Desde novo que candidato à Presidência da República revelou ter uma forte consciência política, associando-se a vários movimentos associativos.
O deputado do Livre Jorge Pinto assume-se como um europeísta convicto, vê a esquerda como "uma janela" e é o candidato mais novo na corrida a Belém, para onde se propõe levar um "sotaque novo".
Eduardo Jorge Costa Pinto nasceu em Amarante, cidade do distrito do Porto conhecida como "a princesa do Tâmega", a 20 de abril de 1987.
Filho de dois professores, Jorge e Ercília, e conhecido entre os amigos como "Jójó", cresceu numa quinta no centro de Amarante, numa família numerosa, com nove irmãos do lado do pai e cinco do lado da mãe.
O avô materno, oriundo de uma família "muito pobre", emigrou para os subúrbios de Paris no início dos anos 60, durante a ditadura de Salazar.
A avó, Maria do Carmo, ficou inicialmente em Portugal antes de se juntar ao marido. Foi sobre ela, e o fenómeno da emigração da época na perspetiva feminina, que Jorge Pinto escreveu um livro intitulado "Tamem Digo", com um título alusivo ao português de influência galega da avó.
Desde novo que Jorge Pinto revelou ter uma forte consciência política, associando-se a vários movimentos associativos.
Aos 12 anos, em 1999, foi até Madrid, Espanha, de autocarro, para participar numa manifestação pela defesa do povo de Timor-Leste junto à Embaixada da Indonésia, a mais próxima de Portugal na altura.
Poucos anos depois, em 2002, o petroleiro Prestige sofreu um rombo no casco e ficou encalhado na costa da Galiza, desastre ecológico que Jorge Pinto recorda como decisivo para o rumo da sua formação académica.
É licenciado em Engenharia do Ambiente e doutorado em Filosofia Social e Política.
Aos 21 anos, saiu de Portugal: fez Erasmus na Lituânia e elaborou a sua tese de mestrado na Índia, antes de viver em países como França, Itália ou Bélgica.
Foi em Bruxelas que residiu mais tempo e onde se fixou em 2012 como funcionário europeu, tendo trabalhado na agência de apoio à aviação europeia Eurocontrol e exercido funções na Comissão Europeia.
Aos 18 anos, filiou-se no PS, partido do qual saiu em 2013, altura em que António José Seguro -- também candidato presidencial - era líder socialista.
Na sua carta de desfiliação, Jorge Pinto alertava para um "desfasamento entre os partidos e a sociedade, que será perigosíssimo para os partidos e para a própria sociedade" e escrevia que continuaria a ser socialista, mas seria "mais útil" fora do PS.
Em 2014, foi um dos fundadores do Livre e dez anos depois o primeiro deputado do partido eleito pelo círculo eleitoral do Porto.
Define-se como um "europeísta convicto" e já disse ver a esquerda como "uma janela" e não "uma gaveta", em resposta a declarações de Seguro. A sua referência política na Presidência da República é Jorge Sampaio.
Em entrevista à Lusa, em novembro, o candidato mais novo na corrida, com 38 anos, desafiou as pessoas a deixar "paternalismos de lado" e apresentou-se como "uma voz nova" com "um sotaque novo".
É casado com uma violoncelista espanhola e tem um filho de um ano.
Aos 13 anos, participou no concurso televisivo da SIC "Dá-lhe Gás" e apresentou-se: "Eu sou o Jorge e venho para ganhar". É esse o seu objetivo no próximo dia 18 de janeiro.
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