No ano passado, a remuneração bruta regular mensal foi de 1140 euros.
A remuneração bruta total mensal média por trabalhador português aumentou 3,6% em termos nominais, mas recuou 4,0% em termos reais, em 2022 face a 2021, somando 1.411 euros, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em 2021, a remuneração total tinha aumentado em ambos os termos: 3,5% em termos nominais e 2,2% em termos reais.
No ano passado, a remuneração bruta regular mensal -- que exclui subsídios de férias e Natal, sendo, portanto menos sazonal -- foi de 1.140 euros, registando um aumento nominal de 3,1% e uma diminuição real de 4,4% (em 2021, tinha aumentado 3,1% e 1,8%, não ajustando e ajustando pela inflação, respetivamente).
Ainda em 2022, a remuneração bruta base mensal situou-se em 1.070 euros e registou um acréscimo nominal de 3,0% e um decréscimo real de 4,5% (em 2021, havia aumentado 3,0% e 1,7%, em termos nominais e reais, respetivamente).
De notar que, em 2022, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) teve uma variação positiva de 7,8% e tinha sido de 1,3% em 2021.
De acordo com o INE, no ano passado a remuneração total oscilou entre 3.151 euros, nas atividades de 'eletricidade gás, vapor, água quente e fria e ar frio', e 885 euros, nas atividades de 'agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca'.
Em relação a 2021, o maior aumento relativo ocorreu nas Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares' e o menor nas atividades de 'administração pública e defesa; Segurança Social obrigatória'.
Em termos reais, a remuneração total diminuiu em todas as atividades, entre 0,9% e 6,7%.
Em 2022, a remuneração total variou entre 941 euros, nas empresas com um a quatro trabalhadores, e 1.706 euros, nas empresas com 250 a 499 trabalhadores.
O INE nota que "estes escalões de dimensão de empresa foram, igualmente, os que observaram, respetivamente, o maior (6,3%) e o menor (1,1%) acréscimo anual".
Em termos reais, a remuneração total diminuiu independentemente do escalão considerado, entre 1,5%, nas empresas de menor dimensão (um a quatro trabalhadores), e 6,3%, nas empresas com 250 a 499 trabalhadores.
Em 2022, a remuneração total da Administração Pública (AP) aumentou 2,0%, passando de 1.914 euros em 2021 para 1.951 euros um ano depois, tendo este aumento sido superior ao registado no ano anterior (0,8%), mas inferior ao observado no setor privado da economia (4,6%; de 1.245 para 1.302 euros).
Contudo, considerando o efeito da inflação, em termos reais, a remuneração total da AP diminuiu 5,6% entre 2021 e 2022, tendo diminuído 0,5% entre 2020 e 2021.
Já no setor privado, a diminuição anual real foi "menos atenuada" (3,1%), após se ter registado, em 2021, um aumento real de 3,0%.
Analisando apenas o último trimestre de 2022, verifica-se que a remuneração bruta total mensal média por trabalhador (por posto de trabalho) aumentou 4,2% em relação ao mesmo período de 2021, para 1.575 euros.
Já a componente regular e a componente base daquela remuneração aumentaram 4,3% e 4,4%, situando-se em 1.150 e 1.080 euros, respetivamente.
Contudo, em termos reais, tendo por referência a variação do IPC, a remuneração bruta total mensal média diminuiu 5,2%, a componente regular baixou 5,1% e a componente base recuou 5,0%.
De acordo com o INE, estes resultados abrangem 4,5 milhões de postos de trabalho, correspondentes a beneficiários da Segurança Social e a subscritores da Caixa Geral de Aposentações, mais 4,8% do que no mesmo período de 2021.
Em relação a dezembro de 2021, os maiores aumentos da remuneração total foram observados nas atividades de 'alojamento, restauração e similares', nas empresas de um a quatro trabalhadores (6,1%), no setor privado (5,4%) e nas empresas de 'serviços de alta tecnologia com forte intensidade de conhecimento' (6,9%).
"Não foram observadas variações negativas da remuneração total, tendo as menores variações homólogas sido observadas nas atividades de 'administração pública e defesa; Segurança Social obrigatória", nas empresas com 250 a 499 trabalhadores (1,1%), no setor das Administrações Públicas (2,0%) e nas empresas de 'outros serviços com forte intensidade de conhecimento' (2,5%)", detalha o INE.
Analisando a remuneração por setor institucional, verifica-se que na AP houve um acréscimo homólogo de 2,0% na remuneração total no quarto trimestre, que atingiu 2.198 euros (2.154 euros em dezembro de 2021). Neste período, a componente regular aumentou 2,1%, de 1.564 euros para 1.597 euros, e a remuneração base registou um aumento de 2,2%, passando de 1.474 euros para 1.507 euros.
Já em termos reais, nas AP, as remunerações total, regular e base diminuíram 7,2%, 7,1% e 7,0%, respetivamente.
Segundo o INE, no setor privado "as remunerações aumentaram de forma mais expressiva" no último trimestre do ano passado: A remuneração total registou uma variação homóloga de 5,4%, de 1.378 euros em dezembro de 2021, para 1.452 euros um ano depois.
A componente regular também aumentou, 5,4%, subindo de 1.007 para 1.062 euros, e a remuneração base aumentou 5,5%, passando de 943 para 995 euros.
Considerando a inflação, o instituto nota que "as diminuições homólogas observadas nos três tipos de remuneração foram menos acentuadas no setor privado do que no público: 4,1% na remuneração total e na regular e 4,0% na remuneração base".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.