Encontraram as ossadas de Émile. E agora? Tudo o que se sabe sobre o desaparecimento do menino de dois anos
Último avanço da investigação corresponde à descoberta do crânio e dentes da criança, de dois anos e meio, perto de Haut-Vernet.
8 de julho de 2023 às 17h15. Soaram os alarmes para o desaparecimento de Émile e começou o mistério na aldeia Le Vernet, na região dos Alpes de Haute-Provence, em França.
Émile, de dois anos e meio, vestia uma t-shirt amarela e uns calções com um padrão verde quando foi visto pela última vez, a brincar na casa dos avós.
O menino vivia com os pais em La Bouilladisse, na região de Bouches-du-Rhône, a 30 minutos de Marselha e a 170 quilómetros de Le Vernet, onde passava férias regularmente com a família.
Foram feitas buscas e mais de 800 pessoas procuraram Émile por toda a região, durante vários dias. Nenhuma pista foi encontrada até este sábado, 30 de março.
O crânio e os dentes do menino foram descobertos, perto de Haut-Vernet, por uma pessoa que passeava no local e que deu o alerta às autoridades.
Primeiras buscas
Após o alerta do desaparecimento, foram iniciadas buscas na aldeia para tentar localizar a criança. Nos primeiros dias das operações estiveram envolvidos mais de 800 elementos, entre exército, bombeiros, polícia, equipas cinotécnicas, drones, 20 equipas de cães pisteiros e 200 voluntários e foram efetuadas mais de 500 chamadas. Duas testemunhas disseram às autoridades que tinham visto a criança numa rua com declive.
Para facilitar as buscas e com a intenção de que a criança pudesse reagir, a mãe de É Cerca de 30 casas da aldeia, com 125 habitantes, e 12 veículos foram alvo de buscas e 25 pessoas foram interrogadas. As buscas iniciais duraram cerca de quatro dias e, durante as mesmas, foram encontrados vestígios de sangue numa viatura e vestígios de tinta noutra que levaram as autoridades a acreditar que poderiam estar relacionados com o caso. Contudo, as análises concluíram que o sangue pertencia a um animal. Segundo o Le Figaro, o vereador proibiu a entrada de estranhos na localidade num período de 15 dias. Suspeitas sobre a família Marie, nas redes sociais, partilhou orações pela criança:“O diabo levava-a regularmente à montanha, mas os anjos traziam-na de volta”. Abertura de inquéritoA justiça francesa havia inicialmente decidido não abrir um inquérito judicial ao desaparecimento de Émile, mantendo o caso a cargo do Ministério Público, sem ser atribuído a nenhum juiz. Contudo, o procurador de Digne-les-Bains, François Balique acabou por retroceder com a decisão. Cronologia dos momentos-chave As autoridades francesas equacionaram a possibilidade de Émile estar escondido num fardo de palha, uma vez que, na altura do seu desaparecimento, os agricultores procediam à recolha de feno dos terrenos agrícolas. Analisaram por isso, através de um detetor de metais de alta resolução, todos os fardos de palha existentes na aldeia onde Émile foi visto pela última vez. Nada foi encontrado. Nos últimos dias de julho, os cães usados na investigação detetaram odor a cadáver na aldeia onde Émile desapareceu. Iniciaram-se novas buscas, mas, uma vez mais, revelaram-se inconclusivas. Em setembro, um grupo de mergulhadores realizou buscas numa lagoa perto da casa dos avós de Émile, segundo o jornal francês Le Figaro. Três meses depois da última vez que Émile foi visto, em outubro, as autoridades francesas realizaram novas buscas com a ajuda de cães e drones especializados. Uma das habitações alvo de buscas pertence, de acordo com o jornal Le Parisien, a um morador , com um perfil suspeito de uma aldeia vizinha a quatro quilómetros de Haut-Vernet.  Na casa vivia um jovem de 16 anos que é retratado por populares como alguém "que vive à margem da sociedade". "É um jovem que não frequentou a escola, conhecido na cidade por conduzir um trator a alta velocidade", disse um morador à BFM. Em novembro, foram feitas buscas a vários pontos da aldeia Le Vernet. A polícia entrou em dez casas, nomeadamente na moradia dos avós da criança, segundo a BFMTV. A 30 de março de 2024, foram encontradas ossadas, o crânio e os dentes, perto de Haut-Vernet, em França. As descobertas surgiram após as autoridades terem procedido à reconstituição do momento em que a criança foi vista pela última vez, reunindo familiares, vizinhos e testemunhas. A família foi notificada no domingo, 31 de março do presente ano. Os acessos à aldeia estão bloqueados para a realização de perícias mais aprofundadas.
Cerca de 30 casas da aldeia, com 125 habitantes, e 12 veículos foram alvo de buscas e 25 pessoas foram interrogadas. As buscas iniciais duraram cerca de quatro dias e, durante as mesmas, foram encontrados vestígios de sangue numa viatura e vestígios de tinta noutra que levaram as autoridades a acreditar que poderiam estar relacionados com o caso. Contudo, as análises concluíram que o sangue pertencia a um animal.
Segundo o Le Figaro, o vereador proibiu a entrada de estranhos na localidade num período de 15 dias.
Suspeitas sobre a família
Marie, nas redes sociais, partilhou orações pela criança:“O diabo levava-a regularmente à montanha, mas os anjos traziam-na de volta”.
Abertura de inquéritoA justiça francesa havia inicialmente decidido não abrir um inquérito judicial ao desaparecimento de Émile, mantendo o caso a cargo do Ministério Público, sem ser atribuído a nenhum juiz. Contudo, o procurador de Digne-les-Bains, François Balique acabou por retroceder com a decisão.
Cronologia dos momentos-chave
As autoridades francesas equacionaram a possibilidade de Émile estar escondido num fardo de palha, uma vez que, na altura do seu desaparecimento, os agricultores procediam à recolha de feno dos terrenos agrícolas. Analisaram por isso, através de um detetor de metais de alta resolução, todos os fardos de palha existentes na aldeia onde Émile foi visto pela última vez. Nada foi encontrado.
Nos últimos dias de julho, os cães usados na investigação detetaram odor a cadáver na aldeia onde Émile desapareceu. Iniciaram-se novas buscas, mas, uma vez mais, revelaram-se inconclusivas.
Em setembro, um grupo de mergulhadores realizou buscas numa lagoa perto da casa dos avós de Émile, segundo o jornal francês Le Figaro.
Três meses depois da última vez que Émile foi visto, em outubro, as autoridades francesas realizaram novas buscas com a ajuda de cães e drones especializados. Uma das habitações alvo de buscas pertence, de acordo com o jornal Le Parisien, a um morador , com um perfil suspeito de uma aldeia vizinha a quatro quilómetros de Haut-Vernet.
Na casa vivia um jovem de 16 anos que é retratado por populares como alguém "que vive à margem da sociedade". "É um jovem que não frequentou a escola, conhecido na cidade por conduzir um trator a alta velocidade", disse um morador à BFM.
Em novembro, foram feitas buscas a vários pontos da aldeia Le Vernet. A polícia entrou em dez casas, nomeadamente na moradia dos avós da criança, segundo a BFMTV.
A 30 de março de 2024, foram encontradas ossadas, o crânio e os dentes, perto de Haut-Vernet, em França. As descobertas surgiram após as autoridades terem procedido à reconstituição do momento em que a criança foi vista pela última vez, reunindo familiares, vizinhos e testemunhas. A família foi notificada no domingo, 31 de março do presente ano.
Os acessos à aldeia estão bloqueados para a realização de perícias mais aprofundadas.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
