A edição de hoje
Os galardões Novo Bauhaus Europeu, instituídos há quatro anos, visam distinguir projetos ambientais, económicos e culturais que combinem sustentabilidade, acessibilidade de preços e investimento.
Dois projetos ecológicos apresentados por equipas portuguesas foram distinguidos na edição dos Prémios Novo Bauhaus Europeu de 2024 da Comissão Europeia.
UrbanMYCOskin, um projeto de design bio integrado, propõe-se utilizar micélio, um organismo que decompõe matéria orgânica, para construir uma paragem de elétrico sustentável na praça Martim Moniz, em Lisboa.
O projeto de Luísa Rita Morais, da polaca Natalia Piorecka e da chilena Jennifer Levy, foi premiado com 15 mil euros na secção Estrelas Ascendentes, na categoria «Moldar um Ecossistema Industrial Circular e Apoiar a Reflexão Sobre o Ciclo de Vida».
Hydroscape Lisbon, propondo a criação de um parque urbano de 14 quilómetros na zona atualmente ocupada pelo porto de Lisboa, ficou em segundo lugar nos prémios Novo Bauhaus Europeus, na secção "Estrelas Ascendentes", dentro da categoria «Religação à Natureza».
A proposta de Ioulia Vulgari, estudante de arquitetura na Escola de Artes de Glasgow, na Escócia, visa reconstruir a paisagem de Lisboa com um parque urbano ao longo de 14 quilómetros da linha de costa, integrando um centro de tratamento de águas e um banho público.
O projeto, que recebeu um prémio no valor de 15 mil euros, assenta na recolha da água do vale do Tejo de modo que o parque urbano favoreça a mobilidade sustentável, uma rede ciclável, transporte público e espaços de passeio.
Os galardões Novo Bauhaus Europeu, instituídos há quatro anos, visam distinguir projetos ambientais, económicos e culturais que combinem sustentabilidade, acessibilidade de preços e investimento, para enquadrar a transição climática e a mudança cultural, nos termos do Pacto Ecológico Europeu.
Na edição de 2024 foram entregues 20 distinções a premiados nas categorias de religação à Natureza, recuperação do sentimento de pertença, ação prioritária para locais e pessoas em situação de carência e formatação de um ecossistema industrial circular, contando-se ainda um prémio especial para projetos de reconstrução da Ucrânia.
A cerimónia, em Bruxelas, foi presidida, na passada sexta-feira, por Elisa Ferreira, comissária da Coesão e Reformas, e Iliana Ivanova, comissária para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, e contou com a presença de Vsevolod Chentsov, embaixador da Ucrânia junto da União Europeia.
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