Programa da União Africana apoia saúde sexual e reprodutiva em Moçambique
Projeto vai contribuir para a redução do número de adolescentes que engravidam antes dos 19 anos, em uniões prematuras.
Um financiamento de um programa da União Africana (UA), de 45 milhões de meticais (604,6 mil euros), vai apoiar a promoção da saúde sexual e reprodutiva em Moçambique, anunciou esta quarta-feira o Governo.
"A NEPAD [Nova Parceria para o Desenvolvimento de África], mostra o compromisso que a União Africana tem na melhoria da saúde sexual e reprodutiva abrangente, de modo a alcançarmos o dividendo demográfico em África, no geral, e em particular em Moçambique", disse o ministro da Saúde moçambicano, em Maputo.
Ussene Isse falava durante a abertura da Reunião Nacional do Programa Geração Biz, de Saúde Escolar e do Adolescente e Jovem, que culminou com o lançamento do Projeto de Saúde Sexual e Reprodutiva e dividendo demográfico em África (A2DSRH), financiado pela NEPAD.
Segundo o ministro, aquele organismo da UA, através da Agência de Desenvolvimento da União Africana (AUDA), começou a apoiar Moçambique em setembro, contribuindo na promoção da agenda de saúde sexual e reprodutiva, como meio para alcançar "a ambição" de crescimento e desenvolvimento.
Isse descreveu ainda que o projeto vai contribuir para a redução do número de adolescentes que engravidam antes dos 19 anos, em uniões prematuras, além da redução da taxa de novas infeções do Vírus de Imunodeficiência Humana (VIH) em adolescentes e jovens no país.
"O valor estimado [do projeto] é de cerca de 45 milhões de meticais, com possibilidade de renovação em função da implementação bem-sucedida", disse.
Sumuka Nhamo, representante do NEPAD, assinalou que o continente está em transformação e o centro destas mudanças, frisou, são as mulheres e jovens: "O potencial de liderança entre os jovens e mulheres em Moçambique irá moldar o futuro do país e requer o esforço de todos".
O responsável descreveu ainda que o empoderamento não é uma jornada automática, exigindo "ação e comprometimento", além da defesa dos direitos sexuais por todos.
"Não são apenas serviços de saúde, mas direitos fundamentais. [Como] o direito de empoderar jovens e mulheres para tomarem suas próprias decisões, relativamente à saúde sexual e reprodutiva", salientou, apelando: "Valorizamos essa parceria com o Ministério da Saúde. Juntemo-nos a esta abordagem regional sobre a saúde reprodutiva".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt