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Idosa com quase 90 anos está na cadeia por burla de 300 mil euros

Rosa Vegele, reclusa mais velha do País, era o cérebro do esquema de venda de imóveis que não pertenciam a grupo de burlões.

23 de maio de 2017 às 01:30
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Idosa com quase 90 anos está na cadeia por burla de 300 mil euros

A rede conta com sete arguidos, que conseguiram passar por gerentes de uma empresa imobiliária dona de uma casa no centro de Lisboa avaliada em meio milhão de euros. Venderam-na por 300 mil e dividiram o lucro, lesando a empresa.

Segundo a acusação, um dos arguidos fez-se passar pelo conhecido psicólogo Quintino Aires, que o CM tentou ontem contactar, sem sucesso. Este não está na lista de testemunhas mas, sabe o CM, pode vir a ser arrolado pela defesa dos arguidos. A rede de burlões tinha também tentado vender uma casa por um milhão – com um dos elementos a fazer-se passar por médico – e outra por 450 mil €.

Ao longo do ano passado, forjaram documentos, elaboraram atas com assinaturas falsas e fizeram entrevistas para angariar compradores para as casas.

"Quiseram alcançar um enriquecimento que sabiam ser ilegítimo por valor consideravelmente elevado e sem ter pago qualquer montante e sem o consentimento e conhecimento da respetiva sociedade proprietária", diz a acusação.

Enganaram advogados, notários e funcionários de conservatórias. O Ministério Público quer manter Rosa Vegele presa pelo perigo de fuga – é brasileira – e continuação da atividade criminosa. Os outros estão com apresentações periódicas e termo de identidade e residência. A defesa tem agora um prazo para requerer a abertura de instrução. Todos respondem pelos mesmos crimes.

PORMENORES 

Rede criminosa

A rede criminosa conta com sete arguidos – Rosa Vegele, José Vegele, Fernando Marcelino, Adriana Farias, Luís Sobreira, João e Rosane Vegele.

Defesa contesta

O advogado Aníbal Pinto representa Marcelino, motorista da idosa: "É alheio a qualquer crime. Espanta-me acusações ao molho e que se levem arguidos a julgamento sem factos".

Idade usada como arma

A idade avançada da principal burlona era usada para dar credibilidade ao grupo criminoso junto das vítimas das burlas.

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