Presidente brasileiro acusou Israel de estar a repetir em Gaza o extermínio de judeus por Hitler.
Numa resposta dura ao governo de Benjamin Netanyahu, que horas antes tinha declarado o presidente brasileiro, Lula da Silva, "persona non grata", o Brasil chamou de volta na tarde desta segunda-feira o seu embaixador em Israel, Frederico Meyer. No mundo da diplomacia, chamar o embaixador num outro país para consultas é o passo que antecede o rompimento de relações entre dois países.
Além de ter chamado de volta a Brasília o seu embaixador em Israel, o governo brasileiro também convocou o embaixador israelita no Brasil, Daniel Zonshine, para dar explicações. Zonshine, que estava em Brasília, recebeu ordem para se apresentar ainda esta segunda-feira ao Ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil, Mauro Vieira, que está no Rio de Janeiro a preparar a reunião de quarta-feira dos chanceleres dos países do G20, bloco de nações a que o Brasil atualmente preside.
O governo brasileiro ficou furioso por o governo de Netanyahu, ao chamar por seu turno o embaixador do Brasil em Telavive para protestar contra declarações de Lula na Etiópia, ter levado o diplomata brasileiro não para a sede da diplomacia israelita, mas sim para o Museu do Holocausto. Brasília interpretou essa mudança, nada usual, como uma forma de humilhar o diplomata e o Brasil, ainda mais que o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Israel Katz, gravou o encontro com um microequipamento disfarçado na lapela do casaco.
A grave crise entre o Brasil e Israel, cujas relações já não andavam boas desde a derrota de Jair Bolsonaro, aliado de Benjamin Netanyahu, para Lula em 2022, explodiu este domingo após declarações de Lula da Silva no final da Cimeira da União Africana que decorreu em Adis Adeba, capital da Etiópia. Ao comentar a guerra que as forças militares israelitas travam na Faixa de Gaza, onde 60% dos quase 30 mil mortos são mulheres e crianças, Lula afirmou que Israel está a cometer naquela região da Palestina um genocídio semelhante ao de Hitler contra o povo judeu.
A frase, considerada desastrosa até no Brasil, acendeu a ira de Israel e de entidades judaicas pelo mundo. Na manhã desta segunda-feira, além de expor o embaixador do Brasil no Museu do Holocausto, o governo israelita declarou Lula da Silva "persona non grata" e o governo brasileiro respondeu chamando de volta o seu embaixador, em meio a pedidos de aliados para romper relações com Israel, o que por enquanto não aconteceu.
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