como ‘As Mil e uma Noites’ – é cinema. Tem de se investir tudo. Tem de se inventar personagens, contar histórias, mostrar coisas que possam estabelecer uma relação com o espectador. Aliás, entre as longas-metragens tenho feito algumas curtas. Entre a primeira e a segunda longas-metragens fiz uma curta, ‘O Cântico das Criaturas’ e antes deste filme fiz outra, ‘Redemption’. Para mim são filmes como os outros.
A primeira longa, ‘A cara que mereces’. De onde veio a inspiração para o filme?
É a história da Branca de Neve e dos Sete Anões. E a frase que um amigo me disse: "Até aos 30 anos tens a cara que Deus te deu; depois tens a cara que mereces". Quando comecei a pensar no filme estava quase a fazer 30 anos. A frase atingiu-me de uma forma pessoal. Queria fazer um filme sobre crescimento, sobre uma espécie de crise dos 30. Uma personagem cujo comportamento tem algo de infantil e imaturo regressa à infância para a matar. Foi a ideia.
‘Aquele querido mês de Agosto’ tornou-o popular. Que relação tem com o seu espectador potencial?
O espectador está em mim. Eu tenho de ser o primeiro espectador dos meus filmes. Muitas vezes, depois de fazer vários takes, de dar indicações aos atores, de falar com o director de fotografia para fazer alterações de luz… Olho para aquilo que estamos a fazer como se fosse pela primeira vez. Como se estivesse no cinema. Nessa altura, avalio se o filme é bom ou mau.
É o regresso do crítico?
Não. É o regresso do espectador intuitivo. Aquele que reconhece o prazer nas imagens, que sente se o ritmo está bem, menos do ponto de vista técnico do que do efeito que produz. O prazer é importante para mim. Claro que é difícil pensar que estou a fazer um filme para todos, porque eu não sou igual ao tipo que se senta ao meu lado. A experiência do cinema é única para cada um de nós e depende da nossa sensibilidade, sentido de humor… A partir desse pressuposto sinto que tudo o que posso fazer, quando estou a rodar um filme, é tentar ser o mais honesto possível e tentar fazer aquilo que me dá prazer. Com a esperança de que esse prazer possa ser partilhado.
A sua obra [cinco curtas-metragens e três longas, excluindo ‘As Mil e uma Noites’] tem sido alvo de retrospetivas e recebido prémios importantes no estrangeiro. Trocava os prémios por um grande sucesso de bilheteira?
Não. Nem os prémios nem os resultados de bilheteira são aquilo que melhor serve para avaliar um filme em absoluto. Não digo que não sejam importantes... O ICA publica uma lista com os mais vistos, que neste momento está ocupada pelo filme ‘O Pátio das Cantigas’. Aproveito para lançar um repto à presidente: publiquem os resultados internacionais. Aí, as coisas talvez sejam diferentes.
O seu maior sucesso internacional chama-se ‘Tabu’.
Que fez à volta de meio milhão de espectadores em termos globais. Mas será que, por causa disso, eu acho que é superior ao filme ‘Aquele querido mês de Agosto’, que teve menos estreias e, consequentemente, menos espectadores? Não. Não é isso que é decisivo para avaliar o sucesso artístico de um filme.
Com que idade começou a sonhar com cinema?
Tenho 43 anos. Na altura em que comecei a ver filmes, aos oito, nove, havia mais gente nas salas e às vezes era difícil arranjar bilhetes. Eu morava num prédio ao pé do Areeiro e uma das vizinhas trabalhava na bilheteira do Alfa, entretanto encerrado. Tinha a sorte de poder ver os filmes perto da estreia porque ela me arranjava bilhetes. Foi assim que vi ‘Os Salteadores da Arca Perdida’, que me bateu fortemente. Acho que me viciou na experiência de ser espectador de cinema.
Outras obras ou cineastas que o tenham marcado?
Vários. Continuo a ser um espectador de cinema. Nos últimos tempos menos, porque passei por esta insanidade que foi trabalhar durante sete dias por semana durante 14 meses para rodar ‘As Mil e uma Noites’, mas é importante para mim ver cinema. E gosto de coisas muito diferentes. De comédias musicais dos anos 40 – ‘O Feiticeiro de Oz’ é um dos preferidos – gosto do Godard e de um cineasta tailandês chamado Apichatpong Weerasethakul, que fez ‘O Tio Boonmee que se Lembra das Suas Vidas Anteriores’, e a quem roubei o diretor de fotografia.
Roubou um diretor de fotografia?
O Sayombhu Mukdeeprom. Um tailandês suficientemente louco para trocar Banguecoque para vir viver um ano para Lisboa e trabalhar num filme que não sabíamos o que ia ser. Também gosto cinema mudo, do Murnau, que fez um filme chamado ‘Tabu’ e a quem roubei o título. Como gosto do ‘Toy Story 3’, que é um filme genial.
Diz, ‘em ‘O Inquieto’, que a vida de um realizador tem muitos momentos de angústia. A grande angústia continua a ser conseguir dinheiro para filmar em Portugal?
É muito difícil. Há poucas oportunidades e os filmes estão suborçamentados. Daí que Portugal seja um dos países em que há menor produção de cinema: neste momento fazemos abaixo de dez longas-metragens por ano quando há dez, quinze anos, quando comecei, se faziam cerca de 20. Mas no que diz respeito aos apoios sou um privilegiado.
Teve um orçamento de 2,7 milhões de euros para rodar ‘As Mil e uma Noites’.
Derrapou. Subiu um milhão, como os orçamentos das obras públicas em Portugal [risos]. No total ficou em três milhões e 700 mil euros. O excesso foi coberto pelos apoios porque tive a sorte, depois de ‘Tabu’, de aceder ao circuito de financiamento a coproduções europeias. Acho que pela primeira vez em Portugal o capital estrangeiro excede o português: 60% do dinheiro vem da Suíça, da Alemanha e da França.
Não se pode queixar...
Acho que me deram este dinheiro todo na esperança de que eu fizesse um filme mais caro, talvez mais espetacular e com mais valores de produção. E eu decidi gastar o dinheiro a filmar, neste que é um dos grandes luxos do cinema: o tempo. Poder filmar mais, inventar mais histórias, mais personagens. E acabei com três filmes. Não sei se era isto que tinham em mente quando me deram aquele dinheiro todo… mas foi assim que aconteceu.
Quando é que percebeu que ia ser uma trilogia?
Só no final, durante a montagem. Tinha assinado no contrato com o produtor, uma cláusula que eu próprio inseri, que o filme não podia exceder três horas e meia de duração. Sabíamos que ia ser um filme grande, mas para evitar abusos, metemos três horas e meia. Agora se fôssemos a tribunal a questão ia ser complicada. Fiz três filmes de duas horas cada, o que, na prática, dá um filme de seis. Será que o contrato foi cumprido? Seria coisa para o gabinete jurídico avaliar. Mas não estamos zangados.
No genérico avisa que esta não é uma adaptação de ‘As Mil e uma Noites’...
Partimos da ideia de que podíamos ir filmando histórias distintas, exatamente como nos contos. Teríamos os jornalistas a recolher notícias de jornais, muitas do ‘Correio da Manhã’, para que pudéssemos construir histórias para a Xerazade contar. Histórias sobre o que se passa em Portugal nos dias de hoje.
Avançou para a rodagem sem um argumento?
Como já tinha acontecido com ‘Aquele querido mês de Agosto’, vamos inventando os filmes à medida que os vamos fazendo. Às vezes no local, com a própria equipa. Gosto de trabalhar assim, de não ter o controlo das coisas, de não conseguir vislumbrar o todo. Quase como numa brincadeira de crianças, crio as condições para que os acidentes de rodagem possam ser integrados. Depois, o trabalho é tentar domar a fera.
As notícias do País real deixaram-no deprimido?
Houve dias duros. A Maria José Oliveira entrevistou uma série de desempregados da região de Aveiro enquanto eu estava a rodar ‘Os Homens de Pau Feito’ [membros da troika, do governo e dos sindicatos usam um spray que provoca ereções persistentes]. Ensaiávamos com os atores durante parte do dia e, na outra, revíamos as entrevistas. Ou seja, eu passava da Maria Rueff e do Rogério Samora para os depoimentos dos desempregados. Alguns deles francamente chocantes. As condições de vida das pessoas, a forma como tentavam sobreviver… Era difícil voltar para casa depois daquilo.
Mas ‘O Inquieto’ não é um filme triste?
Pessoalmente acho os três filmes divertidos. O humor é importante sobretudo quando falamos de realidades tão dramáticas. É um filtro para não fazer chantagem emocional sobre o espectador. Mas também faz parte do meu olhar sobre o mundo: acho piada a uma série de coisas, muitas vezes a coisas que mais ninguém acha. Mais interessante ainda é conseguir juntar o drama e o humor.
Diria que estes são três filmes políticos?
O filme quer estabelecer uma relação com o aqui e agora de um Portugal que vive sob as políticas de austeridade europeias. Eu não tenho memória de um tempo como este e não escondo que o filme não tem qualquer simpatia pelo atual governo.
Há uma personagem que chama cadela satânica à ministra das finanças…
É o sindicalista do filme, desempenhado pelo Adriano Luz. É óbvio que podemos reconhecer traços dos nossos governantes naquelas personagens. Pessoalmente, não diria que o Primeiro-Ministro desempenhado pelo Rogério Samora é o Passos Coelho. O Primeiro-Ministro do filme é mais simpático. É um tonto que faz desenhos de unicórnios com asas e escreve o seu nome nas árvores, como as crianças. Parece um menino a querer agradar aos pais, a Troika.
É verdade que houve, lá fora, quem pensasse que as histórias não podiam ser autênticas?
Houve notícias que pareciam tão absurdas e fantasiosas que o meu trabalho como argumentista era acrescentar pormenores que fizessem com que parecessem mais realistas. Uma das notícias, que o vosso jornal deu, dava conta do roubo do sistema de rega de um campo de futebol no interior do País. Quem é que se lembra de uma coisa destas? Eu nunca teria imaginação para o inventar.
Que reação gostava que o público português tivesse a este trabalho?
Gostava que fosse visto, antes do mais. De todos os filmes que fiz, este foi aquele que senti que não podia deixar de fazer. Tendo oportunidade de filmar, não podia deixar de registar os efeitos da crise na sociedade portuguesa. Estou expectante... É importante dizer que cada filme pode ser visto isoladamente e que cada um tem a sua própria tonalidade. Quem gostar do primeiro, lamento, mas pode ficar desapontado com o segundo, ‘O Desolado’. E o terceiro [‘OEncantado’] também não tem nada a ver com os anteriores. Fi-los assim.
Estes filmes arriscam-se a ficar na História do Cinema Português?
Isso é a História que decide.
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