Candidato pelo Chega promete que vai trabalhar na recuperação de terrenos municipais, que permitam a criação de residências estudantis.
O candidato do Chega à Câmara do Porto comprometeu-se hoje a avançar, no imediato, com a construção de residências universitárias no Monte Pedral e em Campanhã, acusando o atual de executivo de usar a burocracia para justificar "incompetência".
Esta manhã, no final de uma reunião com Federação Académica do Porto (FAP), Miguel Corte-Real acusou a atual autarquia de incompetência em matéria de habitação, apontando como exemplo o projeto do Monte Pedral, cujos terrenos foram cedidos, em 2019, ao município pelo Governo.
"Já passaram seis anos. Nem há lá uma pedra. Está tudo igual. Porquê? É assim tão difícil construir?", questionou, sublinhando que o Chega quer avançar "no imediato" com a construção de residências universitárias naquele local, bem como em Campanhã e noutros pontos da cidade.
"Depois escudam-se atrás de: 'ninguém respondeu este caderno de encargos'. Mude-se o caderno de encargos. 'Ninguém respondeu este concurso'. Mude-se o concurso. Há uma fila de espera de promotores que têm interesse em construir em cidades como o Porto", garantiu, não se comprometendo, contudo, com um número exato de novas camas.
Miguel Corte-Real promete que, enquanto autarca, vai trabalhar na recuperação de terrenos municipais, que permitam não só a criação de residências estudantis, bem como zonas de serviços, espaços para empresas e habitação para jovens.
"Não queremos entrar em leilões de números. Queremos é mesmo fazer", declarou, criticando as candidaturas do PS e do PSD que classifica como uma "continuação do trabalho deste Executivo".
O candidato considera que, no imediato, é possível construir "400 casas utilizando espaços municipais".
Miguel Corte-Real anunciou ainda a intenção de triplicar o programa Porto Solidário, prevendo que "30% da nova verba seja alocado diretamente aos jovens".
Segundo explicou, este reforço deverá ser financiado através da taxa turística municipal, que estima gerar 28 milhões de euros, dos quais o partido propõe canalizar 20% para este projeto.
"Nós queremos criar habitação ao serviço de todos, dos jovens, dos mais velhos. Mas os jovens precisam de apoios concretos para se fixarem no Porto, estudar, trabalhar e formar a sua família", afirmou.
Outra das propostas é a construção de uma nova creche em cada freguesia.
"Se em Paranhos começou um projeto, pode arrancar em todas as outras freguesias. O município tem de querer e tem de fazer", referiu, assegurando que o modelo será público e financiado como as escolas.
A FAP apresentou hoje um conjunto de propostas para enfrentar o problema do alojamento estudantil e facilitar a fixação de jovens na cidade.
Entre as principais reivindicações, o aumento da oferta de residências universitárias, o recurso a modelos de construção cooperativa e o reforço dos apoios municipais para estudantes e jovens trabalhadores.
No programa que entregou ao candidato do Chega, a FAP, que representa 80 mil estudantes, propõe também que o município avance com projetos de habitação, em terrenos públicos, destinados aos mais jovens, o reforço do programa Porto Solidário e a cooperação municipal no desenvolvimento de creches públicas, de modo a permitir a fixação dos jovens qualificados, propostas que Miguel Corte-Real disse subscrever.
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro - coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto - independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.
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