Partido de extrema-direita foi um dos vencedores da noite eleitoral.
André Ventura diz que não vai ser líder da bancada parlamentar do Chega e ataca PSD: 'Senti que estava a falar sozinho'
No rescaldo de uma vitória na noite eleitoral, na qual o Chega conseguiu eleger 12 deputados para o Parlamento, André Ventura, líder do partido e o anterior deputado único desta força política, deu uma entrevista exclusiva à CMTV, esta segunda-feira.
Na conversa, Ventura revelou que não vai ser líder da bancada parlamentar do partido, afastando uma 'lei da rolha': "Nem vou ser eu o líder da bancada parlamentar", prometeu, querendo dar voz "e espaço, para que outros sejam a voz do Chega". O líder parlamentar vai ser indicado por Ventura e haverá votação, revelou em exclusivo na CMTV. André Ventura aponta que um dos grandes objetivos do partido, nos próximos quatro anos, é substituir o PSD na oposição ao PS.
"Um grande objetivo era ser a terceira força política. Queríamos ser uma das forças mais relevantes. O que não conseguíamos foi evitar uma maioria de esquerda, ou uma maioria do PS. Crescemos muito, mas fiquei triste pelo PS conseguir maioria absoluta. Agora queremo-nos tornar no principal partido da oposição, o que o PSD não conseguiu fazer", atirou num constante ataque à liderança de Rui Rio no partido social-democrata.
"Senti que estava a falar sozinho como partido de oposição", defendeu Ventura acusando Rio de "chegar a dar a mão a António Costa". "Todos sabemos o que aconteceu na última maioria absoluta do PS, é de má memória", lembrou Ventura, defendendo que na altura era necessário "traçar linhas vermelhas para travar José Sócrates e não chegar onde chegámos".
Sobre outra surpresa da noite eleitoral, O Iniciativa Liberal, André ventura considerou o partido "um fenómeno mais urbano", mas disse que "é uma força que temos que contar a partir de agora".
Venturqueixou-se das limitações impostas no parlamento quando era deputado único e prometeu que "vai mudar completamente" a dinâmica na Assembleia da República. "O que Costa sentiu é que havia uma voz incómoda no parlamento. E não gostou, o PS não gosta disso. Por isso falou sempre com todos menos com o Chega. Costa vai ignorar agora mais de 400 mil votos? Vai ignorar agora 12 deputados?", questionou o presidente do Chega.
Sobre os novos rostos e vozes do partido, admite alguma "estranheza" do eleitorado inicialmente, e afasta ligações de alguns deputados eleitos à extrema-direita.
"O Chega não é de extrema-direita", diz Ventura, sublinhando que a xenofobia "vai contra os princípios do Chega", quando confrontado com uma "frase infeliz" de um dos deputados eleitos, feita numa publicação no Facebook sobre uma mulher brasileira.
"Agora um partido é racista porque diz que os ciganos têm que cumprir as regras que os outros cumprem?", questionou Ventura sobre as acusações de racismo e xenofobia dirigidas ao partido.
O presidente do Chega diz que os deputados eleitos vão "representar diversos setores da sociedade" e são especializados e temas, quando questionado sobre se o partido tem propostas para a Economia.
"Temos várias propostas, o Estado deve estar o menos possível na Economia. O IL vê o País como se estivéssemos no Chiado, não podemos deixar tudo ao mercado", critica Ventura, ao mesmo tempo que aponta como medidas "a redução dos escalões de IRS, para três, ou a criação de uma pensão mínima".
"Ao longo desta legislatura queremos evitar o que aconteceu com José Sócrates, o segundo objetivo é substituir o PSD como principal partido da oposição. Estou convicto que em quatro anos conseguimos", terminou.
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