Porta-voz militar israelita afirmou que cerca de 210 pessoas foram feitas reféns pelo Hamas.
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Um porta-voz militar israelita afirmou que cerca de 210 pessoas estão a ser feitas reféns pelo Hamas, após o ataque surpresa a Israel a 7 de outubro, com recurso a foguetes disparados da Faixa de Gaza. O grupo islâmico palestiniano disse que os tem escondidos em "locais e túneis seguros" dentro de Gaza.
Segundo a BBC News, a defesa israelita diz que dos reféns fazem parte 20 crianças e entre 10 a 20 pessoas com mais de 60 anos. No dia 20 de outubro, duas reféns norte-americanas, mãe e filha, foram libertadas pelo Hamas. Foram as primeiras a serem libertadas desde o recomeço do conflito no Médio Oriente.
De acordo com o jornal, algumas das histórias foram confirmadas ou relatadas de forma credível. A lista é atualizada regularmente, mas pode sofrer várias alterações, uma vez que aqueles que estão desaparecidos e se acredita terem sido feitos reféns podem estar mortos ou feridos.
Acredita-se que Shani Louk, uma turista alemã que se encontrava no festival de música eletrónica que o grupo palestiniano invadiu, esteja entre os reféns. Ricarda, mãe da vítima, contou ter visto um vídeo onde aparece a filha a ser levada pelos homens do Hamas. Mais tarde, a mãe de Shani disse ter recebido informações de que a filha estaria em estado crítico após sofrer um ferimento na cabeça, em Gaza.
Doron, Raz e Aviv Asher foram capturadas enquanto estavam com familiares perto da fronteira de Gaza. O marido, Yoni, diz ter visto um vídeo que mostra a companheira e as duas filhas, de cinco e três anos, a serem colocadas num camião com outros reféns.
Meirav Tal, o companheiro Yair Yaakov e os filhos Yagil, de 12 anos, e Or, de 16, também se encontram entre a lista de reféns. Ranana, mãe dos filhos de Yair, contou que estava ao telefone com as crianças quando o Hamas chegou. A mulher recordou ter ouvido os gritos de desespero do filho mais novo enquanto dizia: "Não me levem, sou muito jovem!". Um vídeo parece mostrar Yair e Meirav com raptores.
Acredita-se que Maya Regev, de 21 anos, e o irmão Itay, de 18, também tenham sido levados pelo grupo islâmico. Na manhã do ataque, o pai de Maya recebeu um telefonema da filha que gritava: "Pai, estão a disparar contra mim, estou morto". A família disse ter visto Itay algemado na traseira de um carro num vídeo divulgado pelo Hamas. Quase dois dias depois, o exército israelita confirmou à família que Maya e Itay tinham sido sequestrados.
Karina Ariev, soldado de 19 anos, trabalhava numa base militar perto de Gaza quando foi raptada. A irmã Alexandra disse ter ouvido tiros quando Karina a contactou durante o ataque. Mais tarde, Karina foi vista num vídeo a ser levada num carro.
Mia Shem, de 21 anos, foi das primeiras reféns a serem identificadas no primeiro vídeo divulgado pelo Hamas. O incidente foi confirmado pelas Forças de Defesa de Israel que garantiram estar em contacto com a família da vítima.
Capturados em Nir Oz
Também Amiram Cooper, de 85 anos, e a esposa Nurit, de 80, foram levados da própria casa em Nir Oz. Noa, nora do casal, contou à BBC News, que a última vez que falou com o casal foi durante o ataque do Hamas, quando os dois se encontravam num quarto seguro. Mais tarde, a família acedeu à localização do telemóvel de Amiram que confirmou estarem em Gaza.
Alex Danzig, 75 anos, investigador do Holocausto, estava também em casa, em Nir Oz, quando foi atacada pelo Hamas. "Temos a certeza de que ele foi sequestrado", garantiu o filho Mati. Segundo a BBC, Edith, irmã mais velha de Alex e sobrevivente do Holocausto, passou os últimos 30 anos a trabalhar para o Yad Vashem, o centro de memória do Holocausto em Israel. O desaparecimento de Alex desencadeou uma campanha pela libertação, tanto em Israel como na Polónia, o país natal do investigador.
Ofer, Erez e Sahar Kalderon foram feitos reféns no Kibutz Nir Oz. Um vídeo nas redes sociais parecia mostrar Erez, de 12 anos, a ser levada por homens armados em direção a Gaza, contou um familiar à BBC. Inicialmente, acreditava-se Carmela Dan, de 80 anos, e a neta, Noya, de 12, familiares dos jovens, também teriam sido levadas, mas as autoridades israelitas anunciaram mais tarde que tinham sido encontradas mortas.
Reféns do kibutz
Daphna Elyakim, de 15 anos, e a irmã Ella, de oito, foram vistas a ser detidas na própria casa, no kibutz Nahal Oz. Familiares dizem ter visto fotografias das jovens publicadas pelo Hamas. O pai das meninas, Noam Elyakim, a namorada Dikla Arava, e o filho Tomer, de 17 anos, foram mortos.
Acredita-se que Shiri, Yarden, Ariel e Kfir Bibas tenham sido sequestrados num kibutz no sul de Israel, onde viviam, e onde Shiri era educadora de jardim de infância. Shiri foi fotografada com os filhos, de três anos e nove meses, ao colo, cercada por homens armados do Hamas. Yossi e Margit Silberman, pais de Shiri, também estão desaparecidos e tudo indica que foram capturados pelo grupo.
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