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Dia 2: Francisca e José descobrem Paris

José e Francisca, pai e filha, escolheram o CM para relatar interrail pela Europa.

28 de julho de 2015 às 11:38

Francisca Oliveira, 14 anos, e José Oliveira, 49 anos, estão a fazer um interrail pela Europa. E contam tudo no 

Francisca Oliveira, 14 anos, e José Oliveira, 49 anos, estão a fazer um interrail pela Europa. E contam tudo no site do Correio da Manhã.

A alvorada foi cedinho... Ansiosos por começar a jornada.

Eram 8.30 e já estávamos na rua. Como já estava decidido, vamos "andar" por Paris. Assim foi.

O meu pai acha que se orienta nas cidades (coisas de homem) e eu confio.

"Vamos descer a rua e depois viramos ali à direita". Depois de uns belos 30 minutos a pé, não tinha ainda visto nada digno de registo. Pior ainda, depois de mais outra meia hora e o cenário piorou... Havia na envolvência qualquer coisa que eu definiria como "a Bronx de Paris". "Filha, acho que o pai confundiu, quando disse que era para a direita, devia

ter sido para a esquerda. Estes mapas estão mal feitos", disse o pai Zé.

Estás perdoado, Zé Gui. 

Paramos para um sumo de laranja e um café, ambos intragáveis. Aproveitamos para nos orientar. Esquecemos o mapa e perguntamos no nosso melhor francês: " S´il vous plait, pour Sacré Coeur".

Seguimos as dicas do "Monsier" e pelas 10.30m paramos para um croiassant num sítio já agradável e tivemos aí a primeira boa sensação do dia.

Continuamos para o nosso ponto de referencia, uma caminhada dura, mas que começava a tornar-se encantadora, com escadinhas, cantinhos, flores.

Até que chegamos à Basilica do Sagrado Coração.

Para quem não queria ir "picar" os lugares óbvios, estamos conversados. Uma imensidão de pessoas e uma vista soberba.

Paris visto daqui é "lindooooo", e nem a chuva que começou a cair fez diminuir a visível boa disposição que já se tinha instalado na "comitiva". Vamos continuar, que o dia é curto...

A expressão correcta é: e lá fomos vagueando.

Sim, passamos no Moulin Rouge. O meu pai explicou-me o que era e o porquê de tanto alarido por aqueles lados.

E aquele também era um sitio dos roteiros. Bem, são quase 12h30m, hora do almoço. Fomos pesquisando os menus dos Caffés, restaurantes, Bistrôs que se espalhavam pelas ruas até chegarmos à Place du Tertre. Mais uma vez a quantidade de 

turistas é imensa.

Encontramos sugestões deliciosas: Contudo, optamos por uma entrada de queijo e tomate e depois um "confit de canard".

O pai resmunga sempre por causa do café: "Estes franciús não sabem tirar um reles café".

Seguimos e o destino determinado para a tarde foi: Agora vamos por aí até ao Sena.

Pelo caminho fomos sendo surpreendidos com toques e pormenores. Outras vezes por mensagens deixadas pelas paredes, por alguém que nos quer alertar para o quanto é bom estar vivo ou da importância de certas "coisas" na vida.

Ao longo da nossa ida, constatamos novamente que Paris está invadida de forasteiros como nós.

Onde estão os parisienses?

Comentei com o pai que acho que já entendi a expressão, "à grande e à francesa". Tudo aqui é grandioso, largo e amplo.

Fomos fazendo pausas , pois era nítido algum cansaço: Seguimos andando, olhando e vendo....

Pelo caminho fui também percebendo o que é uma cidade cosmopolita. As cores, as etnias, as raças, os credos, os modos, as línguas.

Nós entramos nas galerias Lafayette e subimos para ver Paris do alto, novamente. Os Campos Elísios, foram a paragem seguinte inevitavelmente.

Era necessário para descansar: Prossigamos.

Há sítios incontornáveis.

São quase 19h. Tínhamos prometido uns crepes a nós próprios. O local estava escolhido e era lá para os lados da Praça dos artistas.

Pelo caminho fomos identificando alguns Parisienses. "French style" - Elegantes mas/e descomprometidos....

21h30 - Chegados finalmente à creperie selecionada. " Monsieur, deux crepes". Estavam ótimos!

Comemos dois cada um, primeiro um salgado e por fim um simples e clássico "sucré". O sítio era engraçado, coberto de papéis e guardanapos com mensagens e ao fundo uma fotografia do Jacques Brel (o pai vai mostrar-me esse tal de Brel, quando chegarmos a casa).

É quase meia noite, o telemóvel, que tem um contador de passos (modernices diz o pai Zé), diz que fizemos 38 mil passos a que corresponderiam 20 Km.

Ufa... Pelo estado das nossas pernas deve ter sido mesmo verdade. Chegámos.

Até amanhã.

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