Ataques no Golfo do Omã foram conduzidos por "ator estatal"

Arábia Saudita aponta o dedo ao Irão, EUA dizem que é "provável".

08 de junho de 2019 às 10:51
Os danos causados pela bomba ao nível da linha de água são visíveis na popa do petroleiro norueguês ‘Andrea Victory’ Foto: Reuters
Os danos causados pela bomba ao nível da linha de água são visíveis na popa do petroleiro norueguês ‘Andrea Victory’ Foto: Reuters
Os danos causados pela bomba ao nível da linha de água são visíveis na popa do petroleiro norueguês ‘Andrea Victory’ Foto: Reuters

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Os resultados preliminares da investigação aos ataques contra petroleiros no Golfo do Omã, no mês passado, concluíram que foram levados a cabo "por um ator estatal", embora sem nomear diretamente o Irão, apontados pelos EUA e pela Arábia Saudita como principal suspeito.

O relatório da investigação, entregue quinta-feira ao Conselho de Segurança da ONU, revela que os ataques, que ocorreram a 12 de maio ao largo de Fujairah, nos Emirados Árabes Unidos, foram levados a cabo com recurso a bombas-lapa, dispositivos magnéticos que foram colados aos cascos dos navios por mergulhadores altamente treinados.

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Os alvos foram previamente identificados e os engenhos programados para explodir no espaço de uma hora, numa operação "sofisticada e coordenada" que só estaria ao alcance de um "ator estatal", diz o relatório. Os quatro navios atacados - dois de bandeira saudita, um norueguês e um dos Emirados - sofreram danos ao nível da linha de água e os ataques tiveram o objetivo de "incapacitar e não afundar" as embarcações.

O relatório não aponta culpados, mas o embaixador saudita na ONU não hesitou em apontar o dedo a Teerão.

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"Acreditamos que a responsabilidade destes atos é do Irão", acusou. No mês passado, os EUA já tinham dito que o Irão estaria "muito provavelmente" por detrás dos ataques, que seriam um "aviso" de Teerão para a sua capacidade de atingir as exportações de petróleo na região.

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