Num discurso emocionado, Zelensky criticou os líderes ocidentais e voltou a pedir uma zona de exclusão aérea.
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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu de forma emotiva ao massacre de uma família pelos bombardeamentos russos quando tentava fugir da cidade de Irpin, no domingo: “Não perdoamos. Não esquecemos. Vamos punir todos os que cometeram atrocidades nesta guerra. Na nossa terra. Encontraremos todos os canalhas. Para vós não haverá lugar seguro a não ser o túmulo”, prometeu. Porém, apesar da dureza crescente da guerra, Zelensky afirmou-se confiante na vitória, pois as tropas russas, disse, “estão cansadas e desmoralizadas.”
O líder ucraniano denunciou os massacres de civis, visados por um “grande número de ataques aéreos e de artilharia” em cidades como Kharkiv, Mykolaiv, Chernihiv, Irpin e Mariupol, onde os bombardeamentos foram “particularmente intensos” nos últimos dias e de onde, apesar do acordo para criação de corredores humanitários, os civis não conseguem sair pois a trégua não tem sido respeitada. “Em vez de corredores humanitários, o que eles criaram foram corredores de sangue”, afirmou o líder ucraniano.
Zelensky teve igualmente novas críticas para os líderes ocidentais, acusando-os de “terem desaparecido” esta segunda-feira, numa altura em que, como ele previra, Odessa, cidade estratégica no Mar Negro, começou a ser atacada. Pediu também, uma vez mais, uma zona de exclusão aérea, dizendo: “Quantas mais mortes são necessárias para tornar seguros os céus da Ucrânia?”.
De acordo com números do governo ucraniano, as bombas russas já destruíram 202 escolas, 34 hospitais e 1500 edifícios residenciais. Deixaram ainda 900 comunidades sem eletricidade, água e aquecimento, havendo 646 mil pessoas sem eletricidade e 130 mil sem gás. A Organização Mundial da Saúde disse, por seu lado, ter confirmado 16 ataques a unidades de saúde entre 24 de fevereiro e 3 de março, com 9 mortos e 16 feridos. Em mais um exemplo de ataque a civis, terá sido arrasada esta segunda-feira uma fábrica de pão em Makariv, região de Kiev. Estariam 30 pessoas no edifício e as equipas de emergência resgataram 13 cadáveres, a par de cinco sobreviventes feridos. As restantes pessoas estavam por localizar.
“Quantas crianças têm de morrer?”
A mulher do presidente ucraniano, Olena Zelensky, pediu à imprensa internacional para contar a “verdade terrível” da guerra na Ucrânia, e perguntou “quantas mais crianças têm de morrer?”. No Instagram partilhou fotografias de menores mortos, entre eles Polina, de Kiev, uma das 38 crianças mortas no conflito. “Este número pode estar a crescer agora mesmo devido aos bombardeamentos das nossas pacíficas cidades”, alertou.
Machado lidera brigada que vai combater russos
Mário Machado parte a 20 de março para a Ucrânia, à frente de uma brigada de cerca de duas dezenas de homens para combater as forças russas. A missão foi divulgada apenas através de um grupo que o militante extremista criou na aplicação encriptada de troca de mensagens Telegram.
Machado, no entanto, apenas poderá estar presente 15 dias na Ucrânia, já que se mantém sujeito a uma medida de coação de apresentações, num processo por posse ilegal de arma.
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