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Amazónia bate novo recorde de desflorestação em outubro

Dados foram avançados pelo INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que monitoriza a floresta em tempo real.

13 de novembro de 2021 às 15:03

A desflorestação na Amazónia brasileira alcançou um novo máximo para um mês de Outubro no mês passado, revelam dados avançados pelo INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que monitoriza a floresta em tempo real. De acordo com o IMPE, no mês passado a Amazónia perdeu 877 KM2 da sua vegetação nativa, a maior destruição para um mês de Outubro desde 2015, quando se iniciou esse monitoramento.

O novo valor da destruição da maior floresta húmida do planeta no mês passado foi 5% maior do que a registada em igual período de 2020, quando também já tinha sido recorde. A área devastada em Outubro deste ano é duas vezes maior do que a da cidade de Curitiba, por exemplo, capital do estado do Paraná, no sul do Brasil.

Nos 10 meses de 2021 com os dados já consolidados, Outubro foi o quinto mês em que a devastação da Amazónia atingiu novos recordes, refletindo um agressivo processo de invasão ilegal da floresta por garimpeiros, agricultores, criadores de gado e madeireiros, incentivados pela política do presidente Jair Bolsonaro, defensor da ocupação da região para, segundo ele, garantir riqueza à população local. Foi o que defendeu na COP26, em Glasgow, o apagado e confuso ministro do Ambiente do Brasil, Joaquim Leite, que chocou representantes do mundo inteiro na passada quinta-feira ao afirmar que "área em que há muitas árvores há muita miséria", porque, na opinião dele, as florestas impedem o desenvolvimento económico.

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