Empresário considerado pelos EUA testa-de-ferro do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi extraditado de Cabo Verde para os EUA.
O empresário colombiano Alex Saab afirmou que não colaborará com as autoridades norte-americanas, que responsabiliza pela sua integridade física, um dia depois de ter sido extraditado de Cabo Verde para os Estados Unidos da América (EUA).
A posição Alex Saab, considerado testa-de-ferro do Presidente Nicolás Maduro, foi divulgada numa carta lida domingo pela sua mulher Camilla Fabri, perante dezenas de venezuelanos que se concentraram na Praça Bolívar de Caracas, em apoio ao empresário.
"Responsabilizo totalmente o Governo dos Estados Unidos e a oposição extremista de 'Nárnia' [mundo de fantasia] pela minha integridade, pela minha vida, na prisão para onde me levam", disse a carta lida por Camilla Fabri.
No documento, Alex Saab afirmou que enfrentará "o julgamento com total dignidade e fazendo valer a sua imunidade diplomática como servidor da República Bolivariana da Venezuela desde abril de 2018".
"Desejo deixar claro que não tenho nada que colaborar com os EUA. Não cometi nenhum crime nos EUA nem em qualquer outro país, que não penso mentir para favorecer os EUA contra um país (Venezuela) que está a atravessar um bloqueio desumano de parte dos EUA, que quer apoderar-se da sua riqueza", referiu na carta.
"Declaro que estou em pleno uso da minha razão [faculdades], que não sou suicida, no caso de ser assassinado e dizerem que cometi suicídio, o que nunca faria. Amo a minha mulher Camilla e os meus filhos (...) mais do que a minha própria vida. Peço-vos que sejam fortes e que permaneçam sempre unidos. Unidos venceremos. Tenham sempre fé em Deus, nós venceremos", conclui a carta.
O empresário Alex Saab, considerado pelos EUA testa-de-ferro do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deixou sábado a ilha do Sal, em cumprimento do pedido de extradição das autoridades norte-americanas, confirmou à Lusa fonte da defesa.
Um avião ao serviço do Departamento de Justiça norte-americano partiu durante a tarde da ilha do Sal, onde Alex Saab estava detido desde junho de 2020, com destino aos EUA, de acordo com fontes da aviação civil.
Nos últimos dias, a defesa de Alex Saab viu o Tribunal Constitucional de Cabo Verde recusar vários pedidos e recursos na sequência da rejeição, em setembro, do recurso principal à decisão do Supremo Tribunal de Justiça, que tinha autorizado a extradição.
Alex Saab, 49 anos, foi detido pela Interpol e pelas autoridades cabo-verdianas em 12 de junho de 2020, durante uma escala técnica no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, ilha do Sal, com base num mandado de captura internacional emitido pelos EUA, numa viagem para o Irão em representação da Venezuela, com passaporte diplomático, enquanto 'enviado especial' do Governo venezuelano.
A sua detenção colocou Cabo Verde no centro de uma disputa entre o regime do Presidente Nicolás Maduro, na Venezuela, que alega as suas funções diplomáticas aquando da detenção, e a Presidência norte-americana, bem como irregularidades no mandado de captura internacional e no processo de detenção.
Washington pediu a sua extradição, acusando-o de branquear 350 milhões de dólares (295 milhões de euros) para pagar atos de corrupção do Presidente venezuelano, através do sistema financeiro norte-americano.
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