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Hila recorda a fuga inevitável do irmão para a morte: Lotan foi vítima do ataque do Hamas ao festival Supernova

Lotan Abir adorava Portugal e costumava fazer surf na Ericeira.

07 de outubro de 2025 às 01:30

Quando os operacionais do Hamas surgiram, do nada, no descampado onde decorria o festival de música Supernova, a um quilómetro e meio da cerca metálica que separa Israel da Faixa de Gaza, Lotan Abir só teve tempo de correr e fugir.

Foi uma corrida insana, com a morte deixada para trás, até ao cruzamento do acesso do ‘kibbutz’ Be’eri à estrada nacional 232. Mas naquela manhã de sábado, 7 de outubro de 2023, a morte andava por todo o lado. Parecia impossível fugir dela. “Lotan veio por aqui fora e refugiou-se com outros amigos neste ‘bunker’ junto à paragem de autocarro”, explica ao CM a irmã, Hila Abir. Não era um lugar seguro: “Lotan ainda gravou um vídeo, que me enviou, mas pouco depois o Hamas matou todos os que estavam aqui dentro”, diz a agora ativista do movimento para trazer de volta os reféns do Hamas a Israel. Hila já consegue entrar no ‘bunker’, agora transformado em memorial, onde Lotan morreu. “Venho quando vocês me pedem, mas prefiro recordar a vida e não a morte do meu irmão. E de como ele gostaria de estar, por estes dias, a fazer surf na Ericeira. Ele gostava tanto de Portugal”, revela.  

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