Líderes catalães vão beneficiar de indulto
Sánchez deverá anunciar dentro de um mês o perdão aos condenados pelo referendo separatista de outubro de 2017 na Catalunha.
O governo espanhol tem já em preparação os indultos que vão tirar da cadeia os políticos catalães detidos na sequência do referendo separatista ilegal de outubro de 2017. O projeto levou desde já a direita espanhola a preparar uma grande manifestação para dia 13 de junho, em Madrid, que juntará PP e Cidadãos com os extremistas do Vox, como na famosa manifestação de 2019.
O PM Pedro Sánchez decidiu antecipar a divulgação do indulto, prevista para agosto, algo considerado pouco digno, pois aproveitaria o facto de a maioria dos espanhóis estar de férias.
A ideia é criar um “indulto reversível”, prevendo o regresso à cadeia caso os indultados incorram “violem de novo a lei”.
O PP considerou “uma farsa” a ideia de reversibilidade, pois se os indultados para a cadeia, frisou o porta-voz nacional do partido, José Luis Martínez-Almeida, “não será por lhes ser retirado o indulto mas porque cometeram um novo delito”.
Recorde-se que, com exceção do ex-presidente catalão Carles Puigdemont, que se exilou, foram condenados e encarcerados os principais líderes catalães. Um dos argumentos em defesa do indulto será que serve o interesse público, pois ajudará a solucionar o conflito na Catalunha. Mas, os sinais de que o processo separatista retomará o seu curso quando os líderes forem libertados põe este argumento entre aspas.
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