Pedro Zagacho Gonçalves
JornalistaFilipa Novais
JornalistaO Presidente da Ucrânia falou esta quinta-feira por videoconferência no parlamento português, numa sessão solene com altas entidades do Estado e representantes da comunidade ucraniana nas galerias, mas sem a presença dos seis deputados do PCP.
Pelas 17h00, Zelensky discursou durante cerca de 15 minutos. O presidente ucraniano sublinhou todos os horrores e "o inferno" que os russos estão a causar em várias cidades com a guerra na Ucrânia e foi direto nas palavras: "Por favor ajudem-nos. (...) Precisamos de armas; ajudem-nos com armamento", pediu.
O presidente ucraniano agradeceu ao País e aos portugueses pela "ajuda humanitária" e traçou várias ligações entre os dois países, fazendo até referência ao 25 de Abril para comparar o combate à ditadura com a luta da Ucrânia contra a invasão russa.
Veja ao minuto cada momento da sessão
Costa já chegou ao Parlamento para a sessão solene
António Costa já chegou ao Parlamento para a sessão solene com o presidente ucraniano.
Marcelo Rebelo de Sousa também já chegou ao Palácio de São Bento
Presidente da República e Augusto Santos Silva também já estão preparados para ouvir o discurso de Zelensky.
Volodymyr Zelensky começa o discurso na Assembleia da República Portuguesa
Presidente ucraniano agradece a Augusto Santos Silva e afirma que está "grato pela oportunidade de poder fazer este apelo".
Começa por falar das "sepulturas feitas pelos soldados russos". "Foram todos mortos quando as tropas militares ocuparam Borodyanka, os corpos foram sepultados no meio das ruas de habitações".
"Lembramo-nos todos das fotografias das pessoas que foram encontradas mortas em Bucha, os russos ataram-lhes as mãos, nem deixaram que fossem sepultadas como deve de ser", acrescenta.
"Mataram as pessoas só para se divertir". Zelensky começa por falar sobre os crimes de guerra
"Mataram as pessoas só para se divertir. Eles violaram. Eles mataram aquelas pessoas, dispararam contra carros com crianças", diz.
"Nas regiões de Kiev e outras, fizeram o mesmo inferno que fizeram em Bucha e em Borodyanka. Bombardearam escolas", continua.
O presidente ucraniano referiu "milhares de mortos", desde um bebé de meses a uma idosa de 93 anos.
Zelensky no Parlamento: “Estamos a lutar pela nossa sobrevivência”
"Até igrejas estão a ser destruídas. Os ucranianos foram obrigados a abandonar as cidades", continua.
Volodymyr Zelensky relata com detalhe os horrores vividos durante a invasão russa à Ucrânia."Em Mariupol, que é tão grande como Lisboa, não há uma casa inteira. Fizeram um verdadeiro inferno", acrescenta.
Zelensky no Parlamento: “Russos destruíram corpos em crematórios móveis”
Muitas das pessoas ficaram sem casas, sem fotografias, sem nada, porque tudo foi incendiado, durante os bombardeamentos dos russos.
Zelensky adianta que em Mariupol "foram mortas mais de 10 mil pessoas". "Não conseguimos ter a certeza, porque montaram crematórios para queimar os corpos e esconder os crimes de guerra", acrescenta.
Zelensky pede a Portugal armamento para a Ucrânia em intervenção no Parlamento
"Ajudem-nos, por favor". Estas são as palavras de ordem do presidente ucraniano.
"O vosso povo que daqui a pouco vai celebrar a revolução que pôs fim à ditadura, sabe o que a ditadura traz", afirma.
Zelensky agradeceu "todo o apoio às pessoas, todo o apoio com as sanções"
O presidente ucraniano pediu ainda para Portugal transmitir o apelo a outros países de língua portuguesa.
"Lutem contra a propaganda russa. Para que estejamos junto na UE, para que sejamos livres", apelou o presidente ucraniano.
"Acredito que vocês vão-nos apoiar, porque a Ucrânia está a caminho da União Europeia", diz.
Zelensky termina discurso agradecendo a Portugal
"Obrigado Portugal, Glória à Ucrânia", conclui o presidente ucraniano.
Discurso durou cerca de 15 minutos mas Zelesky conseguiu falar sobre os horrores vividos na Ucrânia durante a Guerra e apelou à ajuda de Portugal para conseguir vencer a Rússia.
Depois do presidente ucraniano, Santos Silva fala ao país e à Assembleia da República
Santos Silva recorda que desde o primeiro dia que as instâncias políticas portuguesas e autoridades condenaram a agressão à Ucrânia, que "é não provocada e injustificada", afirma.
"O agredido tem direito de se defender", sublinha o presidente da AR.
"O agressor é a Rússia", apontou.
Presidente da AR fala sobre apoio português à Ucrânia
Augusto Santos Silva recordou empenho "nas medidas de sancionamento" à Ucrânia e o acolhimento aos refugiados ucranianos "com necessidade de proteção humanitária".
Portugal esteve no primeiro grupo de países a pedir investigação aos crimes de guerra cometidos ao tribunal penal internacional. Santos Silva recorda o "relacionamento estreito" entre os dois países e a integração de "dezenas de milhares" de ucranianos residentes em Portugal, e respetivas gerações já nascidas em território nacional.
Presidente da AR defendeu "sanções duras contra os responsáveis pela agressão, e pelos setores, como a energia, que financiam a agressão".
Santos Silva: "Senhor presidente Volodymyr Zelensky, é uma honra recebê-lo e ouvir as suas palavras"
Partidos estão "indignados" com as imagens mostradas, "Choramos os mortos, civis e militares", destacou o presidente da AR.
Augusto Santos Silva diz ainda que Portugal saúda e celebra o esforço heróico dos ucranianos, em defesa pela sua pátria, incluindo no Donbass.
Portugal apoia a candidatura da Ucrânia para pertencer à União Europeia
"Prezamos as aspirações Europeias da Ucrânia", disse, sublinhando que o país defende o pedido de candidatura da Ucrânia à UE já apresentado.
"Este acolhimento mobiliza todos os portugueses", disse o presidente AR, destacando que "estão empenhados nesta cadeia de solidariedade".
"Tratam-nos como iguais, como irmãos", afirma.
Vários membros da comunidade ucraniana assistem nas galerias
Augusto Santos Silva refere a presença da embaixadora da Ucrânia e de representantes de várias associações de ucranianos em Portugal, que assistem à sessão solene nas galerias.
"Para voltarmos à paz, precisamos de ganhar a paz", afirma o presidente da AR
"Posso assegurar-lhe que conta com Portugal", disse, no cumprimento da legislação internacional, na candidatura à UE, receção de refugiados, e no "encontrar de caminhos de paz, baseados na recusa da violência".
"Para ganhar a paz precisamos de fazer frente à agressão e forçar o agressor a parar, envolvendo-se num processo negocial sério", refere Santos Silva.
"A luta do seu país pela liberdade, é a luta da Europa toda. e essa luta Portugal nunca falhou, e nunca falhará", conclui.
Ouve-se o hino da Ucrânia no Parlamento
No final do discurso do presidente ucraniano e do presidente da Assembleia da República ouve-se o hino da Ucrânia.
De seguida ouve-se o hino português
A banda da GNR toca "A Portuguesa" na Assembleia da República.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.