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Adolescente de 14 anos considerado "amoroso" mata os pais e o irmão no Rio de Janeiro e diz à polícia que faria tudo de novo

Crimes ocorreram com arma de fogo e só foram descobertos dias depois.

28 de junho de 2025 às 15:19

Um adolescente de 14 anos, até aí descrito como doce e orgulho da família, matou a sangue-frio o pai, de 45 anos, a mãe, de 37, e o irmão, de somente 3, em Itaperuna, cidade no estado brasileiro do Rio de Janeiro, em retaliação à proibição de viajar sozinho para ir ter com uma adolescente de 15 anos que vive a mais de dois mil quilómetros de distância e que conhecera num jogo online. Depois dos brutais crimes, o adolescente continuou a viver na própria casa tranquilamente, até que a avó e um tio, ao estranharem o desaparecimento das vítimas, chamaram a polícia.

Na esquadra, após ser descoberto e preso, o menor descreveu os assassínios dos familiares com detalhes, com muita tranquilidade, e sem evidenciar qualquer arrependimento ou nervosismo, E chocou os experientes polícias ao afirmar que fez o que achou que deveria fazer e que, se pudesse voltar atrás, faria tudo de novo.

Os crimes aconteceram no sábado da semana passada, dia 21, mas só foram descobertos dias depois. O menor contou que esperou os pais e o irmão irem dormir, apanhou uma arma de fogo do pai, que tinha licença, foi até aos quartos e matou a todos a sangue-frio e à queima-roupa.

Depois, de acordo com a sua narrativa aos agentes, arrastou ele mesmo os corpos, um por um, e atirou-os para a cisterna que abastece a casa de água. Em seguida, usou produtos de limpeza para limpar as manchas de sangue nos quartos e retomou a sua vida normal. Dias depois, estranhando o silêncio dos familiares, a avó e um dos tios perguntaram onde estavam os pais dele e por que não atendiam o telemóvel, e o adolescente, já com uma desculpa na ponta da língua, disse que os pais tinham ido ao hospital com o irmão mais novo, que tinha engolido um caco de vidro. E, esperto, acrescentou que talvez os pais continuassem incomunicáveis, pois tinham dito que só regressariam a casa com o filho mais novo fora de perigo e que no hospital não podiam atender o telemóvel.

Os familiares começaram então a procurar pelas vítimas nos hospitais da cidade, pois o menor tinha dito não saber em qual estariam, chegaram a procurar na morgue, mas não os encontraram, e comunicaram o desaparecimento às autoridades. A polícia decidiu ir até à casa onde o menor vivia com a família, no bairro de Governador Venâncio, uma área afastada do centro da cidade de Itaperuna, e assim que se aproximaram da residência perceberam que alguma coisa grave tinha acontecido, pois o odor de corpos era muito forte.

Ao ser desmascarado, o adolescente confessou os crimes e no telemóvel dele a polícia descobriu que o menor tinha pesquisado como resgatar 5100 euros que o pai tinha numa conta, e de que precisava para viajar até ao distante estado de Mato Grosso, para ir conhecer a namorada. Também pesquisou como redigir uma falsa autorização para viagem de um menor entre estados, e já tinha pronta uma mochila.

Ele conheceu a adolescente de 15 anos, que vive numa pequena cidade a 730 km de Cuiabá, a capital de Mato Grosso, quando ambos participaram num torneio de jogos online. O menor ficou completamente apaixonado e decidiu ir ter com a amada que, em princípio, não tem nada a ver com os crimes, mas os pais dele foram frontalmente contra e, por isso, mesmo sendo considerado pela família um adolescente tranquilo, estudioso e muito amoroso, decidiu assassiná-los.

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