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Rússia bombardeia infantário ucraniano em resposta a proposta de cessar-fogo de Trump

Moscovo lançou mais de 400 drones e mísseis contra a Ucrânia após presidente dos EUA sugerir 'congelamento' do conflito.

23 de outubro de 2025 às 01:30

A Rússia lançou na madrugada e manhã desta quarta-feira mais um ataque devastador contra a Ucrânia, matando pelo menos sete pessoas e atingindo dezenas de alvos civis, incluindo um infantário, horas depois de o Kremlin rejeitar a proposta do presidente norte-americano, Donald Trump, de ‘congelar’ o conflito na atual linha de contacto para abrir caminho às negociações de paz.

Entre as vítimas mortais dos bombardeamentos russos estão uma mãe e os dois filhos, de seis meses e 14 anos, cuja residência foi atingida por um drone nos arredores de Kiev. Em Kharkiv, um infantário foi atingido por um drone às primeiras horas da manhã, quando já estavam várias crianças no edifício. Nenhuma ficou ferida, mas um funcionário adulto morreu e seis ficaram feridos. “Não existe qualquer justificação para um ataque com drones contra um infantário, nem nunca poderá existir. Com estes ataques, a Rússia está a cuspir na cara de todos aqueles que insistem numa solução pacífica para a guerra. Bandidos e terroristas só podem ser colocados no seu lugar pela força”, escreveu no X o presidente Volodymyr Zelensky.

Os ataques russos ocorreram horas depois de os EUA terem anunciado a suspensão da anunciada cimeira entre Donald Trump e Vladimir Putin em Budapeste, na Hungria, que tinha sido anunciada na semana passada pelo presidente norte-americano. “Não vale a pena estarmos a perder tempo. Vamos ver o que acontece”, afirmou Trump, depois de a sua proposta para ‘congelar’ o conflito na atual linha de contacto ter sido sumariamente rejeitada pelo Kremlin, que rejeita qualquer cessação das hostilidades enquanto não for negociado um acordo de paz abrangente que resolva o que diz serem as “causas originais” da guerra.

Zelensky diz que a solução proposta por Trump é “um bom compromisso” mas acusa Putin de ter deixado cair a possibilidade de negociações assim que Trump afastou a possibilidade de enviar mísseis Tomahawk para a Ucrânia. “Assim que a questão dos mísseis de longo alcance foi retirada da mesa, a Rússia ficou logo menos interessada na diplomacia”, diz o líder ucraniano.

Putin comanda manobras nucleares

Vladimir Putin supervisionou esta quarta-feira exercícios das forças nucleares russas que envolveram todos os componentes da ‘tríade’ nuclear - terrestre, naval e aérea. Segundo o Kremlin, as manobras visaram “testar os procedimentos para autorizar o uso de armas nucleares” e já estavam programadas há algum tempo, não tendo qualquer relação com a suspensão da cimeira Trump-Putin. 

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