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Cotrim de Figueiredo diz que é altura para "começar a desmontar" apelo ao voto útil

Sondagem DN/Aximage, divulgada esta terça-feira, coloca o liberal em quarto lugar, com André Ventura em primeiro.

09 de dezembro de 2025 às 13:59

O candidato presidencial Cotrim de Figueiredo defendeu esta terça-feira, em Ponta Delgada, Açores, que é altura para "começar a desmontar" o apelo ao voto útil e manifestou-se convicto de que terá o apoio para chegar à segunda volta.

"Acho que o meu mandatário, José Miguel Júdice, teve uma expressão feliz quando descreveu que as pessoas que votam em mim votam porque sim e em muitos outros candidatos votam porque não, resignados por acharem que não têm alternativa. E, portanto, é uma boa altura, também, para começar a desmontar já aquilo que vai ser certamente um apelo forte ao voto útil", disse, em declarações aos jornalistas.

E prosseguiu: "Voto útil não é mais, sejamos francos, do que pedir às pessoas para votarem na segunda escolha. E quem vota na segunda escolha não pode esperar ter um país de primeira".

"O voto útil tem sido responsável, em muitas eleições, por Portugal ter uma determinada mediocridade nas suas escolhas políticas, na sua classe política, nas suas opções de futuro. E, nestas eleições Presidenciais, tratando-se de eleições mais pessoalizadas, com duas voltas, o voto útil é particularmente inútil", justificou o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal (IL) no final de uma visita ao Centro de Fabrico dos Açores, na ilha de São Miguel.

Cotrim referiu também que vai continuar a fazer o que tem feito "desde há um mês e meio": "Centrar-me na minha campanha, na mensagem positiva, confiança nos portugueses e na capacidade de fazer um país melhor".

"E tenho a certeza que, até 18 de janeiro, isso vai ser suficiente para ter o apoio necessário para chegar à segunda volta", admitiu.

Questionado sobre se a sua mensagem está a passar para o eleitorado, o candidato à Presidência da República respondeu que nota "perfeitamente" que tal está a acontecer.

"Gostava que vocês tivessem a sensação que eu tenho quando estou no terreno e quando observo os movimentos mais básicos de reação a eventos, a debates, a iniciativas. É absolutamente esmagador. E eu já vou na minha oitava ou nona campanha. Eu já sei distinguir uma boa campanha de uma ótima campanha e esta está a correr, de facto, particularmente bem", afirmou João Cotrim de Figueiredo.

Sobre a sondagem DN/Aximage divulgada esta terça-feira, que o coloca em quarto lugar, com André Ventura em primeiro, seguido de Marques Mendes e Gouveia e Melo, referiu que a sua candidatura é "a única que está a crescer".

Também salientou que é a única apoiada por um partido que consegue "ir buscar votos ao PSD, ao PS, ao CDS, ao chega, à IL, naturalmente, e às pessoas que não têm partido e que, se calhar, nem estavam mobilizadas por estas presidenciais".

"É esse o prazer que me dá fazer esta campanha. Conseguir chegar a pessoas que, normalmente, não se interessariam por política, ou se interessam por política noutros quadrantes, e estão a ver a esperança e força e crescimento nesta campanha. Eu sempre disse que ia à segunda volta com essas hipóteses todas, e continuo a dizer, os dados estão lá", admitiu.

Já relativamente à conferência de imprensa realizada na segunda-feira pela ministra da Saúde sobre o aumento da atividade gripal, o candidato a presidente da República registou como aspeto positivo "antecipar os problemas", mas "resta a questão de fundo" relacionada com o facto de o Sistema da Nacional de Saúde não estar preparado para "estes picos".

"E quando se adverte o público, [de que] podemos ter oito semanas de preocupação e de stress e de pressão sobre o sistema, significa que o sistema não está, de facto, preparado para essas alturas, [e] já se sabe que na altura do inverno vamos ter doenças respiratórias, infeções respiratórias mais frequentes e mais graves", justificou.

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