A Igreja precisa de ser mais interventiva na vida da sociedade.
Tal como o 25 de Abril, também eu celebrei este ano os meus 50, dezembro 1973… é fácil perceber a minha ausência de memórias pessoais sobre o Portugal de então, estejamos a falar da política, da sociedade, da Igreja, da economia, da guerra em África.
Mas quando se cresce numa terra a Norte do nosso país, afastada dos centralismos dos terreiros, o tempo tem outra dimensão e o 25 de Abril foi acontecendo, prolongou-se na vida de todos nós. Foi-se instalando, criando mudanças e ruturas, resistências e avanços na qualidade de vida de todos. Talvez que o mais decisivo tenha sido a conquista de uma liberdade que sempre me permitiu pensar e querer "fazer acontecer" de forma clara, pública, sem me deixar coagir por vergonhas ou medos e o acesso à educação.
E é a educação que permite fazer perguntas, pedir respostas. Quando me perguntam o que falta fazer na Igreja após terem passado 50 anos sobre o 25 de Abril, a minha primeira resposta é breve: falta tudo e não falta nada. Porque se, por um lado, nunca está terminada a evangelização que Jesus iniciou e se espalha até hoje pelo mundo, por outro, sempre que alguém se encontra com Jesus Vivo e desse encontro resulta uma vida nova, a Igreja cumpriu a sua principal missão. Porque se, por um lado, a Igreja vive numa construção permanente, em que leigos, padres, bispos, religiosas, consagrados, movimentos dos mais variados carismas, se desafiam, se compreendem, se distanciam, se aquietam, por outro, quando a Igreja se reúne, como aconteceu no passado mês de agosto em Portugal, a comunhão entre todos é um sinal extraordinário de alegria, de paz e de esperança. Para quem tem Fé, entendemos que o Espírito Santo assim faz acontecer.
Mas se me pedirem mais exemplos, eu diria que ainda há muito caminho a percorrer: a Igreja precisa de ser mais transparente na forma como gere o seu património – pedido do Papa Francisco; precisa de ser mais interventiva na vida da sociedade – pedido do Papa Francisco; precisa de estar cada vez mais perto dos pobres – pedido do Papa Francisco; precisa de ser mais acolhedora em relação a todos os que se sentem dela excluídos – pedido do Papa Francisco; precisa de ser mais feminina, isto é, de dar às mulheres mais espaços de decisão – pedido do Papa Francisco; e a lista é grande e exigente… TODOS, TODOS, TODOS.
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