Jeffrey Dahmer tinha admiradora que enviava várias cartas por dia e sentia "conexão especial"
Um fã do crime reuniu o maior número de pertences do assassino norte-americano.
Taylor James, um fã do crime, que conseguiu reunir o maior número de pertences possíveis de Jeffrey Dahmer, revelou a peça mais arrepiante da coleção: um dossiê com cartas de uma admiradora obcecada pelo canibalismo do assassino. Em entrevista ao The Sun, o colecionador natural de Vancouver, Canadá, que decidiu começar o projeto quando aconteceu o primeiro confinamento devido à pandemia de Covid-19, contou que o material do assassino norte-americano
era, de longe, o mais difícil de se obter. "Dahmer é um dos assassinos em série mais conhecidos dos EUA, mas não há muito material relacionado com ele", acrescentou.
Numa coleção chamada "Cult Collectibles", que inclui cartas, documentos, talheres, livros, e até óculos, Taylor James revelou que a peça
mais perturbadora da sua coleção é um dossiê de cartas que Jeffrey Dahmer recebeu de uma admiradora obcecada.
A mulher escrevia várias cartas para o assassino todos os dias convencida de que tinha uma "conexão especial" com a faceta canibal de Jeffrey Dahmer, explicou o colecionador.
Às vezes, a fã enviava várias cartas no espaço de um dia.
"Ela dizia algo como: 'Eu escrevi-te uma carta há cinco horas atrás, e estou a escrever outra agora. Eu sei que te aborreci e, por isso, desculpa-me. Tu és tão importante para mim", relatou James.
Ao contrário de outros assassinos que fizeram "centenas de obras de arte na prisão" ou escreveram milhares de cartas, tais como John Wayne Gacy ou Richard Ramirez, James conta que Dahmer não deixou muito material relativo ao período em que esteve atrás das grades porque "apenas ficou preso durante dois anos antes de ser assassinado".
No entanto, durante o curto período em que esteve preso, Dahmer foi inundado com cartas, muitas das quais o colecionador viu e estudou.
Embora uma grande parte das cartas de amor que Dahmer recebeu fossem de homens homossexuais, James que a maioria era de mulheres heterossexuais que estavam convencidas de que ele se apaixonaria por elas. Um terço delas eram de pessoas que estavam a tentar "entender" os crimes e queriam saber mais sobre os motivos.
Dahmer recebeu tantas cartas que não teve tempo de responder à maioria delas e a família teve de levá-las para casa após a sua morte.
Muitas das cartas foram reunidas num livro de James chamado "Dear Dahmer - Letters to the Milwaukee Cannibal".
A Netflix Portugal lançou o mês passado a série "DAHMER - Monstro: A História de Jeffrey Dahmer". O drama é baseado na história real de Jeffrey Dahmer, que matou e desmembrou "17 rapazes e jovens adultos" na década de 70 e 90.
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