A edição de hoje
Líder do Chega recusou que estes dias sejam um teste para a campanha, mas defendeu que "há uma presença de política nacional muito forte na política autárquica".
O líder do Chega, André Ventura, afirmou esta quinta-feira que os autarcas do seu partido que forem eleitos no domingo serão modelos da governação que fará a nível nacional se chegar ao Governo.
"Estes autarcas serão o modelo da governação do Chega. O grande peso de responsabilidade que há sobre eles é muito, nós temos que ter tolerância zero à corrupção e isso tem que se ver também nos autarcas, é uma exigência, é uma exigência fundamental", afirmou.
O penúltimo dia da campanha do Chega para as eleições autárquicas de domingo arrancou em Gondomar, no distrito do Porto, com uma visita à feira semanal, juntamente com o candidato do partido à liderança do município, Rui Afonso.
Nesta visita, e à semelhança do que tem vindo a acontecer ao longo da campanha, André Ventura centrou a atenção da população, com dezenas de pessoas a quererem chegar até ele para manifestarem apoio e fazerem questão de o cumprimentar e tirar uma fotografia.
O líder do Chega, que é também candidato a Presidente da República nas eleições de janeiro, recusou que estes dias sejam um teste para essa campanha, mas defendeu que "há uma presença de política nacional muito forte na política autárquica".
"Há hoje um apoio generalizado ao Chega, uma força que tenho a certeza que vai ter impacto nestas eleições, porque as pessoas querem pôr o país na ordem, o que mais se ouve, pôr Portugal na ordem", defendeu.
"Desde o 25 de Abril nunca tivemos nenhum partido a ameaçar também o domínio territorial autárquico de outros partidos. Já aconteceu no dia 18 de maio, com a quebra do bipartidarismo, e o bipartidarismo vai quebrar novamente no dia 12, esse é o grande objetivo", acrescentou Ventura.
Questionado sobre 11 dos 19 vereadores que o Chega elegeu em 2021 já terem deixado o partido ou o lugar, o líder sustentou que a sua força política elegeu "centenas de autarcas em todo o país", referindo-se a deputados municipais e membros de juntas de freguesia, e alegou que "mais de 90% estão com o partido".
André Ventura manifestou também confiança nas escolhas para este ano e insistiu que "vão ter mesmo que fazer diferente".
Depois de Gondomar, a caravana do Chega rumou à capital de distrito para o líder almoçar com o candidato à presidência da câmara do Porto, Miguel Corte-Real, que foi, até ao ano passado, líder da bancada do PSD na assembleia municipal.
Em declarações aos jornalistas antes do encontro, que foi fechado à comunicação social, André Ventura disse que espera "uma boa surpresa" desta candidatura no domingo.
O líder do Chega recusou que Miguel Corte-Real tenha um estilo mais moderado face ao que é habitual no partido, e disse que há ouviu discursos "até bastante afirmativos e bastante assertivos".
"Isto é o que o Porto precisa, não é mais moderado nem mais radical, é o que o Porto precisa. Conhece o Porto, aliás, que liderou até a bancada parlamentar de outro partido no Porto", indicou.
André Ventura considerou também que o "resultado que esse candidato fará, e tudo indica que fará um excelente resultado, é um sinal para o partido e é um sinal para a zona onde o partido está implantado, é um sinal do futuro".
"O Miguel não é só candidato ao Porto agora, o Miguel fez e está a fazer um caminho de Chega do Porto. O Chega do Porto ficará também marcado por esta campanha por esta campanha eleitoral", sublinhou.
E disse que o "melhor resultado é ganhar", sustentando que "um partido como o Chega luta sempre para ganhar".
Também em declarações aos jornalistas, o candidato à presidência da câmara do Porto indicou que o objetivo da sua candidatura é "mudar a vida dos portuenses".
"E para isso precisamos de ganhar", afirmou, referindo que se a sua candidatura não for a mais votada, vai "fazer uma oposição como nunca foi feita no Porto".
Miguel Corte-Real aproveitou também para criticar "a má despesa pública que existe na Câmara do Porto" e disse que a sua candidatura quer acabar com esta prática para "pôr o dinheiro a servir os portuenses".
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