Os portugueses Pedro Queirós e Lourenço Macedo Santos estão em Katmandu, no Nepal, a viver toda a tragédia.
Saímos cedo do consulado espanhol para procurar ajudar as pessoas que estão nas ruas. Falamos entre nós dos riscos que podíamos correr, e optámos por exemplo por não ir para hospitais ou zonas mais periféricas. O objectivo era o parque central da cidade que está apinhado de gente que ficou sem casa ou simplesmente ainda tem medo de voltar para o seu lar...
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A nossa jornada de hoje só pode ser classificada de épica. Tivemos de ir 3 vezes às compras! Quando chegávamos os militares ajudavam a formar filas para a distribuição dos mantimentos que tínhamos. Eram centenas de pessoas que vinham a correr na nossa direcção. Da última vez que fomos adquirir mantimentos já tivemos que requisitar um camião para ajudar.
Os grandes números da distribuição de hoje são:
- 48.000 rupias gastas. Cerca de 445 €,
- 650 Kilos de arroz, devemos ter dado cerca de 2000 refeições.
- 400 bananas,
- 50 maçãs,
- 20 pacotes de bolacha Manteiga Mcvitties 300 grs.
- 20 garrafas de água 0,5 litros.
Estamos de rastos com toda a emoção e trabalho físico. Mas valeu a pena. Toda a gente nos agradeceu e foi muito amável. Amanhã devemos ir para uma escola fazer o mesmo.
Mais uma vez o apoio de todos vocês não faltou. Recebi muitas transferências e estou a apontar tudo para depois poder dizer quanto recebemos ao todo e quanto gastamos. MUITO OBRIGADO. Vocês contribuíram para verdadeiramente ajudar pessoas que estão a precisar. Quem ainda quiser contribuir pode fazer para o NIB: 003300000098021915378
Portugueses filmam destroços do sismo em Katmandu
Entretanto chegou-nos a posição oficial do governo português que está em linha com o resto da Europa. Não vai haver mais voos de evacuação e aconselham os cidadãos a procurar saída pelos próprios meios. Portanto devemos ir embora no voo que já marcamos para sexta-feira. Destino: Nova Delhi, India.
Já há muito mais lojas abertas e as coisas parecem estar a normalizar. O aeroporto continua um caos e a ajuda humanitária vai chegando aos poucos. Ainda há buscas por pessoas desaparecidas em escombros e nas montanhas.
5 horas de sono e um duche de água quente. Estamos novos!
Enquanto não temos certezas sobre a data exacta da saída resolvemos ajudar como podemos.
Após uma reunião ao mais alto nível, entre mim e o meu sócio Lourenço Macedo Santos, decidimos que o melhor que podemos fazer é ir comprar mantimentos e distribuir pelas pessoas que dormem nos parques da cidade. Esvaziámos as nossas mochilas e vamos partir agora.
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Dizem-nos que os stocks de água e comida estão a baixar na cidade. O próprio consulado espanhol só tinha provisões para dois dias. A comida e água estão a subir de preço e a gasolina também. Um litro custa agora 2 dólares.
Vamos tentar levantar todo o dinheiro que conseguirmos e comprar mantimentos. Se quiserem contribuir façam uma transferência para a minha conta. Não sei se isto é legal e não posso passar recibos. Mas no final farei um relatório em word, fonte Times New Roman, tamanho 12, com tudo o que angariamos e compramos. O meu NIB é 003300000098021915378.
Se quiserem contribuir enviem-me mail com a confirmação para pedro_queiros@hotmail.com. Não enviem mensagens de confirmação via Facebook, pois tenho a caixa de entrada apinhada e ainda cheia de mensagens por responder de apoio que chega de todos os lados.
Leia também os textos "O chão não parava de tremer", "As réplicas do terramoto continuam", "Chega!! Temos de ir embora daqui" e "Katmandu: "Tudo pode mudar num minuto".
Texto de Pedro Queirós e Lourenço Macedo Santos, partilhado no Facebook e cedido ao CM para publicação.
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