Dia 4: "Au revoir, bela Paris"
José e Francisca, pai e filha, escolheram o CM para relatar interrail pela Europa.
Francisca Oliveira, 14 anos, e José Oliveira, 49 anos, estão a fazer um interrail pela Europa. E contam tudo no
Francisca Oliveira, 14 anos, e José Oliveira, 49 anos, estão a fazer um interrail pela Europa. E contam tudo no site do Correio da Manhã.
"Despedimo-nos da cidade com sol.
Entregamos as chaves a um vizinho, um garoto com ‘swag’, que nos recebeu estremunhado, com ar de quem se deitado a pouco tempo... Hippolyte (o dono do apartamento) nem vê-lo. Enviámos mensagem e ficou tudo tratado.
Seguimos para a Gare D’leste. Chegamos com antecedência e com tempo para nos organizarmos. Enquanto esperávamos pelo comboio, conseguimos uma reserva em Berlin. Aqui deparamo-nos com uma realidade que ainda não conhecemos (e ainda bem): um sujeito, que estava ao nosso lado, num café da estacão onde o pai tomava um café, esqueceu-se de uma mala e foi embora. A empregada alguns minutos depois veio perguntar-nos se nos pertencia, ao que respondemos que não. A senhora deu um suspiro e fez um ar de desespero, e começou a resmungar. Só depois entendemos, pois nestas situações e necessário chamar a polícia que chega com um aparato brutal e de certeza estragou o negócio para o resto da manhã.
Já instalados no TGV em direção a Estrasburgo, fomos interpelados por um tipo que tinha um bilhete para o mesmo comboio, a mesma hora e o mesmo lugar do pai..."Pois é verdade meu caro, chegasses primeiro"..."Vai-te queixar, pois consegues fazê-lo em francês, estas em vantagem"... E foi.
O TGV e super confortável e desloca-se a velocidades alucinantes de 320 km/h.
Em Estrasburgo, apenas o tempo para esticar as pernas e seguir para um comboio pequenino, direção: Offenburg. Viagem curta, rápida e rigorosa no cumprimento do horário.
Em Offenburg e com pouco tempo para fazer o transbordo para o comboio com destino a Berlin, tivemos a oportunidade de comprovar nuns meros 15 minutinhos, a queda de dois mitos:
1. De que os alemães são antipáticos: estávamos perdidos, pois não "pescamos" " nine" de alemão e fomos abordados por um sujeito, funcionário de limpeza da gare, que tentou no germânico mais soletrado possível explicar-nos qualquer coisa com gestos e sempre afável. Estávamos nesta tentativa de conversação, quando uma jovem alemã, por sua iniciativa, se intrometeu na conversa e alterando o seu trajeto, ordenou: "Come with me"... E sempre de sorriso no rosto, levou-nos ao local do estacão onde fomos ajudados por uma alemão gordo e bonacheirão…
2. Logo a seguir, lá se foi o segundo mito, aquele que diz que os portugueses são muito afáveis e simpáticos. Contudo, aqui só vamos partilhar as coisas boas e bonitas.
A viagem para Berlin decorreu demorada e longa. Atravessámos num dia boa parte das Alemanha e deu para ver só de passagem, com e uma terra rica e bonita, com belas paisagens de um verde que se perde de vista, espraiadas pela grande planície europeia.
Chegamos a Berlin as 21h30 em ponto. A gare de Berlin-Hauptbahnhof e enorme e com um tráfego tremendo. Fomos a correr para o Hotel que fica pertinho da praça Alexandrerplatz.
Já com a noite instalada conseguimos ainda comer um hambúrguer delicioso, perto do hotel. Berlim promete.
Vamos para o quarto estudar a melhor estratégia para atacar a cidade.
Até já."
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