Mortes provocadas pelo atual surto registaram-se nas províncias de Tete e Nampula.
O novo surto de cólera no norte de Moçambique já provocou dois óbitos entre 336 casos desde o início de setembro, segundo dados do Ministério da Saúde consultados este sábado pela Lusa.
De acordo com o mais recente boletim diário da doença, da Direção Nacional de Saúde Pública, com dados de 03 de setembro a 22 de outubro, as mortes provocadas pelo atual surto registaram-se nas províncias de Tete e Nampula.
Dos 336 casos confirmados neste período, 189 registaram-se em Tete e 147 em Nampula, incluindo 151 que levaram ao internamento.
No surto anterior, com dados da Direção Nacional de Saúde Pública de 17 de outubro de 2024 a 20 de julho, registaram-se 4.420 infetados, dos quais 3.590 na província de Nampula, e um total de pelo menos 64 mortos devido à doença.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai doar 3,5 milhões de doses da vacina contra a cólera a Moçambique, anunciou em 22 de outubro o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, após uma visita à Suíça.
"Fomos informados sobre a aprovação de cerca de 3,5 milhões de doses de vacinas contra a cólera para o nosso país", disse Chapo, terça-feira, na conferência de imprensa que marcou o fim da sua visita de três dias a Genebra, em que se reuniu também com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
Segundo o chefe de Estado, esta doação será usada para iniciar a implementação do Plano Nacional de Eliminação da Cólera, aprovado em setembro pelo Conselho de Ministros e prevendo, como pilares cruciais, a implementação da vacinação preventiva contra a cólera em zonas de alto risco.
"Com este apoio da OMS nós iremos iniciar em breve ações neste sentido. Como é de conhecimento geral, a cólera ainda é um problema de saúde pública ao nível do nosso país", disse Daniel Chapo, sublinhando que a doação destas doses de vacina vai permitir às autoridades moçambicanas trabalhar para a erradicação da doença.
O Governo de Moçambique quer eliminar a cólera "como um problema de saúde pública" no país até 2030, conforme plano aprovado em 16 de setembro em Conselho de Ministros, avaliado em 31 mil milhões de meticais (418,5 milhões de euros).
"O plano de eliminação da cólera representa o compromisso do Governo para eliminar a doença como um problema de saúde pública, através de uma abordagem integrada e multissetorial", disse o porta-voz daquele órgão, Inocêncio Impissa, após a reunião do Conselho de Ministros, em Maputo.
Na reunião foi aprovado o Plano de Eliminação da Cólera (PEC), doença que no atual surto, desde outubro de 2024, já provocou pelo menos 64 mortos no país.
"A cólera continua endémica em várias regiões de Moçambique e do mundo, causando surtos recorrentes. A doença é multifatorial e o seu controlo e eliminação exige ações sobre os principais determinantes da doença", acrescentou Inocêncio Impissa.
É objetivo do Governo "ter um Moçambique livre da cólera como um problema de saúde pública até 2030, onde as comunidades têm acesso à água segura, saneamento e cuidados de saúde de qualidade, alcançados através de ações multissetoriais, coordenadas e informadas por evidências científicas", disse ainda o porta-voz.
Segundo Inocêncio Impissa, este plano "será financiado por diferentes fontes, com destaque para o orçamento do Estado, de parceiros de cooperação bilateral e multilateral, parcerias público-privadas e organizações filantrópicas".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.