Protestos levam ao fim de cenário em que o ditador alemão era retratado com Auschwitz em fundo.
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O museu de artes visuais de Yogyakarta defendia a figura como "divertida". E assim, desde 2014, uma estátua de cera representando Adolf Hitler, com uma foto do campo de concentração de Auschwitz em fundo, estava à disposição das 'selfies' dos visitantes deste espaço, que fica na cidade indonésia que da ilha de Java, a cerca de 500 km da capital do País, Jakarta.
Depois de a notícia da existência da figura ter virado notícia internacional, o museu De Mata viu-se na obrigação que retirar a polémica instalação. Mas só depois de uma vaga de protestos internacionais que chegaram de organizações como a Human Rights Watch ou o Centro Simon Wiesenthal, dedicado à luta conta a negação do Holocausto ou manifestações anti-semitas.
O caso foi noticiado na semana passada, mas os responsáveis do museu demoraram a admitir a gravidade da situação. O site do canal de TV americano CBS citou declarações de Warli, identificado como responsável de marketing do museu. Este defendeu a representação de Hitler: "É uma das figuras favoritas que os nossos visitantes mais gostam para tirar 'selfies'. "Nenhum visitante se queixou. A maior parte deles estão apenas a divertir-se porque sabem que este é um museu de entretenimento", acrescentou o responsável.
Por fim, o museu de Yogyakarta lá chegou à conclusão de que usar a figura do líder nazi, enquadrado com a imagem da entrada de um campo de concentração onde morreram um milhão de pessoas, como cenário para "divertimento", talvez não fosse boa ideia. O cenário foi agora removido.
O museu De Mata recria figuras históricas e cenários de filmes, permitindo ao visitante tirar fotos lado a lado com figuras como Barack Obama, Arnold Schwarzerneeger, a Madre Teresa de Calcutá e muitos outros famosos e ilustres de todo o mundo.
Na Indonésia, país de maioria muçulmana, têm acontecido outros casos de idolatração de figuras nazis. Chegou a funcionar na cidade de Bandung um restaurante em que os empregados usavam fardas das SS. E uma banda pop utilizou samples de marchas nazis em 2014, o que deu uma grande polémica.
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