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“O Peach manteve a minha fé viva”: Ucraniano que fugiu da guerra com o gato fica preso nas montanhas na Roménia

Vladislav Duda e o gato Peach foram resgatados após quatro dias presos numa ravina durante forte nevão.

12 de dezembro de 2024 às 12:43
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“O Peach manteve a minha fé viva”: Ucraniano que fugiu da guerra com o gato fica preso nas montanhas na Roménia

Ainda sem fim à vista, a Guerra da Ucrânia obrigou Vladislav Duda a fugir da terra natal rumo à Roménia, com receio de ser recrutado para combater. Na fuga, ficou preso durante quatro dias numa ravina nas montanhas de Maramures e foi resgatado em estado de hipotermia juntamente com a companhia especial que tinha dentro do casaco e que, garante, lhe “aqueceu o coração”: o gato Peach.

Duda, de 28 anos, e Peach, com apenas alguns meses, foram salvos por uma equipa com mais de 12 operacionais de uma ravina com cerca de 400 metros de profundidade durante um nevão “rigoroso”, indica a AP.

A equipa de resgate garante que Duda estava “congelado” e em estado de hipotermia, mas apenas preocupado com o felino de cor ruiva que carregava no peito. Peach estava desnutrido quando foi encontrado.

Durante o salvamento, que demorou mais de cinco horas, Duda teve de subir a ravina, mas sempre agarrado ao peito. Apenas tirou o gato de dentro do casaco quando estava prestes a entrar na ambulância.

“O gato estava quente e estava a aquecê-lo, por isso salvou-lhe a vida”, disse Dan Benga, diretor do serviço de salvamento nas montanhas de Maramures, à AP.  Duda também acredita que foi o gato que o salvou: “O Peach aqueceu-me o coração e manteve a minha fé viva”.

Vladislav Duda, que trabalhou como jornalista na Ucrânia, deixou para trás a casa onde desde sempre viveu, situada em Kharkiv, e enfrentou as “duras condições” das montanhas, tal como muitos refugiados, para fugir a uma guerra que diz não ser sua. “Quando fugíamos, tínhamos medo de toda a gente, para não sermos mandados de volta para lutar numa guerra que não é nossa”, sublinha.

Após serem resgatados, Duda foi levado para um centro comunitário para refugiados ucranianos, em Maramures, e está a ser tratado. Peach foi encaminhado para um veterinário para receber toda a assistência necessária. 

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