Será o Viagra a nova cura para a cegueira?
Cientistas norte-americanos levaram a cabo estudo que encontrou novas potencialidades no comprimido azul.
Testes recentes mostram que o Viagra, normalmente utilizado para combater a disfunção erétil, pode travar a degeneração ocular relacionada como o avançar da idade. Esta conclusão é resultado de um estudo levado a cabo por dois cientistas da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, EUA.
De acordo com o Daily Mail, o estudo revela que a droga contra a impotência pode não só travar a perda de visão causada pelo avançar da idade mas também reparar os danos que, até à data, pareciam quase irreversíveis.
A cegueira causada pela idade e, alegadamente, solucionada pelo Viagra, começa a notar-se depois dos 50 anos e é causada pelo crescimento de novos vasos sanguíneos na parte de trás do olho que nos ajuda a definir as imagens claramente e a focar detalhes. Estes vasos sanguíneos libertam fluidos que causam cicatrizes no olho e vão danificando a visão, tornando-se gradualmente difícil reconhecer rostos, ler ou ver televisão. Este medicamento ajuda a melhorar a circulação sanguínea, ajudando a solucionar o problema destes vasos sanguíneos.
Alguns medicamentos já conseguem retardar a progressão da cegueira e aumentar a visão. No entanto, essas substâncias têm de ser injetadas no olho ao longo de um mês.
Os investigadores concluíram que o Viagra revela um potencial significativo para a visão não só na retenção e atraso da cegueira mas também na recuperação total da vista. De acordo com os dados resultantes do estudo norte-americano, todos os pacientes que pioravam a visão gradualmente travaram o avanço da cegueira e mantiveram-se estáveis e um dos casos mostrou melhoras significativas depois de fazer a medicação contra a impotência.
Sobha Sivaprasad, professor de oftalmologia, considerou as conclusões encorajadoras e dignas de maior investigação. "Agora precisamos de maiores estudos para garantir que podemos utilizar o Viagra como tratamento nesta área", garantiu o especialista.
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