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Lucros da Caixa Geral de Depósitos sobem 65% para 486 milhões de euros no 1º semestre

Esta evolução reflete um menor custo do risco de crédito no período após a fase mais aguda da pandemia Covid-19.

29 de julho de 2022 às 17:06

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) teve lucros consolidados de 486 milhões de euros no primeiro semestre, uma subida de 65%% face aos 294 milhões de euros registados em igual período do ano passado, divulgou esta sexta-feira o banco.

"Esta evolução reflete um menor custo do risco de crédito no período após a fase mais aguda da pandemia Covid-19 e a venda de alguns ativos 'não core' [não estratégicos], bem como o contributo da atividade internacional para o resultado líquido do Grupo, no valor de 109 milhões de euros, cerca de 22% do total, um crescimento de 77% face ao primeiro semestre de 2021", refere o grupo na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Entre janeiro e junho deste ano, o desempenho comercial suportou o volume de negócios, que cresceu 2%, um aumento de 3,2 mil milhões de euros face ao final de 2021.

O banco público registou uma redução de provisões e imparidades no valor de 334,7 milhões de euros através, tendo as imparidades de crédito diminuído 197 milhões de euros.

Nos primeiros seis meses do ano, a margem financeira subiu 21% para 591 milhões de euros, sendo impactada pelo negócio internacional (+47 milhões de euros) e pelo programa TLTRO do Banco Central Europeu (+29 milhões de euros) e o produto global da atividade subiu de 875 milhões de euros para 1.026 milhões de euros.

Deduzido de efeitos não-recorrentes, foi alcançada uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE) de 10,6%.

Entre janeiro e junho deste ano, o desempenho comercial suportou o volume de negócios, que cresceu 2%, um aumento de 3,2 mil milhões de euros face ao final de 2021.

Assim, no primeiro semestre a CGD registou uma subida de 2,3% no crédito, para 45.755 milhões de euros, tendo subido tanto para particulares (25.963 milhões de euros), como para empresas e SPA (19.792 milhões de euros).

O banco público indica que no negócio de particulares em Portugal, a produção de crédito à habitação cresceu 10,1% no semestre face ao período homólogo, atingindo 1.731 milhões de euros, enquanto o crédito ao consumo "beneficiou de iniciativas de redução do prazo da aprovação e desembolso de fundos", com um aumento da produção de 47,1% face ao primeiro semestre de 2021.

Os depósitos de clientes aumentaram 3,8% em Portugal, com a CGD a destacar os segmentos de empresas (+4,2%) e particulares (3,8%), continuando a registar um impacto negativo nas contas do banco em cerca de 26 b.p..

Já o rácio de 'cost-to-income' corrente caiu para 43,4%, com a instituição financeira a explica que reflete "os ganhos em níveis de eficiência e a melhoria dos proveitos".

"A qualidade dos ativos beneficiou da descida do rácio de NPL [sigla em inglês para 'non-performing loans', créditos em incumprimento] para 2,6%, enquanto o rácio NPL líquido de imparidades totais permaneceu em 0% (zero). Os imóveis detidos para venda reduziram 15% para 339 milhões de euros, o valor mais baixo desde 2008", refere.

Os rácios Tier 1 e Total situaram-se em 18,5% e 20,0%.

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